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Diagnóstico e Tratamento da Escara Sacral

Dr Diego de Castro
17/07/2024
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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De acordo com a Mayo Clinic, várias doenças neurológicas, como lesões medulares, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla ou doença de Parkinson podem apresentar alterações de força, sensibilidade, estado de consciência e/ou cognitivas, o que torna estes pacientes mais vulneráveis a desenvolver uma escara sacral.

Por este motivo, embora o tratamento direto da escara sacral seja muitas vezes gerenciado por especialistas em cuidados de feridas, enfermeiros ou médicos especializados em medicina física e reabilitação, o papel do Neurologista é valioso na compreensão das causas, na avaliação do sistema nervoso e no planejamento do tratamento a longo prazo para prevenir recorrências e complicações relacionadas a problemas neurológicos.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre Diagnóstico e Tratamento da Escara Sacral.

Diagnóstico da Escara Sacral

Segundo artigo publicado na Diagnostics (Basel, Switzerland), para um diagnóstico adequado, o médico deve avaliar atentamente a pele para decidir se você tem uma úlcera de pressão. Além disso, ele pode realizar algumas perguntas, como:

  • Quando as escaras apareceram pela primeira vez?
  • Quão dolorosas são as escaras?
  • Você já teve este tipo de ferida antes?
  • Como seus sintomas foram tratados e qual foi o resultado do tratamento?
  • Qual é a sua rotina para mudar de posição?
  • Quais condições médicas você foi diagnosticado e qual é o seu tratamento atual?
  • O que você costuma comer e beber?

Se uma úlcera de pressão for encontrada, seu médico atribuirá um estágio à ferida. O estadiamento ajuda a determinar qual o melhor tratamento.

Além deste exame clínico, pode ser necessário realizar:

  • Exames de sangue para saber sobre sua saúde geral
  • Biópsias, para verificar se há presença de infecções, diferenciar condições semelhantes e excluir malignidades
  • Exames de imagem como raio-X e ressonância magnética (RM), para avaliar a extensão das escaras sacrais, identificar infecções ósseas (osteomielite) e planejar intervenções terapêuticas.
Diagnóstico da Escara Sacral

Tratamento das Escaras Sacrais

Informações da Cleveland Clinic explicam que o tratamento de úlceras por pressão envolve a redução da pressão sobre a pele afetada, o cuidado com as feridas, o controle da dor, a prevenção de infecções e a boa alimentação.

As escaras devem ser tratadas imediatamente, mesmo nos estágios iniciais, já que elas podem piorar rapidamente. Você mesmo ou um cuidador pode ser capaz de tratar uma escara nos estágios 1 ou 2. Mas a partir dos estágios 3 ou 4, pode ser necessário consultar um especialista em feridas.

Cuidados Básicos

Para tratar uma lesão por pressão, você ou seu médico pode:

  • Irrigar ou limpar a ferida com água e sabão ou soro fisiológico
  • Cobrir a ferida com bandagens médicas especiais projetadas para promover a cicatrização. Estes incluem gel à base de água (hidrogel), hidrocoloide, alginatos (algas marinhas) e curativos de espuma.

Para úlceras de pressão profundas e graves, seu médico removerá o tecido morto usando um bisturi durante um procedimento chamado desbridamento. Também pode ser realizada a aplicação de pomadas que ajudam seu corpo a dissolver o tecido morto. Pode ser necessário, primeiro, anestesiar a área com um anestésico local porque, mesmo que o tecido esteja morto, a área ao redor não está.

Procure manter área perto da parte do corpo lesionada com um travesseiro ou almofada de espuma. Isso ajudará a aliviar a pressão sobre a área para que ela possa começar a cicatrizar.

Lembre-se de que a nutrição desempenha um papel importante na cicatrização de lesões por pressão. Para se curar corretamente, o corpo precisa de calorias, proteínas e nutrientes suficientes, como vitamina C e zinco. Em alguns casos, suplementos são necessários para promover a cura.

As feridas mais graves podem exigir uma internação hospitalar para combater a infecção ou pode ser necessária cirurgia para adicionar retalhos musculares ou enxertos de pele.

Uso de Medicamentos

Dependendo dos seus sintomas, você pode tomar:

  • Antibióticos
  • Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
  • Analgésicos.

Medicamentos para controlar a dor podem ser muito úteis antes ou depois de mudar de posição e durante os cuidados com a ferida. Os medicamentos para dor aplicados na pele também podem ajudar durante o tratamento da ferida.

Tratamento Cirúrgico

De acordo com o NHS, estágios 3 ou 4 úlceras de escaras que são profundas ou afetam uma grande área da pele podem necessitar de cirurgia para realização de um enxerto de pele que vai ajudar a fechar a ferida e promover a cicatrização.

As vantagens da intervenção cirúrgica precoce incluem a redução da disseminação da infecção, a melhoria da qualidade de vida e a facilitação da reabilitação.

Antes da cirurgia, é necessário eliminar os fatores contribuintes que impedem a cicatrização de feridas. Para isto, podemos otimizar a nutrição, controlar infecções, melhorar a condição médica geral do paciente e eliminar fontes de pressão externa.

As abordagens cirúrgicas para tratar uma escara sacral podem envolver uma ou mais das seguintes:

  • Desbridamento: Remoção cirúrgica de tecido necrosado ou infectado para promover a cicatrização e prevenir a propagação da infecção.
  • Uso de enxertos de pele: Transplante de pele saudável de outra parte do corpo para cobrir a ferida e proteger a área da escara.
  • Osteotomia: Remoção de porções de osso subjacente em casos de osteomielite (infecção óssea) ou quando a proeminência óssea contribui para a formação da escara.
  • Fechamento Primário: Aproximação das bordas da ferida e sutura para promover a cicatrização direta em casos onde a lesão é menor e sem infecção significativa.
  • Flaps Musculocutâneos: Utilização de retalhos musculocutâneos (músculo e pele) com seu suprimento sanguíneo intacto para cobrir grandes áreas de escaras e melhorar a vascularização da região afetada.

Essas abordagens são escolhidas com base na gravidade da escara, no estado geral de saúde do paciente e na presença de complicações como infecções ou exposição óssea.

Lembre-se de que sua pele não será tão forte como era antes de ter uma ferida de pressão. Escaras avançadas (estágios 3 ou 4) são ainda mais difíceis de recuperar totalmente. É importante tomar medidas preventivas, como reposicionar o corpo com frequência.

Prevenção de Escaras Sacrais

Medidas simples podem ajudar a evitar o desenvolvimento dessas lesões debilitantes:

  • Mude de posição a cada 15 minutos se estiver sentado ou a cada uma ou duas horas se estiver em uma cama. Um cuidador pode ajudá-lo a fazer isso se você não conseguir se reposicionar.
  • Verifique sua pele regularmente (ou peça a um cuidador que o faça) para procurar mudanças na cor da pele e sensações (sensibilidade ou dor, calor ou frieza).
  • Tenha uma dieta nutritiva e mantenha-se bem hidratado.
  • Mantenha a pele limpa e seca. Aplique cremes de barreira de umidade para proteger sua pele do suor, urina e fezes.
  • Realize sempre que possível exercícios de fisioterapia.
  • Procure ajuda para parar de fumar. A nicotina retarda a cicatrização de feridas.
  • Use colchões especialmente projetados ou almofadas de espuma para aliviar a pressão sobre a pele.
  • Lave e troque seus lençóis, roupas íntimas e roupas com frequência.

Enfrentar uma condição neurológica que pode levar a imobilidade, e consequentemente, ao risco de desenvolver escaras sacrais pode ser assustador. Mas com o acompanhamento adequado e a implementação de medidas preventivas, é possível reduzir significativamente a incidência e gravidade dessas lesões. Não deixe de colocar estas recomendações em prática e avisar seu médico imediatamente se notar alguma diferença em sua pele.

Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista

Dr Diego de Castro é Neurologista da USP e se dedica integralmente ao universo do diagnóstico e assistência. Cuida de pacientes que sofreram AVC ou lidam com doenças neurológicas como Parkinson, lesão medular ou Esclerose Múltipla, por meio de uma avaliação neurológica elaborada dos sintomas motores e cognitivos do paciente e da aplicação de toxina botulínica (Botox).

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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