Segundo o NHS, ao presente momento não existe cura para o mal de Parkinson. Mesmo com tantas pesquisas, ainda não alcançamos nenhum tratamento que pudesse oferecer cura para a doença.
Neste artigo, Dr Diego de Castro Neurologista pela USP explica porque ainda não foi encontrada a cura do Mal de Parkinson e os desafios de se encontrar a cura dessa condição.
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Segundo pesquisadores da New Castle University, o Mal de Parkinson foi descrito em 1817 pelo médico James Parkison. Há 200 anos, a doença não apresentava nenhum tratamento e por isso recebia o nome de "mal".
A grande dificuldade de se encontrar a cura do Mal de Parkinson está no fato de que a doença é causada por morte de células nervosas (neurônios). Os neurônios são células que não se regeneram. Nossos neurônios são células tão especiais que são as mesmas desde a nossa infância.
Os principais neurônios perdidos na doença estão em uma região chamada substância negra e produzem dopamina. Para alcançar a cura do Mal de Parkinson, precisaríamos de duas estratégias:
Mesmo com todo avanço da ciência, ainda não conseguimos produzir novos neurônios ou substituí-los. No entanto desenvolvemos importantes estratégias para o tratamento da doença de Parkinson: Oferecer a dopamina sob a forma de remédios orais (levodopa, pramipexol e outros medicamentos).
Segundo a The Cure Parkinson's Trust, teremos a cura do Mal de Parkinson quando conseguirmos entender melhor sua causa.
Na verdade, embora os sintomas de tremor, rigidez e lentidão marquem o início da doença para o paciente, a verdade é que a doença se inicia muito tempo antes.
Há fortes indícios de que a perda de neurônios se inicia de maneira silenciosa, cerca de 20 anos antes do acometimento motor. Pesquisas da Parkinson's Foundation demonstram que mais de 80% dos pacientes apresentam sintomas de constipação, o que sugere que a doença se inicie pelo intestino.
Portanto, para a cura do Mal de Parkinson, deveríamos identificar os sintomas nessa fase muito inicial, denominada fase pré-clínica da doença.
Diagnosticar a fase pré-clínica ainda é uma dificuldade, pois precisaríamos reconhecer com precisão as pessoas que estariam sob maior risco de desenvolver o Parkinson.
Apesar de não haver cura do Mal de Parkinson, a doença tem tratamento. O princípio geral para o tratamento é oferecer condições que substituem ou aumentem os níveis de dopamina do sistema nervoso. Saiba mais sobre as estratégias de tratamento, assistindo ao vídeo abaixo:
Segundo a Mayo Clinic, o objetivo é melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente. Para tanto, o tratamento se baseia em:
Atualmente, consideramos o termo "Mal de Parkinson" estigmatizante. Mesmo sem a cura, há tantas modalidades de tratamentos que preferimos chamar a condição como "Doença de Parkinson". Assista ao vídeo a seguir para compreender melhor este assunto:
Segundo pesquisas de Harvard University, as primeiras pesquisas com células tronco em doenças neurodegenerativas foram animadoras. Acreditávamos que esse era o caminho para a cura do Mal de Parkinson.
A ideia inicial dessas pesquisas era substituir a perda dos neurônios da substância negra. Estudos publicados na Revista Cell com células tronco foram conduzidos em camundongos e depois em humanos.
Apesar de conseguirmos implantar as células tronco no lugar adequado, as células não foram capazes de desenvolver as conexões adequadas e nem produzir a dopamina.
Infelizmente, as pesquisas em células tronco ainda não trouxeram a cura do mal de Parkinson conforme esperávamos.
Atualmente, segundo a Parkinson's UK, ao invés de de focar apenas no implante das células tronco, o alvo de novas pesquisas promissoras são medicações capazes de induzir a formação de novas células nervosas (GDNF Clinical Trial).
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP especializado em Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento.
Além deste artigo sobre a cura do mal de Parkinson, disponibiliza outros conteúdos sobre a condição. Clique nos links para saber mais sobre temas da Doença de Parkinson (DP):
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