Embora a busca pelo diagnóstico da Esclerose Múltipla possa ser frustrante, é importante continuar procurando respostas. Identificar e iniciar o Tratamento da Esclerose Múltipla o mais rápido possível pode ajudar a retardar a progressão da doença.
No artigo da semana passada, explicamos sobre as causas e sintomas da Esclerose Múltipla. Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre Diagnóstico e Tratamento da Esclerose Múltipla, prevenção de crises e práticas de autocuidado.
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Diagnosticar esclerose múltipla pode ser difícil, pois não existem exames específicos que, sozinhos, possam concluir a presença da doença.
Além disso, conforme The National Multiple Sclerosis Society, pode não ser possível confirmar um diagnóstico se você teve apenas 1 crise de sintomas semelhantes a EM. Um diagnóstico só pode ser confirmado com confiança quando há evidências de pelo menos 2 crises separadas, mesmo que em uma delas apenas sejam identificados sinais de lesões na ressonância magnética, sem que você tenha percebido a crise.
No entanto, experimentar sintomas da esclerose múltipla, mesmo que eles passem por conta própria, é um forte motivo para consultar um médico neurologista. Contar-lhe os detalhes sobre o tipo e o padrão de sintomas que você está experimentando vai ajudá-lo a identificar se você pode ter a condição.
Um diagnóstico de esclerose múltipla, muitas vezes, depende de descartar outras condições que possam produzir sinais e sintomas semelhantes. Neste processo, conhecido como diagnóstico diferencial, seu médico procura descartar outras causas como:
É provável que seu médico comece com a avaliação do seu histórico médico, realize um exame neurológico e solicite alguns exames.
O neurologista procura alterações ou sinais de fraqueza em:
Isso pode mostrar se seus nervos estão danificados de uma forma que pode sugerir esclerose múltipla.
Segundo a Mayo Clinic, entre os exames que podem ser solicitados, estão:
Segundo artigo publicado no Current Treatment Options in Neurology, não há cura para a esclerose múltipla, mas o uso de medicamentos, abordagens terapêuticas complementares e mudanças no estilo de vida podem ajudá-lo a controlar a doença.
Podemos dividir as formas de tratamento da esclerose múltipla em 4 grandes grupos. É importante que você trabalhe em estreita colaboração com seu médico neurologista e com os profissionais da equipe multidisciplinar, para encontrar o tratamento que funciona melhor para o seu caso, com o menor número de efeitos colaterais.
A esclerose múltipla pode causar uma gama de sintomas, que podem ser tratados individualmente:
Ao avaliar uma pessoa com fadiga relacionada à EM, o primeiro passo é descartar potenciais causas, como disfunção urinária, dor ou espasmos musculares que levem a um distúrbio do sono.
Uma vez que tenham sido excluídas ou tratadas, podemos utilizar terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas. Embora muitos medicamentos tenham sido testados em ensaios clínicos, apenas a amantadina é atualmente recomendada. As abordagens não farmacológicas incluem:
Espasmos musculares e rigidez (espasticidade) podem ser melhorados com fisioterapia.
Se seus espasmos musculares forem mais graves, seu médico pode prescrever um medicamento relaxante muscular.
Conforme a Multiple Sclerosis Society, um programa de fisioterapia pode ajudar a melhorar o equilíbrio. Existem diferentes tipos de exercício específicos para melhorar o equilíbrio, mas é interessante realizar também exercícios que melhoram a postura, força e flexibilidade de seus músculos, o que pode beneficiar seu equilíbrio.
Terapias de exercício, incluindo yoga, Pilates, Tai Chi, juntamente com aeróbica e caminhada ao ar livre, também podem ajudar.
Um fonoaudiólogo pode ajudá-lo a adaptar sua alimentação, escolhendo alimentos mais fáceis de engolir e recomendando exercícios para fortalecer os músculos usados na fala e na deglutição.
A dor neuropática é aquela causada por danos nos nervos. Este tipo de dor pode ser tratada usando os medicamentos gabapentina ou carbamazepina, ou com um medicamento chamado amitriptilina (um tipo mais antigo de antidepressivo, atualmente usado para o controle da dor).
Viver com EM pode causar estresses e tensões nos músculos e articulações do seu corpo.
Um fisioterapeuta pode ajudar, sugerindo exercício ou posturas melhores. Na fisioterapia, também há abordagens para o controle da dor.
Se sua dor for mais severa, podem ser prescrito analgésicos.
Gerenciar sintomas cognitivos muitas vezes envolve encontrar estratégias que funcionem para você minimizar os efeitos de seus sintomas.
Segundo artigo publicado na Nature Reviews Neurology, os treinamentos de reabilitação cognitiva e prática de exercícios são estratégias em estudo para o tratamento de comprometimento cognitivo relacionado à EM.
O acompanhamento com um psicólogo clínico é fundamental para aprender a lidar com os desafios da convivência com uma doença crônica e estabelecer estratégias de enfrentamento.
Pessoas com EM que têm depressão também podem ser tratadas com antidepressivos.
Homens com EM que têm disfunção erétil precisam de acompanhamento do médico urologista, para verificar a possibilidade de utilizar medicamentos para aumentar temporariamente o fluxo sanguíneo para o pênis.
Aconselhamento de relacionamento também pode ajudar homens e mulheres com EM com perda do interesse em sexo ou dificuldade para chegar ao orgasmo.
Vários medicamentos estão disponíveis para tratar a bexiga hiperativa. A fisioterapia pélvica pode ajudar com o fortalecimento do assoalho pélvico, facilitando esvaziar a bexiga e reduzindo as perdas involuntárias de urina.
Você também pode ser encaminhado para tratamento com injeções de toxina botulínica ou estimulação elétrica para os músculos da bexiga.
A constipação leve ou moderada pode ser tratada com mudanças na dieta ou tomando medicamentos amolecedores das fezes.
Constipação mais grave pode necessitar de tratamento com supositórios ou um enema.
A incontinência intestinal pode ser tratada com medicamentos anti-diarreia ou com fisioterapia pélvica, para fortalecer seus músculos anais.
Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre o tratamento dos sintomas da esclerose múltipla:
Segundo a Oregon Health & Science University, recaídas acontecem quando a EM causa inflamação no sistema nervoso central. Uma crise é considerada recaída quando dura pelo menos 24 horas e ocorre pelo menos 30 dias após uma crise anterior.
Recaídas podem durar alguns dias a alguns meses. Quando leves, podem não precisar de tratamento. Para recaídas graves, é necessário administrar corticosteroides pode reduzir a inflamação e reduzir o período da recaída.
A troca de plasma (plasmaferese) pode ser usada se seus sintomas forem novos, graves e não responderem a esteroides.
Um surto de sintomas é diferente de uma recaída e pode ser causado por outros fatores, como uma infecção. Por este motivo, é necessário avaliação médica, para verificar outras possíveis causas para seus sintomas.
Esses medicamentos retardam o avanço da doença e previnem surtos. Eles funcionam restringindo a ação do sistema imunológico, para que não ataque a mielina, o revestimento protetor que envolve os nervos.
Esses tratamentos também podem ajudar a retardar o agravamento da incapacidade nos pacientes, embora as pesquisas existentes sobre seus benefícios a longo prazo ainda seja limitada.
Segundo o NHS, as terapias modificadoras de doenças não são adequadas para todos os pacientes com EM. Eles só são prescritos para aqueles com esclerose múltipla recidiva ou esclerose múltipla progressiva secundária que atendem a certos critérios, como o número de recaídas que tiveram.
Pessoas sem recaídas não têm uma boa probabilidade de se beneficiar destas formas de tratamento e podem experimentar efeitos colaterais graves.
Muitos tratamentos e terapias complementares ajudam os pacientes a se sentirem melhor. Pesquisas atuais sugerem que pode valer a pena tentar esses tratamentos:
As terapias modificadoras de doenças são a maneira mais eficaz de reduzir o número de surtos (também chamados de recaídas ou crises) que você experimenta.
Levar um estilo de vida saudável também é importante. As escolhas que você faz podem ajudar a retardar a progressão da doença e melhorar sua qualidade de vida.
Conforme a Cleveland Clinic, mudanças no estilo de vida que podem melhorar sua condição incluem:
Em alguns casos, a esclerose múltipla leva à incapacidade e perda de alguma função física ou mental. Mas graças aos avanços no tratamento, a maioria das pessoas com EM continum levando vidas plenas, ativas e produtivas. Tomar medidas para gerenciar sua saúde e estilo de vida pode ajudar a melhorar seu resultado a longo prazo.
Dr Diego de Castro cuida de pacientes com diversas doenças neurológicas e realiza o exame de eletroneuromiografia SP e eletroneuromiografia em Vitória ES em casos complexos e condições genéticas raras.
Com o propósito de oferecer um atendimento de excelência e confiança, o Dr Diego de Castro realiza uma avaliação neurológica minuciosa, capaz de auxiliar na definição diagnóstica de seus sintomas e atua juntamente à equipe multidisciplinar para fornecer um tratamento eficaz a seus pacientes.
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