O Tratamento não Medicamentoso para Parkinson é uma abordagem que a gente tem visto na prática clínica, de forma muito nítida, o quanto é relevante, especialmente o papel de profissionais como fisioterapeuta, preparador físico e nutricionista.
Neste vídeo, Dr Diego de Castro e Dra. Laura Silveira Moriyama explicam sobre os aspectos não medicamentosos do tratamento da doença de Parkinson.
Tratamento não Medicamentoso para Parkinson
Esse aspecto não medicamentoso é o fundamental do tratamento do Parkinson. Se você tomar todos os remédios mas dormir mal, comer mal e não fizer exercício, não vai dar certo, não funciona!
Orientação Nutricional
Já observamos na prática clínica e também existem várias evidências de que, por exemplo, dieta com bastante água é bom para Parkinson, porque é comum que estes pacientes sejam constipados. E sabemos que, só de hidratar as fezes, elas saem com mais facilidade.
Essa medida que é para constipação é super importante não só para melhorar a constipação: você se sente melhor porque não está constipado, melhora o trânsito intestinal, a flora bacteriana e provavelmente melhora a absorção de levodopa.
Segundo a Mayo Clinic, por exemplo, a recomendação geral é tomar a levodopa sempre com o estômago vazio, para que a absorção do medicamento seja completa e ele possa ter todo seu efeito potencial.
Existem estudos mostrando que quem é constipado responde pior à levodopa. E aí quando melhora a constipação, responde melhor à levodopa. E isso a gente alcança com uma boa orientação nutricional.
Exercício Físico
A consciência de que praticar exercício é benéfico no tratamento do Parkinson é antiga, todo mundo sempre soube que quem tem Parkinson tem que fazer exercício, mas ela ganhou uma força nos últimos dez, quinze anos, quando começou a surgir muitos estudos mostrando os benefícios para o paciente que faz exercício regularmente.
Bem, eu faço exercício e me sinto bem, psicologicamente, melhora a depressão, ansiedade, melhora a constipação, absorvo melhor o remédio, desenvolvo uma massa muscular maior, então eu tenho uma força melhor para fazer as coisas, melhora a minha coordenação, o uso das áreas motoras do cérebro.
Mas tem algo ainda melhor: alguns estudos sugerindo que o exercício físico é neuroprotetor, ou seja, protege os neurônios de morrerem.
A gente perde um pouco da capacidade de memória, um pouquinho de capacidade multi-tarefas também, é algo que acontece naturalmente na vida, com a morte dos neurônios ao longo da vida. Mas no Parkinson, tem algumas regiões cerebrais em que os neurônios morrem mais rápido.
Então tudo que a gente puder preservar os neurônios, é muito útil. E existe a perspectiva de que manter uma atividade física regular ajuda a proteger os nossos neurônios da progressão do Parkinson.
Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP, especialista em Parkinson e Distúrbios do Movimento e tem a missão de cuidar de pessoas.
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