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Demência Vascular

Dr Diego de Castro
29/12/2021
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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Segundo a Mayo Clinic, Demência Vascular é um termo geral que define problemas cognitivos causados por danos cerebrais devido a prejuízos no fluxo sanguíneo para o cérebro. Pessoas com demência vascular apresentam dificuldade de:

  • Raciocínio
  • Planejamento
  • Julgamento
  • Memória
  • Outros processos de pensamento.

Algumas vezes o termo "comprometimento cognitivo vascular" (CCV) é mais utilizado do que "demência vascular" por expressar melhor o conceito de que as alterações cognitivas devorrente das lesões de vasos cerebrais podem variar de leve a grave.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a demência vascular, suas causas e sintomas, formas de diagnóstico e gerenciamento da doença.

Causas da Demência Vascular

Segundo a Alzheimer's Association, é causada por alterações nos vasos sanguíneos cerebrais com redução do fluxo sanguíneo. Pode-se desenvolver demência vascular quando um AVC bloqueia uma artéria em seu cérebro, mas esta não é a única causa. A demência vascular também pode resultar de outras condições que danificam os vasos sanguíneos e reduzem a circulação, privando o cérebro de oxigênio e nutrientes.

Assim como a doença de Alzheimer, o avanço da idade é um dos principais fatores de risco da demência vascular. Outros fatores de risco que causam a demência vascular coincidem com aqueles que aumentam o risco de doenças cardíacas ou AVC incluindo:

  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Colesterol alto
  • Sedentarismo
  • Excesso de peso
  • Consumo excessivo de álcool
  • Tabagismo.

As alterações causadas pela demência vascular podem ser identificadas na ressonância magnética. Essas anormalidades são causadas pela obstrução de pequenas artérias cerebrais e alterações na "substância branca" — os tecidos de conexão entre as regiões cerebrais.Na maioria das vezes, essas alterações precisam se espalhar por uma grande parte do cérebro para causar sintomas.

Sinais e Sintomas da Demência Vascular

Segundo o NIA, pessoas com demência vascular podem ter sintomas variados de comprometimento cognitivo. Os sintomas dependem da gravidade do dano aos vasos sanguíneos e das regiões do cérebro afetada. Entre os sinais e sintomas mais comuns, podemos destacar:

  • Dificuldade para prestar atenção e se concentrar
  • Capacidade reduzida de organizar pensamentos, ações ou objetos
  • Declínio na capacidade de analisar uma situação, desenvolver um plano eficaz e comunicar esse plano para os outros
  • Mau julgamento e perda de capacidade de perceber o perigo
  • Dificuldade para realizar tarefas que costumavam ser fáceis, como pagar contas
  • Problemas para seguir instruções ou aprender novas informações e rotinas
  • Dificuldade para decidir o que fazer a seguir
  • Esquecer eventos atuais ou passados
  • Se perder em rotas familiares
  • Problemas com a linguagem, como dificuldade para encontrar a palavra certa
  • Dificuldade para ler e escrever
  • Perda de interesse em coisas ou pessoas
  • Alucinações ou delírios
  • Desejo repentino ou frequente de urinar ou incapacidade de controlar a micção
  • Dificuldade para caminhar
  • Mudanças nos padrões de sono
  • Riso e choro descontrolados
  • Mudanças na personalidade, comportamento e humor, como depressão, agitação, raiva ou apatia.

Os sintomas da demência vascular podem ser mais óbvios quando acontecem logo após um AVC grave. Entretanto, múltiplos pequenos AVCs ou outras condições que afetam os vasos sanguíneos e as fibras nervosas no interior do cérebro podem causar mudanças de pensamento mais graduais à medida que os danos se acumulam.

Diferença entre Demência Vascular e Doença de Alzheimer

A Alzheimer's Society explica que demência é o nome de um grupo de sintomas que inclui problemas com memória, pensamento, resolução de tarefas, linguagem e percepção. Existem diversos tipos de demência, entre eles a Demência Vascular e a Doença de Alzheimer.

Na demência vascular, a interrupção da circulação sanguínea no cérebro leva à morte das células nervosas, por falta de nutrientes e oxigênio, levando ao comprometimento nos processos cognitivos.

Na doença de Alzheimer, depósitos de proteínas anormais formam placas e emaranhados no cérebro. Conexões entre células são perdidas, e elas começam a morrer. Em casos avançados, o cérebro apresenta um encolhimento significativo.

Alterações cerebrais vasculares muitas vezes estão relacionadas a alterações cerebrais dos outros tipos de demência, incluindo a doença de Alzheimer e demência com corpos de Lewy. Além disso, alterações vasculares e outras anormalidades cerebrais podem interagir de maneiras que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver demência.

Diagnóstico

Segundo a Dementia Australia Research Foundation, um diagnóstico definitivo de demência vascular só pode ser confirmado examinando o cérebro após a morte. Mas existem alguns critérios diagnósticos que podem sugerir uma forte probabilidade de que as alterações cognitivas sejam devido a fatores vasculares. Os seguintes exames podem ajudar a identificá-los:

  • Testes neuropsicológicos - Fornecem avaliação detalhada de habilidades específicas de pensamento, como julgamento, planejamento, resolução de problemas, raciocínio e memória
  • Ressonância magnética - Fornece informações sobre a estrutura do cérebro, identifica atrofia em alguma região e detecta evidências de AVC, alterações nos vasos sanguíneos ou um tumor que possa estar prejudicando a circulação cerebral
  • Exames laboratoriais - Identificam alterações no colesterol, glicose, tireoide e deficiência de vitaminas favorecem problemas de memória ou confusão mental.
Testes neuropsicológicos ajudam no diagnóstico da demência vascular
Testes neuropsicológicos ajudam no diagnóstico da demência vascular

Um exame físico e neurológico também é importante para verificar sua saúde vascular e neurológica. Durante a consulta, o médico pode avaliar:

  • Pressão arterial
  • Reflexos
  • Tônus muscular e força (também comparando um lado do corpo em relação ao outro)
  • Capacidade de levantar-se de uma cadeira e andar através da sala
  • Sensibilidade ao toque
  • Visão
  • Coordenação
  • Equilíbrio.

Tratamento

Segundo o National Institutes of Health (NIH), não existe tratamento específico para a demência vascular. Por este motivo, é tão importante prevenir novas ocorrências.

Dessa forma, o tratamento se concentra no gerenciamento das condições de saúde e fatores de risco para a ocorrência de um evento cardiovascular. As medidas de controle dessas condições podem diminuir a taxa em que a demência vascular piore, ajudando a evitar um declínio adicional.

Dependendo da sua situação individual, seu médico pode prescrever medicamentos para:

  • Reduzir a pressão arterial
  • Reduzir o nível de colesterol
  • Evitar a formação de coágulos sanguíneos e fluidificar o sangue, para que ele circule com mais facilidade pelos vasos
  • Controlar os níveis de glicose no sangue, se você tiver diabetes.

Mas modificar seu estilo de vida é fundamental para reduzir o risco de novos eventos que prejudiquem a circulação cerebral:

  • Siga uma dieta saudável e com baixo teor de gordura
  • Abstenha-se de bebidas alcoólicas
  • Mantenha a pressão arterial inferior a 130/80 mm/Hg
  • Mantenha o colesterol LDL "ruim" inferior a 70 mg/dL
  • Não fume
  • Participe de atividades sociais
  • Desafie seu cérebro com jogos, quebra-cabeças e novas atividades, como uma aula de arte, ouvir uma música nova ou aprender uma língua estrangeira.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA ainda não aprovou nenhum medicamento especificamente para tratar sintomas de demência vascular. Segundo a Alzheimer's Association, já começaram a surgir algumas evidências de ensaios clínicos com medicamentos aprovados para tratar sintomas de Alzheimer, sugerindo que eles podem oferecer um benefício modesto em pessoas com demência vascular.

Como acontece com as outras complicações de um AVC, as alterações cognitivas podem, em alguns casos, melhorar com a recuperação da fase aguda, à medida que o cérebro gera novos vasos sanguíneos e células cerebrais fora da região danificada assumem novos papéis. Realizar um adequado processo de reabilitação é um dos fatores que podem contribuir para essa evolução positiva.

Gerenciamento e Cuidados

Pessoas com qualquer tipo de demência e seus cuidadores experimentam inúmeras emoções em seu cotidiano, incluindo confusão, frustração, raiva, medo, incerteza e depressão. A Mayo Clinic fornece algumas recomendações para lidar com a situação:

  • Presença e Encorajamento - É possível ajudar uma pessoa a lidar com a demência vascular, estando lá para ouvir, tranquilizando-a de que a vida ainda pode ser desfrutada, fornecendo encorajamento e fazendo o seu melhor para ajudá-la a reter dignidade e auto-respeito.
  • Cuidados com o Ambiente - Um ambiente calmo e previsível pode ajudar a reduzir preocupação e agitação. Estabeleça uma rotina diária, com atividades agradáveis dentro da zona de conforto da pessoa com demência vascular.
  • Independência e Segurança - Respeite a independência sempre que for seguro. Pode levar muito tempo até que seu ente querido precise deixar de viver sozinho ou dirigir. Observe e identifique até que ponto seu ente querido ainda pode realizar suas atividades por conta própria.
  • Planejamento do Futuro - Ainda nos estágios iniciais da doença, converse com um advogado sobre os documentos legais que serão necessários e quando será o momento de elaborá-los.
  • Cuidados com o Cuidador - Cuidar de uma pessoa com demência é fisicamente e emocionalmente exigente. É importante prestar atenção às suas próprias necessidades e cuidar de sua saúde, comparecendo a seus próprios médicos, comendo refeições saudáveis e se exercitando. Não deixe de realizar pausas todos os dias e aceitar ajuda de amigos e familiares.

Dr Diego de Castro Neurologista & Neurofisiologista

Dr Diego de Castro cuida de pacientes com diversas doenças neurológicas. Sua trajetória conta com a experiência adquirida como neurologista da Universidade de São Paulo e como médico colaborador no ambulatório de Neurogenética e no ambulatório de Neurocirurgia Funcional do Hospital das Clínicas da USP.

Com o propósito de oferecer um atendimento de excelência e confiança, o Dr Diego de Castro realiza uma avaliação neurológica minuciosa, capaz de auxiliar na definição diagnóstica de seus sintomas e atua juntamente à equipe multidisciplinar para fornecer um tratamento eficaz a seus pacientes.

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Neurologia - Dr Diego de Castro
Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.

One comment on “Demência Vascular”

  1. Bom dia!
    Minha mãe foi diagnosticada com Demência Vascular Multiinfarto, depois de consultar com três Neurologistas.
    Achei muito interessante o artigo, pq a maioria dos médicos falam mais sobre Alzheimer.

Dúvidas? Sugestões?

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