Segundo o NHS, Paralisia Cerebral Espástica é um distúrbio do desenvolvimento causado por danos no cérebro antes do nascimento, durante o parto, ou nos primeiros anos de vida, que impede o desenvolvimento normal da função motora.
Existem diferentes tipos de paralisia cerebral. A forma espástica é a mais comum. Outros tipos de paralisia cerebral podem levar a movimentos anormais (forma discinética) ou problemas com equilíbrio e caminhada (forma atáxica).
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica especificamente sobre a forma espástica da Paralisia Cerebral.
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Segundo a Cerebral Palsy Group, paralisia cerebral espástica consiste em problemas de movimento e equilíbrio, devido a uma lesão no córtex motor do cérebro.
Às vezes, a paralisia cerebral é notada logo após o nascimento, mas em outras crianças, não será notada até alguns anos depois.
Bebês com paralisia cerebral são lentos para rolar, sentar, engatinhar ou andar, e podem parecer fracos e ter dificuldade para firmar a cabeça.
Quando notada posteriormente, é caracterizada por:
Segundo a Cerebral Palsy Alliance, os músculos precisam de tônus suficiente para manter a postura correta, permitir a caminhada e manter a flexibilidade. As fibras nervosas motoras, através da medula espinhal, interagem com os músculos para ajudar a controlar o tônus muscular.
Na paralisia cerebral espástica, danos cerebrais no córtex motor, região responsável por planejar e controlar o movimento, afetam este controle, causando problemas com a coordenação e o movimento, principalmente nos braços e pernas. Isso influencia a forma como a medula espinhal e os nervos reagem, o que faz com que os músculos fiquem tensos e espásticos.
Conforme o U.S. Department of Health Human Services, existem 3 tipos principais de paralisia cerebral, classificados com base na localização dos sintomas.
Também chamada Quadriplegia espástica, é um tipo específico de paralisia cerebral espástica que se refere à dificuldade em controlar os movimentos nos braços e pernas.
A quadriplegia espástica normalmente afetará todo o corpo, mesmo que o nome se refira aos quatro membros do corpo. Os músculos faciais e o núcleo do corpo são incapazes de desempenhar suas funções normais devido à intensa quantidade de tensão muscular.
Esta forma de paralisia cerebral afeta ambas as pernas, em vez de todo o corpo. Cerca de uma em cada cinco crianças com PC tem diplegia espástica, que também é conhecida como Doença de Little, em homenagem ao médico que escreveu pela primeira vez sobre esta forma de paralisia cerebral.
As crianças com essa forma apresentarão sinais e sintomas nos primeiros anos, e muitos dos mesmos sintomas que uma criança com quadriplegia irá exibir.
Normalmente, a extremidade superior é mais afetada do que a extremidade inferior. Esta forma prejudica a capacidade do cérebro de enviar sinais nervosos adequados para os músculos.
A Mayo Clinic aponta que os sinais e sintomas da paralisia cerebral espástica são diferentes para cada criança, dependendo da gravidade da lesão cerebral e de quaisquer distúrbios que possam estar presentes.
Em geral, os sintomas mais comuns são:
Problemas como deficiência auditiva e visual também podem apresentar-se, mas não estão diretamente relacionados com a paralisia cerebral; são causados pela lesão inicial durante o nascimento.
Nos primeiros anos de vida de uma criança, pode ser muito difícil reconhecer os sinais de paralisia cerebral. Isso ocorre porque os sintomas normalmente não se apresentam até que uma criança comece a perder marcos de desenvolvimento. Durante a infância, muitas crianças tendem a exibir alguns dos mesmos reflexos irregulares associados à PC espástica. Pode levar até 5 anos de idade antes que um diagnóstico completo de paralisia cerebral seja alcançado.
Continue acompanhando nosso blog! No próximo artigo, vamos abordar os procedimentos diagnósticos e para tratamento da Paralisia Cerebral Espástica.
Aumente seus conhecimentos sobre a paralisia cerebral. Veja nossos outros artigos sobre este assunto:
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Dr Diego de Castro Neurologista SP se dedica a reabilitação de pacientes com doenças neurológicas.
Durante a especialização em Neurologia na Universidade de São Paulo, decidiu prosseguir em aprimoramento no diagnóstico de doenças raras de origem neurogenética e na reabilitação neurológica por meio de neuromodulação (Estimulação Cerebral Profunda) e aplicação de Toxina Botulínica.
No Serviço de Especialidades Neurológicas, com unidades em Vitória – ES e São Paulo, oferece um serviço de qualidade de assistência para melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam o desafio de conviver com uma doença neurológica.
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