Uma das perguntas muito interessantes que recebemos é sobre os benefícios da bicicleta para pessoas com Parkinson.
Neste vídeo, Dr Diego de Castro e a Fisioterapeuta Erica Tardelli explicam como a bicicleta, esse exercício aeróbico, é importante para melhorar a capacidade física, prevenir doenças cardiovasculares e a saúde geral, especificamente para pessoas com Parkinson.
Benefícios da Bicicleta para Pessoas com Parkinson
Sobre o exercício aeróbico, tem uma uma revisão recente mostrando que o exercício físico aeróbico, como a bicicleta, tem bons efeitos inclusive na diminuição de escores da escala da UPDRS, que são os exames que o seu médico faz lá na consulta neurológica, mostrando uma melhora motora, não só pensando em plasticidade neural, mas também em deixar o cérebro mais responsivo na questão cognitiva.
Mas esteira, bicicleta, natação, o que você fizer que aumente a sua frequência cardíaca vai ajudar. O ideal é que o seu fisioterapeuta ou educador físico especializado em doença de Parkinson faça aquela fórmula para saber a frequência cardíaca que você tem que chegar.
Como Saber se o Paciente Pode Andar de Bicicleta
Eu também sou apaixonado por essa questão da bicicleta. Pessoal, o programa cerebral para gente andar de bicicleta é diferente do que a gente usa para andar e correr.
Tem pacientes que andam de bicicleta, principalmente os pacientes com Parkinson mais jovens, que andavam bem de bicicleta antes do diagnóstico. Ele pode estar todo travado, sobe na bicicleta e vai embora numa boa. Mas isso não quer dizer que funciona para todo mundo, mas isso pode acontecer, cada paciente evolui de uma maneira.
Então, se você andava de bicicleta antes, é acostumado a andar, fica bem na bicicleta, é uma atividade que te traz um bem-estar físico, você pode continuar. Mas andar de bicicleta, na rua, depende muito da fase da doença e das condições individuais do paciente.
Uma uma pessoa com 60 anos, parada, não anda de bicicleta há 20 anos, tem Parkinson há 10 anos, não é uma boa ideia, ainda mais na rua. Agora, um paciente com Parkinson, mais jovem, com 40 anos, cinco anos de doença, que andava de bicicleta a vida toda e fica bem na bicicleta, isso vai trazer uma qualidade de vida muito grande.
Então não dá para gente generalizar, tem que ser realmente muito individualizado. A gente precisa calcular o risco e o benefício.
Escolhendo a Atividade Física Ideal
E da mesma forma que falamos do pilates ou de qualquer outra modalidade que você escolher: "o que você quer melhorar?" E é isso que você vai discutir com o seu neurologista, com seu fisioterapeuta.
Além disso, o que precisamos focar é o seguinte: começar! Porque comparar qualquer atividade com nada, a atividade é melhor. Qualquer que ela seja, é melhor fazer uma atividade física do que não fazer nada.
Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP, especialista em Parkinson e Distúrbios do Movimento e tem a missão de cuidar de pessoas.
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