Sabemos que o suporte familiar na doença de Parkinson pode ser um desafio. Mas existem algumas estratégias que podem ajudar a lidar melhor com esta situação.
Neste vídeo, Dr Diego de Castro e Dr Gustavo Franklin conversam sobre a importância do suporte familiar para o paciente com Parkinson.
O que Significa Suporte Familiar na Doença de Parkinson
Dar suporte a um familiar com Parkinson não significa "mandar no paciente". Na realidade, significa "estou aqui, acompanhando, para o que você precisar".
O familiar do paciente com Parkinson precisa dar liberdade para que ele possa fazer suas escolhas, mas também precisa identificar quando este paciente não está em condições de gerenciar a situação sozinho.
Especialmente quando ele está deprimido, ansioso, alucinando, impulsivo ou com alguma dificuldade de raciocínio, o familiar tem a responsabilidade legal, reconhecida pela Justiça, de administrar as decisões do paciente, pois nessas situações, ele não tem a capacidade de escolher de maneira adequada.
Importância da Ajuda Psicológica
Segundo a Parkinson's Disease Society of the United Kingdom, é comum que pacientes com Doença de Parkinson apresentem alterações do humor como:
- Sensação de tristeza
- Perda da motivação
- Sintomas depressivos
- Ansiedade
- Alucinações
- Mania
- Declínio cognitivo em fases avançadas da doença.
Algumas pessoas são um pouco mais teimosas, outras apresentam depressão ou ansiedade, ou mesmo se negam a tomar os medicamentos.
Quando identificamos que um familiar com a doença de Parkinson está em situação de negação da doença, é o momento de convidá-lo a procurar ajuda médica especializada, de um psiquiatra ou mesmo de um psicólogo.
Contar com a ajuda psicológica especializada é importante, para que o paciente não se sinta pressionado pelo familiar, criando ainda mais resistência ao tratamento.
A Importância de Dar Exemplo e Estabelecer Rotinas
O familiar tem uma capacidade ainda maior quando ele dá exemplo.
Para ilustrar, imagine um paciente que recebeu a orientação de praticar exercício físico. Mas o familiar que o acompanha à consulta não pratica exercícios. Tem pressão alta, sobrepeso e está sedentário. Este familiar vai ter mais dificuldade para incentivar o paciente a modificar seu estilo de vida, já que ele, mesmo sem enfrentar todos os desafios que uma pessoa com Parkinson já enfrenta (rigidez, dor, cãibras, por exemplo), não realiza ações para melhorar sua saúde.
Lembre-se de que é muito mais fácil ajudar outras pessoas quando utilizamos o sistema do exemplo. Assim, quando orientamos o seu familiar a fazer caminhada, vá caminhar junto com ele.
Algo que também pode ajudar é estabelecer uma rotina, definir horários. Todos os dias, o paciente com Parkinson precisa de uma lista com horários definidos para suas práticas. E aquelas práticas mais importantes, sendo realizadas pela manhã, quando a medicação está mais ativa e o nível de energia desse paciente está maior.
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Dr Diego de Castro Neurologista Tratamento do Parkinson
Dr Diego de Castro é neurologista pela USP, especializado em Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento. Dedica-se ao tratamento do Parkinson e disponibiliza conteúdo para pacientes e familiares sobre esta condição.
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