A neuralgia do trigêmeo também é conhecida como a “pior dor do mundo” por causar um sofrimento tão intenso que muitos se perguntam: neuralgia do trigêmeo pode matar? Também conhecida como Nevralgia do Trigêmeo, esta condição é causada pela irritação do nervo trigêmeo, que se ramifica para as regiões da testa, orelha, bochechas e mandíbula inferior.
Neste artigo, Dr. Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica o que torna essa condição tão grave, os riscos que ela traz e como é possível encontrar alívio com o tratamento certo.
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A neuralgia do trigêmeo afeta o nervo trigêmeo, responsável por sensações no rosto. Segundo a Mayo Clinic, ela provoca sensações de choques elétricos ou pontadas que podem durar segundos, mas parecem eternos.
Essa dor atinge um lado do rosto, especialmente as bochecha ou mandíbula. É um tipo de dor neuropática, ou seja, uma sensação dolorosa associada a lesões nervosas experimentada, geralmente, por todo o caminho que o nervo percorre. E neste caso pode ser tão forte que até escovar os dentes ou sentir uma brisa é suficiente para desencadeá-la. E isso afeta fortemente a qualidade de vida do indivíduo.
Na maioria dos casos, é um vaso sanguíneo que comprime o nervo trigêmeo, irritando-o. Doenças como esclerose múltipla ou tumores também podem causar compressão do nervo.
A Cleveland Clinic explica que de acordo com o que está causando a irritação nervosa, podemos classificar a causa como primária ou secundária:
Não precisa se preocupar: A neuralgia do trigêmeo, por si só, não é fatal. Não é como um infarto ou AVC que ameaça a vida diretamente. Mas isso não significa que seja inofensiva.
O sofrimento constante pode levar a complicações sérias. The National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS) alerta que o impacto psicológico é um risco real.
A dor incessante pode causar depressão grave ou até pensamentos suicidas. E esta condição é conhecida historicamente como “doença do suicídio”. Alguns pacientes param de comer por medo de crises, o que pode levar à desnutrição.
Esses efeitos indiretos são o verdadeiro perigo. Sem tratamento, a vida fica em risco não pela doença, mas por suas consequências.
Felizmente, existem formas de enfrentar a neuralgia do trigêmeo. O objetivo é reduzir a dor e evitar que ela domine seu dia a dia. Veja as opções:
Remédios como carbamazepina ajudam a “acalmar” o nervo. A American Academy of Neurology destaca que eles são o primeiro passo para muitos pacientes.
Se a dor persiste, anticonvulsivantes ou relaxantes musculares podem ser combinados. Seu neurologista ajustará o que funciona para você.
Bloqueios nervosos em várias partes do nervo podem fornecer alívio temporário da dor, com duração diferente dos efeitos para diferentes pessoas.
Injeções de Toxina Botulínica A (Botox) podem bloquear nervos sensoriais e ajudar a reduzir a dor em pessoas que não são respondem à terapia com medicamentos ou que não toleram a terapia com medicamentos.
Para casos graves, há opções cirúrgicas como:
Esses métodos têm riscos, mas podem ajudar fortemente a aliviar os sintomas. Converse com seu médico sobre os prós e contras para o seu caso específico.
Evitar gatilhos como vento frio ou alimentos duros ajuda. Algumas abordagens complementares também aliviam o estresse que piora a dor:
Pequenas mudanças fazem diferença. Você já notou o que dispara suas crises? Isso pode guiar seu cuidado.
A neuralgia do trigêmeo é, sim, chamada de “pior dor do mundo” com razão. Mas a pergunta “neuralgia do trigêmeo pode matar?” tem resposta: não diretamente, mas seus efeitos pedem atenção urgente. Lembre-se de que, com tratamento adequado, é possível controlar a dor e proteger sua vida. Se você está enfrentando este problema, procure um neurologista — você não precisa enfrentar isso sozinho.
Dr Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP e atua no diagnóstico de neuropatias periféricas e outras condições que afetam o sistema nervoso.
Além de cuidar dessas pessoas, é referência na realização do exame de Eletroneuromiografia.
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