A principal complicação que a Bursite Trocantérica pode causar é o efeito da dor em suas atividades diárias. Mas essa condição é altamente tratável, com métodos de tratamento conservadores.
Consideramos a bursite trocantérica uma condição autolimitada na maioria dos pacientes, já que tipicamente responde a medidas conservadoras. No entanto, conforme artigo publicado no Official Journal of the Canadian Academy of Sport Medicine, múltiplos cursos de tratamento não operatório ou intervenção cirúrgica podem ser necessários em casos refratários.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre Diagnóstico e Tratamento da Bursite Trocantérica.
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De acordo com artigo publicado no SAGE Open Medicine, o processo diagnóstico da Bursite Trocantérica depende principalmente da avaliação clínica, que envolve a revisão da história médica do paciente e a realização de um exame físico, em que verificamos se o paciente consegue realizar uma elevação reta da perna e a rotação interna e externa da perna na articulação do quadril sem sentir dor.
Diga ao seu médico o que você estava fazendo antes de notar os sintomas pela primeira vez e se algum trabalho ou hobbie exige que você faça um movimento repetitivo ou coloque estresse em seus quadris.
Além disso, exames de imagem, incluindo radiografias simples, são essenciais para descartar outras causas potenciais de desconforto no quadril.
Depois de realizar um exame físico completo em pacientes com forte suspeita clínica de bursite trocantérica, é aconselhável obter radiografias do quadril e da pelve, para descartar quaisquer fraturas associadas ou anormalidades ósseas.
Exames de imagem avançados raramente são necessários para o diagnóstico de bursite trocantérica, embora seja comumente solicitado se houver suspeita de fratura oculta do colo do fêmur.
Em casos com forte suspeita clínica de bursite trocantérica, investigações laboratoriais de rotina são tipicamente desnecessárias. No entanto, se os pacientes apresentarem sintomas associados, como febre, calafrios ou sinais de infecções sistêmicas, um hemograma completo pode ser obtido, assim como exames para identificar marcadores inflamatórios.
Outro método diagnóstico que pode ser realizado é a infiltração da bursa com um anestésico, por meio de uma seringa e agulha fina. Se a dor desaparecer de uma vez, o diagnóstico de bursite trocantérica pode ser confirmado.
A Mayo Clinic explica que, normalmente, o repouso é tudo o que você precisa aliviar os sintomas da bursite trocantérica. Evite a atividade ou posições que irritaram sua articulação.
Fazer uma pausa nas atividades que pressionam o quadril dará tempo para a bursa cicatrizar. Pergunte ao seu médico quanto tempo você precisará para descansar e evitar certas atividades físicas.
Quando o repouso não é suficiente para aliviar seus sintomas, outros tratamentos são recomendados:
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) orais são cruciais para inibir a cascata inflamatória e proporcionar alívio sintomático da dor. No entanto, antes de iniciar os AINEs, é essencial confirmar que os pacientes não têm contraindicações. Indivíduos tomando anticoagulantes ou com alto risco de sangramento gastrointestinal, por exemplo, devem evitar a terapia com AINEs.
A fisioterapia focada no fortalecimento do quadríceps e no alongamento é importante para aliviar os sintomas e prevenir recorrências. Além disso, exercícios de abdução do quadril devem ser incorporados para melhorar o alongamento e fortalecimento dos músculos glúteos.
A bursite trocantérica pode ser eficazmente controlada com injeções de esteroides. Essas injeções administram uma dose localizada de cortisona, frequentemente combinada com um anestésico local, como lidocaína. Este tratamento oferece alívio e visa diretamente a inflamação local. Estes são procedimentos ambulatoriais menores conduzidos usando técnicas estéreis padrão.
A terapia por ondas de choque extracorpórea é um tratamento eficaz para diversas condições inflamatórias. Um estudo publicado no The Journal of Bone and Joint Surgery demonstrou que a combinação daTerapia por Ondas de Choque com um regime de exercícios específicos apresentou uma taxa de sucesso de 86,8% em apenas 2 meses, comprovando sua segurança e eficácia.
A intervenção cirúrgica para bursite trocantérica continua sendo uma abordagem incomum reservada para casos refratários que não respondem à terapia conservadora padrão. O tratamento cirúrgico inclui a remoção da bursa, assim como de tecidos todos os desvitalizados na região, para uma recuperação definitiva.
O prognóstico da bursite trocantérica é geralmente favorável, com resolução completa dos sintomas através do tratamento conservador, sem sequelas a longo prazo. Embora casos refratários sejam raros, alguns indivíduos podem apresentar recorrência dos sintomas devido a irritação repetida ou trauma repetitivo.
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP e atua na reabilitação de pacientes com diversas condições relacionadas à dor crônica, por meio de uma avaliação neurológica elaborada e da realização da terapia por ondas de choque, entre outras abordagens terapêuticas.
No Serviço de Especialidades Neurológicas, com unidades em Vitória - ES e São Paulo, oferece um serviço de qualidade de assistência para melhorar a qualidade de vida de pacientes que sofrem com um sintoma tão debilitante como a dor crônica.
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