Segundo o NINDS, mielite transversa (MT) é uma doença inflamatória rara que causa lesão na medula espinhal, gerando diferentes graus de fraqueza, alterações sensoriais e disfunção do sistema nervoso autônomo.
Embora algumas pessoas se recuperem completamente ou apenas com problemas residuais menores, o processo pode levar meses a anos. Não há cura para mielite transversa, mas existem tratamentos para prevenir ou minimizar déficits neurológicos permanentes.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a Mielite Transversa, suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e tratamento.
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As fibras nervosas da medula espinhal são protegidas por uma camada de tecido gorduroso chamado mielina. A bainha de mielina se encaixa ao redor dos nervos, da mesma forma que o isolamento que cobre um fio elétrico.
Quando a mielina é danificada, os nervos também podem ser feridos, dificultando o envio de sinais para outras partes do corpo. E quando a lesão acontece com os nervos de ambos os lados de uma região da medula espinhal, a condição é denominada mielite transversa.
Esta desordem pode afetar qualquer pessoa, mas, segundo a Mayo Clinic, já conseguimos identificar alguns padrões:
As possíveis causas da mielite transversa podem ser bastante variadas. Em cerca de 50% dos casos, a mielite transversa segue uma infecção. Em alguns casos, o vírus pode desencadear uma reação autoimune, mesmo sem infectar diretamente a medula espinhal. As principais condições relacionadas ao quadro de mielite transversa são:
Quando uma causa não pode ser identificada, chamamos de mielite transversa idiopática.
Conforme dados da Cleveland Clinic, a mielite transversa pode ser aguda (desenvolvendo-se durante horas a alguns dias) ou subaguda (geralmente desenvolvendo-se ao longo de uma a quatro semanas).
O segmento da medula espinhal em que ocorre o dano determina quais partes do corpo são afetadas. Danos em um segmento afetam a função desse nível para baixo. O dano da mielina ocorre mais frequentemente nos nervos na parte superior das costas.
Quatro características clássicas da mielite transversa são:
Outros sintomas podem incluir:
Disfunção sexual, depressão e ansiedade também podem acontecer, mais comumente devido a mudanças no estilo de vida, estresse e dor crônica.
Uma vez que os sintomas começam, podem piorar em poucas horas. Na maioria das vezes, eles atingem o pico em 10 dias. Embora a condição não seja crônica, ela pode voltar se você tiver um histórico de doença autoimune.
Déficits neurológicos comuns resultantes de mielite transversa incluem:
Em alguns casos, estes podem ser permanentes.
Segundo a Mayo Clinic, quando o exame físico levar à suspeita de mielite transversa, é importante realizar alguns exames, com os seguintes objetivos:
Entre os exames realizados no processo diagnóstico, estão:
É essencial descartar a compressão da medula espinhal (por tumor, hérnia de disco, hematoma ou abscesso) como causa da mielite transversa. Em alguns casos, quando a compressão for tratada, é possível reverter a lesão neurológica na medula espinhal.
Conforme a National Organization for Rare Disorders, a mielite transversa é uma doença relativamente rara. Por isso, a maior parte do que sabemos sobre o tratamento para MT vem de estudos de caso ou estudos de grupos de pacientes tratados.
Na maioria dos casos, é necessária a internação para a fase aguda, devido à gravidade do transtorno. Neste momento, medicamentos corticosteroides administrados por via intravenosa é o tratamento de linha de frente, com o objetivo de reduzir o inchaço e inflamação, reduzir a atividade do sistema imunológico e acelerar a recuperação da doença.
Se esteroides não reduzirem a inflamação, o tratamento de plasmaférese pode ser recomendado. Também conhecido como terapia de troca de plasma, este método consiste em substituir o plasma do sangue, eliminando os componentes que podem estar ativando o sistema imunológico para atacar outros órgãos do corpo.
Outros tratamentos realizados durante a fase aguda incluem:
Muitos pacientes com mielite transversa necessitam de cuidados e processos de reabilitação para prevenir complicações e melhorar suas habilidades funcionais. Segundo o Hospital Johns Hopkins, é importante iniciar a terapia precocemente, para evitar problemas relacionados à inatividade e perda de amplitude de movimento.
Embora a reabilitação não possa reverter os danos físicos resultantes da mielite transversa, ela pode mesmo aquelas pessoas com paralisia grave a se tornarem mais independentes e alcançarem a melhor qualidade de vida possível.
Uma equipe multidisciplinar pode ajudar no tratamento dos deficits neurológicos duradouros ou permanentes:
É difícil prever o curso da mielite transversa. Embora a maioria das pessoas tenha pelo menos recuperação parcial, pode levar um ano ou mais. A maior parte da recuperação ocorre nos primeiros três meses após o episódio e depende fortemente da causa.
Dr Diego de Castro cuida de pacientes com diversas doenças neurológicas e realiza o exame de eletroneuromiografia SP e eletroneuromiografia em Vitória ES em casos complexos e condições genéticas raras.
Com o propósito de oferecer um atendimento de excelência e confiança, o Dr Diego de Castro realiza uma avaliação neurológica minuciosa, capaz de auxiliar na definição diagnóstica de seus sintomas e atua juntamente à equipe multidisciplinar para fornecer um tratamento eficaz a seus pacientes.
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