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Polineuropatia Alcoólica: Entenda os Efeitos do Álcool no Sistema Nervoso

Dr Diego de Castro
29/10/2025
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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Você já parou para pensar em como o consumo excessivo e prolongado de álcool pode afetar profundamente o seu corpo, especialmente o sistema nervoso? A polineuropatia alcoólica é uma dessas condições que muitas pessoas nem imaginam que podem estar desenvolvendo.

Ela surge como consequência da toxicidade do álcool e da deficiência nutricional que frequentemente acompanha o abuso dessa substância, levando a danos nos nervos periféricos e sintomas que podem variar desde formigamentos e queimação nas pernas até fraqueza muscular e dificuldades para caminhar.

Se não for identificada e tratada a tempo, pode progredir e impactar significativamente a qualidade de vida, limitando atividades simples do dia a dia e até mesmo afetando a autonomia.

Neste artigo, Dr. Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista pela USP explica sobre a polineuropatia alcoólica e seus sintomas, diagnóstico e tratamentos disponíveis.

O que é a Polineuropatia Alcoólica?

Informações da Foundation for Peripheral Neuropathy apontam que os nervos periféricos são responsáveis por transmitir informações entre o sistema nervoso central e o restante do corpo, como braços, pernas e órgãos. O álcool, em grandes quantidades, danifica a bainha de mielina, que é a capa protetora dos nervos. Sem essa proteção, eles perdem a capacidade de funcionar adequadamente, o que explica sintomas como formigamento, dor e fraqueza muscular.

Além disso, muitas pessoas que consomem álcool em excesso tendem a ter deficiências nutricionais, especialmente de vitaminas do complexo B, como a B1 (tiamina), que são essenciais para a saúde dos nervos.

absorção intestinal das vitaminas do complexo B

Principais Causas e Fatores de Risco

  • Consumo crônico de álcool: Quanto maior e mais prolongado for o consumo, maior o risco de desenvolver a condição
  • Deficiência nutricional: A falta de vitaminas, especialmente do complexo B, agrava os danos nos nervos
  • Fatores genéticos: Algumas pessoas podem ter uma predisposição genética que as torna mais suscetíveis aos efeitos tóxicos do álcool
  • Idade e sexo: Pessoas mais velhas e do sexo masculino tendem a ser mais afetadas, mas a condição pode ocorrer em qualquer um que abuse do álcool.

Como o Álcool Afeta o Sistema Nervoso

De acordo com a School of Medicine at Mount Sinai, o álcool pode prejudicar o sistema nervoso por meio de 2 mecanismos:

  • Interferindo na absorção intestinal das vitaminas, especialmente as do complexo B
  • Por meio do efeito tóxico direto sobre os nervos, danificando suas estruturas e dificultando a transmissão de impulsos nervosos.

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas da polineuropatia alcoólica geralmente começam de forma leve e vão piorando progressivamente. Muitas pessoas relatam inicialmente formigamento ou queimação nos pés, que depois podem subir para as pernas e até mesmo afetar as mãos.

É comum também sentir dor, especialmente durante a noite, o que pode atrapalhar muito o sono. Com o avanço da doença, a fraqueza muscular se torna mais evidente, dificultando atividades como caminhar, subir escadas ou segurar objetos. Em casos mais graves, podem ocorrer problemas de equilíbrio e coordenação, aumentando o risco de quedas.

Segundo a Mayo Clinic, o diagnóstico envolve uma avaliação neurológica detalhada, incluindo testes de sensibilidade, força muscular e reflexos. Exames como a eletroneuromiografia são essenciais para confirmar o envolvimento dos nervos periféricos e descartar outras condições. Além disso, é importante dosar os níveis de vitaminas no sangue, especialmente a tiamina, e avaliar a função hepática, já que o álcool também afeta o fígado.

Tratamento

Conforme informações da American Addiction Centers, o tratamento da polineuropatia alcoólica envolve tanto a abordagem dos sintomas quanto sua causa:

  1. O primeiro e mais importante passo é reduzir ou, idealmente, interromper completamente o consumo de álcool. Isso evita que novos danos ocorram e permite que o corpo comece a se recuperar.
  2. Paralelamente, é fundamental repor as vitaminas deficientes, especialmente a tiamina, por meio de suplementos orientados por um médico.
  3. Em alguns casos, medicações para dor neuropática também podem ser prescritas para aliviar o desconforto.
  4. A fisioterapia, por meio de exercícios específicos ajuda a fortalecer a musculatura, melhorar o equilíbrio e restaurar parte da função perdida. Muitos pacientes relatam que, após começarem a fisioterapia, sentem uma melhora significativa na mobilidade e na confiança para realizar atividades cotidianas.
  5. Outras terapias, como acupuntura e uso de palmilhas especiais, também podem ser úteis para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida.

Estratégias para Alívio dos Sintomas

  • Adoção de uma dieta balanceada
  • Uso de calçados confortáveis e com bom apoio para reduzir a dor nos pés
  • Movimentar-se regularmente, para não ficar muito tempo na mesma posição
  • Adaptar sua casa para reduzir riscos de quedas, como instalar corrimãos e iluminação adequada
  • Manter uma rotina de exercícios leves, como caminhadas curtas ou hidroginástica.

Em Resumo

A polineuropatia alcoólica é uma condição séria, mas que pode ser manejada com a abordagem correta. Embora os danos nos nervos possam parecer assustadores, é importante lembrar que nosso corpo tem uma capacidade incrível de recuperação quando recebe os cuidados necessários.

Parar de consumir álcool, repor as vitaminas essenciais e investir em terapias de reabilitação são passos fundamentais para melhorar os sintomas e recuperar a qualidade de vida. Muitas pessoas conseguem voltar a realizar atividades que haviam abandonado devido à doença, e isso é algo que sempre nos motiva a orientar os pacientes com esperança e confiança.

Um neurologista pode ajudar a identificar a extensão dos danos, prescrever o tratamento mais indicado e monitorar a evolução do caso. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas como os descritos neste artigo, não hesite em procurar ajuda. Quanto antes for iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação.

Referências

Dr Diego de Castro Neurologista & Neurofisiologista

Dr Diego de Castro cuida de pacientes com diversas doenças neurológicas. Sua trajetória conta com a experiência adquirida como neurologista da Universidade de São Paulo e como médico colaborador no ambulatório de Neurogenética e no ambulatório de Neurocirurgia Funcional do Hospital das Clínicas da USP.

Com o propósito de oferecer um atendimento de excelência e confiança, o Dr Diego de Castro realiza uma avaliação neurológica minuciosa, capaz de auxiliar na definição diagnóstica de seus sintomas e atua juntamente à equipe multidisciplinar para fornecer um tratamento eficaz a seus pacientes.

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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