Os exercícios de esforço fonatório, que hoje é muito falado, muito divulgado, tem muitas pesquisas da área, são os do Método Lee Silverman Voice Treatment.
Neste vídeo, Dr Diego de Castro e a fonoaudióloga Giovana Diaferia explicam sobre a técnica utilizada neste método de tratamento e a importância de sua realização.
O Método Lee Silverman Voice Treatment
A cada dois anos, as fonoaudiólogas responsáveis vem ao Brasil para certificar os fonoaudiólogos que tem interesse em atuar nesse método com os pacientes de Parkinson.
A técnica utilizada nesse método é tão interessante porque exige pouco entendimento do paciente, ela simplesmente envolve a fonação sustentada da vogal "A". As fonoaudiólogas explicam que, quando você dá uma ordem para o paciente fazer a vocal longa, extensa, vai ativar os subsistemas da fala, inconscientemente.
Os subsistemas da fala são:
- Respiração
- Articulação
- Fonação
- Ressonância
- Prosódia.
A fala envolve esses cinco parâmetros e quando você fala para o paciente fazer o "A" forte, ele já vai pegar mais ar, ele vai abrir mais a boca, ele vai equilibrar a ressonância. Então, você está ativando os subsistemas, mesmo sem precisar falar para o paciente "Respira fundo, pega ar, abre bem a boca e faz o 'A'".
Não é necessário passar muito comando para o paciente, esse é um comando simples, que já recruta esses subsistemas da fala. Diversos artigos científicos comprovam isso, comprovam que você não precisa dar uma ordem extensa, com várias etapas, você só precisa dar essa ordem e o paciente faz o exercício e já vê uma mudança na projeção da voz.
A Importância da Repetição dos Exercícios
E outra coisa legal é a repetição, o método envolve fazer 15 repetições ou mais, pois a repetição é a base do aprendizado. Então o sugerido é que seja uma terapia intensa, de um mês, quatro vezes na semana, com atendimento individual durante uma hora.
Mas como essa não é a nossa realidade brasileira, na Associação Brasil Parkinson, a gente adaptou o método: o paciente vem duas vezes por semana durante dois meses, faz a técnica em 16 sessões, mas como a demanda na associação é grande, a prática é realizada em grupo.
Mas algo muito interessante é o paciente continuar o treinamento em casa, juntamente com um familiar, mesmo depois do período em terapia. O método, quando realizado adequadamente, pode apresentar resultados sustentados por dois anos.
Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP, especialista em Parkinson e Distúrbios do Movimento e tem a missão de cuidar de pessoas.
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