Devido à variedade de opções de tratamento disponíveis, ter Nevralgia do Trigêmeo não significa necessariamente que você precise aprender a conviver com a dor. No entanto, a American Association of Neurological Surgeons explica que pode ser um diagnóstico difícil, pois os sintomas são semelhantes a outros distúrbios de dor facial e não há um único exame específico que identifique a condição.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre os procedimentos diagnósticos realizados, assim como as abordagens utilizadas para o Tratamento da Nevralgia do Trigêmeo.
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A Mayo Clinic explica que, como não há um único exame que possa diagnosticar a neuralgia do trigêmeo, chegar à natureza da dor é a chave para o diagnóstico. Assim, iniciamos com um exame físico e um histórico médico detalhado para descartar outras causas de dor facial. Esteja preparado para responder perguntas sobre:
Durante o exame físico, examinamos partes do seu rosto, cabeça e pescoço, incluindo orelhas, boca, dentes e articulação temporomandibular, para tentar identificar exatamente onde a dor está ocorrendo e quais ramos do nervo trigêmeo podem estar sendo afetados.
Testes de reflexo e tolerância à dor também podem ajudar a determinar se seus sintomas são causados por um nervo comprimido ou outra condição.
Com base nesta investigação inicial, podemos solicitar exames complementares que nos ajudam a descartar outras condições que causam dor facial.
A ressonância magnética do crânio pode detectar se um tumor ou esclerose múltipla está afetando o nervo trigêmeo. Uma ressonância magnética de alta resolução pode revelar se há compressão causada por um vaso sanguíneo. Técnicas mais novas de varredura podem mostrar até mesmo o grau de compressão.
Há muitas condições e desordens onde a dor facial é o principal sintoma, por isso é importante descartar essas várias outras condições para determinar seu diagnóstico. Condições que podem imitar neuralgia do trigêmeo incluem:
Também é importante descartar sinusite e infecções de ouvido.
De acordo com Johns Hopkins Health System, o tratamento de neuralgia trigeminal geralmente começa com medicamentos, e algumas pessoas respondem bem a esta abordagem, não precisando de tratamento adicional.
Um subgrupo de pacientes, geralmente, deixa de responder ao tratamento medicamentoso, ou passam a experimentar efeitos colaterais desagradáveis. Para essas pessoas, outras opções de tratamento podem ser indicadas.
Quando a neuralgia do trigêmeo é causada por outra condição, como esclerose múltipla, o tratamento consiste em buscar aliviar os sintomas, mas também tratar a condição subjacente.
Os medicamentos analgésicos têm pouco efeito sobre a neuralgia trigêmea, mas utilizamos outros tratamentos medicamentosos para reduzir a dor.
A terapia medicamentosa para neuralgia trigeminal usa alguns dos mesmos medicamentos prescritos para controlar convulsões (carbamazepina, gabapentina e agentes similares). Seu médico neurologista pode ajudá-lo a selecionar a melhor droga e a dosagem mais apropriada.
A maioria dos pacientes começa com doses baixas, aumentando gradualmente a dose sob supervisão clínica até conseguir o melhor alívio da dor com a menor quantidade de efeitos colaterais.
Bloqueios nervosos são injeções (com um medicamento esteroide ou outro agente) feitas em várias partes do nervo para reduzir a dor.
Elas podem fornecer alívio temporário da dor, com duração diferente dos efeitos para diferentes pessoas. Múltiplas injeções são geralmente necessárias para alcançar o alívio desejado.
Segundo artigo publicado na Medicine, injeções de toxina botulínica A (Botox) podem bloquear nervos sensoriais e ajudar a reduzir a dor da neuralgia trigêmea em pessoas que não são respondem à terapia com medicamentos ou que não toleram a terapia médica devido aos seus efeitos colaterais.
A cirurgia para neuralgia do trigêmeo é delicada e precisa, uma vez que a área envolvida é muito pequena. É interessante aprender sobre as opções cirúrgicas antes que você esteja precisando urgentemente de alívio, para que você e seu médico tenham tempo de avaliá-las. Conforme o NINDS, as técnicas cirúrgicas incluem:
Sua saúde geral, idade, nível de dor e disponibilidade do procedimento serão todos levados em conta na escolha do procedimento a ser realizado.
De acordo com Cleveland Clinic, Neuralgia do Trigêmeo não é fatal, mas pode ser que altere a sua vida. Você pode ficar com medo de realizar certas atividades, pois elas podem trazer episódios dolorosos.
Neste sentido, as abordagens complementares em seu tratamento podem ajudá-lo a viver uma vida normal, relativamente livre de dor - mesmo que essa seja uma condição que provavelmente estará presente, de alguma forma, para toda a sua vida.
As abordagens que você pode usar em conjunto com a terapia medicamentosa incluem:
Certifique-se de verificar com o seu médico antes de iniciar um tratamento alternativo, para evitar possíveis interações com o seu tratamento medicamentoso.
É essencial trabalhar em estreita colaboração com prestadores de cuidados de saúde experientes e compassivos que possam ajudar a encontrar a melhor abordagem terapêutica para cada pessoa.
Dr Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP e atua no diagnóstico de neuropatias periféricas e outras condições que afetam o sistema nervoso.
Além de cuidar dessas pessoas, é referência na realização do exame de Eletroneuromiografia.
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