Segundo informações do NHS, a Demência de Corpos de Lewy é uma doença progressiva, o que significa que os sintomas começam lentamente e pioram com o tempo, geralmente em cinco a até mesmo 20 anos para algumas pessoas, dependendo da saúde geral, idade e gravidade dos sintomas.
Por este motivo, um plano abrangente de tratamento e cuidados deve começar a ser desenvolvido já no diagnóstico. Dessa forma, é possível manter a qualidade de vida do paciente, sua família e cuidadores.
Complementando o artigo da semana passada, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre os procedimentos diagnósticos e formas de tratamento e cuidado do paciente com demência de corpos de Lewy.
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Segundo o National Institute on Aging (NIA), a demência de corpos de Lewy costuma ser difícil de diagnosticar, porque seus primeiros sintomas podem ser semelhantes aos da doença de Alzheimer ou de uma doença psiquiátrica. Somente à medida que sintomas adicionais aparecem, torna-mais evidente o diagnóstico.
Como acontece com outros tipos de demência, não há um único teste que possa diagnosticar conclusivamente a Demência de Corpos de Lewy. O diagnóstico baseia-se nos sinais e sintomas que o paciente apresenta e descarta outras condições que podem causar sinais e sintomas semelhantes. Os testes podem incluir:
Por mais difícil que seja, obter um diagnóstico preciso, o quanto antes possível, é importante para que a pessoa:
Embora o diagnóstico de Demência de Corpos de Lewy possa ser angustiante, algumas pessoas ficam aliviadas ao saber a razão de seus sintomas. Conversar com um profissional de saúde mental sobre seu diagnóstico pode ajudar a mudar seu foco para a criação de um plano de cuidados.
Segundo a Mayo Clinic, embora a Demência de Corpos de Lewy não possa ser prevenida ou curada, é possível gerenciar os sintomas por um período de tempo. Um plano de tratamento eficaz envolve:
Além disso, é interessante realizar algumas modificações de segurança doméstica e utilizar equipamentos que facilitam as tarefas diárias.
Entre os medicamentos que podem ser utilizados para tratar os sintomas, estão:
Segundo o NHS, existe uma série de terapias e medidas práticas que podem auxiliar no cuidado e melhorar a qualidade de vida de alguém com demência. Estas incluem:
Como as pessoas com Demência de Corpos de Lewy são mais sensíveis aos efeitos dos medicamentos antipsicóticos, inicialmente, é interessante tentar abordagens não medicamentosas para tratamento dos distúrbios psicóticos e comportamentais. Segundo a Lewy Body Dementia Association, é importante ter um bom resultado sem comprometer a segurança do paciente e daqueles que convivem com ele.
Se alucinações não são assustadoras para o paciente, mesmo que incomodem a família, o tratamento com um antipsicótico pode não ser necessário, especialmente se o paciente entender que as alucinações não são reais. Neste caso, são recomendadas práticas como:
Por outro lado, os delírios (falsa crença com forte convicção, apesar das evidências em contrário) podem afetar negativamente o convívio social e, na maioria dos casos, devem ser tratados, mais produtivamente por um profissional de saúde mental.
Medicamentos antipsicóticos devem ser usados com extrema cautela. Embora sejam prescritos para sintomas comportamentais que podem ocorrer no Alzheimer, eles podem causar efeitos colaterais graves em até 50% daqueles com demência corporal de Lewy. Efeitos colaterais podem incluir mudanças bruscas na consciência, deglutição prejudicada, confusão, episódios de delírios ou alucinações, ou piora dos sintomas parkinsonianos.
A hipotensão ortostática (queda da pressão arterial) é um sintoma comum na Demência de Corpos de Lewy, frequentemente apresentando-se como tontura ou desmaio, principalmente quando em pé.
O cuidado inicial consiste em medidas simples, como:
Se estas medidas falharem, medicamentos podem ser usados.
Outras manifestações da disfunção autonômica são os problemas urinários e intestinais, e a disfunção erétil. Veja, a seguir como podemos lidar com esses problemas:
É importante trabalhar com um profissional de saúde experiente, pois certos medicamentos podem piorar alguns sintomas.
Dr Diego de Castro cuida de pacientes com diversas doenças neurológicas. Sua trajetória conta com a experiência adquirida como neurologista da Universidade de São Paulo e como médico colaborador no ambulatório de Neurogenética e no ambulatório de Neurocirurgia Funcional do Hospital das Clínicas da USP.
Com o propósito de oferecer um atendimento de excelência e confiança, o Dr Diego de Castro realiza uma avaliação neurológica minuciosa, capaz de auxiliar na definição diagnóstica de seus sintomas e atua juntamente à equipe multidisciplinar para fornecer um tratamento eficaz a seus pacientes.
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