O tremor na doença de Parkinson é um sintoma que afeta cerca de 80% dos pacientes. O tremor é um movimento involuntário de "chacoalhar ou sacudir" um membro. É uma condição que pode ser estigmatizante e estar presente durante o repouso e ação.
O tremor no Parkinson na maioria dos casos envolve a mão e se associa a lentidão e rigidez. Na fase inicial, o tremor pode envolver apenas um dos pés, perna e a mandíbula, predominando sempre no repouso ("membro parado").
Neste artigo, Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista pela USP explica sobre as características que definem o tremor da doença de Parkinson e o diferencia de outras condições que causam tremores.
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Segundo a Parkinson's UK, entre as características do tremor na Doença de Parkinson estão:
Além disso, o tremor no Parkinson pode envolver pé, perna e eventualmente os dois lados do corpo. Também é comum ocorrer na mandíbula, queixo, boca ou língua.
Para a maioria das pessoas com Parkinson, o tremor é irritante. Também atrai a atenção, de modo que as pessoas tendem a manter a mão trêmula no bolso ou isolar-se fugindo do estigma e preconceito.
Compreenda mais detalhes do tremor na doença de Parkinson, assistindo ao vídeo:
De acordo com pesquisa da Parkinsonism Related Disorders, o tremor na doença de Parkinson é diferente de quase todos os outros, porque é um "tremor de repouso". Ele diminui com o início do movimento.
Geralmente o tremor no Parkinson retorna quando o membro é mantido em uma posição, como segurar um talher. É por isso que pacientes com Parkinson costumam derramar coisas.
O tremor na doença de Parkinson pode afetar qualquer parte do corpo, principalmente:
Como a maioria dos sintomas da doença de Parkinson, o tremor também é assimétrico (atinge mais de um lado do que o outro).
Em cerca de 1% dos casos da doença de Parkinson, a cabeça treme. Às vezes, os tremores da cabeça ocorrem porque os braços estão tremendo e o tremor é simplesmente transmitido.
O tremor da cabeça raramente está associado a Doença de Parkinson. Estudos do Hospital Salpétriere em Paris demonstram que a doença que mais causa o tremor na cabeça é o Tremor Essencial e não a Doença de Parkinson.
É importante diferenciar essas condições, pois o tratamento e prognóstico são diferentes.
Segundo a American Parkinson Disease Association, o tratamento do tremor na Doença de Parkinson pode ser feito por meio de:
Pode ser difícil tratar o tremor no Parkinson só com medicamentos. Este é o sintoma que responde menos aos remédios.
Quando o tremor é muito relevante, os pacientes podem pensar que um medicamento não está funcionando, o que é um equívoco. Os medicamentos melhoram mais facilmente a lentidão e rigidez, sendo a resposta do tremor variável.
Quando o tremor no Parkinson é grave ou incapacitante, outros medicamentos podem ser tentados:
Alguns desses medicamentos apresentam muitos efeitos colaterais e por isso devem ser sempre avaliados por um neurologista especialista em distúrbios do movimento.
Quando os medicamentos falham a cirurgia é uma excelente opção de tratamento do tremor na Doença de Parkinson.
As técnicas cirúrgicas incluem as cirurgias convencionais (Palidotomia e Talamotomia) e a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS).
O DBS é o tratamento mais eficaz para o tremor da doença de Parkinson. É bem-sucedido em cerca de 90% dos casos e geralmente faz com que o tremor melhore mais que 70%.
O tratamento do tremor no Parkinson com DBS é seguro e validado pelo FDA desde 1997. Para saber mais sobre a DBS no tratamento do Parkinson, leia nosso artigo: "Tratamento com Cirurgia para Doença de Parkinson – Estimulação Cerebral Profunda".
As técnicas de estimulação magnética transcraniana e estimulação periférica ainda carecem de validação científica e seu uso ainda é experimental.
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP, especializado em Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento. Tem especial interesse no atendimento de pessoas com Parkinson e em casos de tremor de difícil controle.
Sua trajetória conta com a experiência adquirida como neurologista da Universidade de São Paulo e como médico colaborador no ambulatório de Neurocirurgia Funcional do Hospital das Clínicas da USP.
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