

Você já parou para pensar em como o consumo excessivo e prolongado de álcool pode afetar profundamente o seu corpo, especialmente o sistema nervoso? A polineuropatia alcoólica é uma dessas condições que muitas pessoas nem imaginam que podem estar desenvolvendo.
Ela surge como consequência da toxicidade do álcool e da deficiência nutricional que frequentemente acompanha o abuso dessa substância, levando a danos nos nervos periféricos e sintomas que podem variar desde formigamentos e queimação nas pernas até fraqueza muscular e dificuldades para caminhar.
Se não for identificada e tratada a tempo, pode progredir e impactar significativamente a qualidade de vida, limitando atividades simples do dia a dia e até mesmo afetando a autonomia.
Neste artigo, Dr. Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista pela USP explica sobre a polineuropatia alcoólica e seus sintomas, diagnóstico e tratamentos disponíveis.
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Informações da Foundation for Peripheral Neuropathy apontam que os nervos periféricos são responsáveis por transmitir informações entre o sistema nervoso central e o restante do corpo, como braços, pernas e órgãos. O álcool, em grandes quantidades, danifica a bainha de mielina, que é a capa protetora dos nervos. Sem essa proteção, eles perdem a capacidade de funcionar adequadamente, o que explica sintomas como formigamento, dor e fraqueza muscular.
Além disso, muitas pessoas que consomem álcool em excesso tendem a ter deficiências nutricionais, especialmente de vitaminas do complexo B, como a B1 (tiamina), que são essenciais para a saúde dos nervos.

De acordo com a School of Medicine at Mount Sinai, o álcool pode prejudicar o sistema nervoso por meio de 2 mecanismos:
Os sintomas da polineuropatia alcoólica geralmente começam de forma leve e vão piorando progressivamente. Muitas pessoas relatam inicialmente formigamento ou queimação nos pés, que depois podem subir para as pernas e até mesmo afetar as mãos.
É comum também sentir dor, especialmente durante a noite, o que pode atrapalhar muito o sono. Com o avanço da doença, a fraqueza muscular se torna mais evidente, dificultando atividades como caminhar, subir escadas ou segurar objetos. Em casos mais graves, podem ocorrer problemas de equilíbrio e coordenação, aumentando o risco de quedas.
Segundo a Mayo Clinic, o diagnóstico envolve uma avaliação neurológica detalhada, incluindo testes de sensibilidade, força muscular e reflexos. Exames como a eletroneuromiografia são essenciais para confirmar o envolvimento dos nervos periféricos e descartar outras condições. Além disso, é importante dosar os níveis de vitaminas no sangue, especialmente a tiamina, e avaliar a função hepática, já que o álcool também afeta o fígado.
Conforme informações da American Addiction Centers, o tratamento da polineuropatia alcoólica envolve tanto a abordagem dos sintomas quanto sua causa:
A polineuropatia alcoólica é uma condição séria, mas que pode ser manejada com a abordagem correta. Embora os danos nos nervos possam parecer assustadores, é importante lembrar que nosso corpo tem uma capacidade incrível de recuperação quando recebe os cuidados necessários.
Parar de consumir álcool, repor as vitaminas essenciais e investir em terapias de reabilitação são passos fundamentais para melhorar os sintomas e recuperar a qualidade de vida. Muitas pessoas conseguem voltar a realizar atividades que haviam abandonado devido à doença, e isso é algo que sempre nos motiva a orientar os pacientes com esperança e confiança.
Um neurologista pode ajudar a identificar a extensão dos danos, prescrever o tratamento mais indicado e monitorar a evolução do caso. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas como os descritos neste artigo, não hesite em procurar ajuda. Quanto antes for iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação.
Dr Diego de Castro cuida de pacientes com diversas doenças neurológicas. Sua trajetória conta com a experiência adquirida como neurologista da Universidade de São Paulo e como médico colaborador no ambulatório de Neurogenética e no ambulatório de Neurocirurgia Funcional do Hospital das Clínicas da USP.
Com o propósito de oferecer um atendimento de excelência e confiança, o Dr Diego de Castro realiza uma avaliação neurológica minuciosa, capaz de auxiliar na definição diagnóstica de seus sintomas e atua juntamente à equipe multidisciplinar para fornecer um tratamento eficaz a seus pacientes.
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