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Diagnóstico e Tratamento da Nevralgia do Trigêmeo

Dr Diego de Castro
12/10/2022
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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Devido à variedade de opções de tratamento disponíveis, ter Nevralgia do Trigêmeo não significa necessariamente que você precise aprender a conviver com a dor. No entanto, a American Association of Neurological Surgeons explica que pode ser um diagnóstico difícil, pois os sintomas são semelhantes a outros distúrbios de dor facial e não há um único exame específico que identifique a condição.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre os procedimentos diagnósticos realizados, assim como as abordagens utilizadas para o Tratamento da Nevralgia do Trigêmeo.

Diagnóstico da Nevralgia do Trigêmeo

A Mayo Clinic explica que, como não há um único exame que possa diagnosticar a neuralgia do trigêmeo, chegar à natureza da dor é a chave para o diagnóstico. Assim, iniciamos com um exame físico e um histórico médico detalhado para descartar outras causas de dor facial. Esteja preparado para responder perguntas sobre:

  • O tipo de dor (súbita, rápida ou como se fosse um choque)
  • A frequência e a intensidade da dor
  • A localização da dor
  • O que costuma desencadear as crises
  • O que pode ajudar a melhorar ou mesmo intensificar a dor.

Durante o exame físico, examinamos partes do seu rosto, cabeça e pescoço, incluindo orelhas, boca, dentes e articulação temporomandibular, para tentar identificar exatamente onde a dor está ocorrendo e quais ramos do nervo trigêmeo podem estar sendo afetados.

Testes de reflexo e tolerância à dor também podem ajudar a determinar se seus sintomas são causados por um nervo comprimido ou outra condição.

Com base nesta investigação inicial, podemos solicitar exames complementares que nos ajudam a descartar outras condições que causam dor facial.

A ressonância magnética do crânio pode detectar se um tumor ou esclerose múltipla está afetando o nervo trigêmeo. Uma ressonância magnética de alta resolução pode revelar se há compressão causada por um vaso sanguíneo. Técnicas mais novas de varredura podem mostrar até mesmo o grau de compressão.

ressonância magnética na nevralgia do trigêmeo
A ressonância magnética do crânio pode descartar um tumor ou esclerose múltipla como causa da nevralgia do trigêmeo.

Há muitas condições e desordens onde a dor facial é o principal sintoma, por isso é importante descartar essas várias outras condições para determinar seu diagnóstico. Condições que podem imitar neuralgia do trigêmeo incluem:

  • Dores de cabeça em salvas
  • Enxaqueca
  • Neuralgia pós-herpética (dor após um surto de herpes zóster)
  • Distúrbio da articulação temporomandibular.

Também é importante descartar sinusite e infecções de ouvido.

Tratamento da Nevralgia do Trigêmeo

De acordo com Johns Hopkins Health System, o tratamento de neuralgia trigeminal geralmente começa com medicamentos, e algumas pessoas respondem bem a esta abordagem, não precisando de tratamento adicional.

Um subgrupo de pacientes, geralmente, deixa de responder ao tratamento medicamentoso, ou passam a experimentar efeitos colaterais desagradáveis. Para essas pessoas, outras opções de tratamento podem ser indicadas.

Quando a neuralgia do trigêmeo é causada por outra condição, como esclerose múltipla, o tratamento consiste em buscar aliviar os sintomas, mas também tratar a condição subjacente.

Medicamentos

Os medicamentos analgésicos têm pouco efeito sobre a neuralgia trigêmea, mas utilizamos outros tratamentos medicamentosos para reduzir a dor.

A terapia medicamentosa para neuralgia trigeminal usa alguns dos mesmos medicamentos prescritos para controlar convulsões (carbamazepina, gabapentina e agentes similares). Seu médico neurologista pode ajudá-lo a selecionar a melhor droga e a dosagem mais apropriada.

A maioria dos pacientes começa com doses baixas, aumentando gradualmente a dose sob supervisão clínica até conseguir o melhor alívio da dor com a menor quantidade de efeitos colaterais.

Bloqueio Nervoso

Bloqueios nervosos são injeções (com um medicamento esteroide ou outro agente) feitas em várias partes do nervo para reduzir a dor.

Elas podem fornecer alívio temporário da dor, com duração diferente dos efeitos para diferentes pessoas. Múltiplas injeções são geralmente necessárias para alcançar o alívio desejado.

Injeções de Toxina Botulínica

Segundo artigo publicado na Medicine, injeções de toxina botulínica A (Botox) podem bloquear nervos sensoriais e ajudar a reduzir a dor da neuralgia trigêmea em pessoas que não são respondem à terapia com medicamentos ou que não toleram a terapia médica devido aos seus efeitos colaterais.

Cirurgia

A cirurgia para neuralgia do trigêmeo é delicada e precisa, uma vez que a área envolvida é muito pequena. É interessante aprender sobre as opções cirúrgicas antes que você esteja precisando urgentemente de alívio, para que você e seu médico tenham tempo de avaliá-las. Conforme o NINDS, as técnicas cirúrgicas incluem:

  • Descompressão Microvascular - é considerada o tratamento mais duradouro para neuralgia trigêmea causada pela compressão dos vasos sanguíneos. Este procedimento envolve realocar ou remover vasos sanguíneos que estão em contato com a raiz trigêmea para evitar que o nervo funcione mal.
  • Radiocirurgia estereotática cerebral (faca gama) - neste procedimento, um cirurgião direciona uma dose focada de radiação para a raiz do nervo trigêmeo, com objetivo de danificar o nervo trigêmeo e reduzir ou eliminar a dor. O alívio ocorre gradualmente e pode durar vários anos, mas em alguns casos o nervo se recupera da radiação e volta a transmitir dor.
  • Rizotomia - existem vários tipos de rizotomias para neuralgia do trigêmeo. Em um procedimento ambulatorial, sob anestesia geral, o cirurgião insere uma agulha longa através da bochecha no lado afetado do rosto e usa uma corrente elétrica (calor) ou um químico (glicerina ou glicerol) para abater as fibras de dor do nervo trigêmeo. Proporciona alívio da dor para cerca de 80% dos pacientes, mas é uma solução temporária que geralmente dura de um a três anos, até que o nervo cresce novamente.
  • Neuromodulação - inclui a colocação de um ou mais eletrodos no tecido mole perto dos nervos, sob o crânio e, às vezes, mais fundo no cérebro, para fornecer estimulação elétrica à parte do cérebro responsável pela sensação do rosto. Na estimulação do nervo periférico, os fios são colocados sob a pele em ramos do nervo trigêmeo. Na estimulação do córtex motor, estimula-se a área que inerva a face. Na estimulação cerebral profunda (DBS), regiões que afetam caminhos sensitivos para o rosto podem ser estimuladas.

Sua saúde geral, idade, nível de dor e disponibilidade do procedimento serão todos levados em conta na escolha do procedimento a ser realizado.

Terapias Complementares

De acordo com Cleveland Clinic, Neuralgia do Trigêmeo não é fatal, mas pode ser que altere a sua vida. Você pode ficar com medo de realizar certas atividades, pois elas podem trazer episódios dolorosos.

Neste sentido, as abordagens complementares em seu tratamento podem ajudá-lo a viver uma vida normal, relativamente livre de dor - mesmo que essa seja uma condição que provavelmente estará presente, de alguma forma, para toda a sua vida.

As abordagens que você pode usar em conjunto com a terapia medicamentosa incluem:

  • Ioga
  • Meditação
  • Acupuntura
  • Aromaterapia
  • Biofeedback
  • Exercício de baixo impacto
  • Aconselhamento de apoio ou psicoterapia
  • Terapia nutricional.

Certifique-se de verificar com o seu médico antes de iniciar um tratamento alternativo, para evitar possíveis interações com o seu tratamento medicamentoso.

É essencial trabalhar em estreita colaboração com prestadores de cuidados de saúde experientes e compassivos que possam ajudar a encontrar a melhor abordagem terapêutica para cada pessoa.

Dr Diego de Castro Neurologista

Dr Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP e atua no diagnóstico de neuropatias periféricas e outras condições que afetam o sistema nervoso.

Além de cuidar dessas pessoas, é referência na realização do exame de Eletroneuromiografia.

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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