Segundo a Mayo Clinic, a hipertensão intracraniana idiopática (HII) é um aumento da pressão em volta do cérebro. Em termo literal, a palavra "hipertensão" significa "aumento de pressão", a palavra "intracraniana" refere-se a "dentro do crânio" ou "em volta do cérebro" e o termo "idiopático" significa "sem causa aparente".
A hipertensão intracraniana idiopática causa sinais e sintomas de um tumor cerebral, mas na investigação por exames nunca é encontrado nenhum tumor. Por isso, também é chamada de pseudotumor cerebral, pseudotumor cerebri ou hipertensão intracraniana benigna.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a Hipertensão Intracraniana Idiopática, suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e tratamento.
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Esta condição acontece quando o líquido ao redor do cérebro (líquido cefalorraquidiano também chamado líquor), se acumula dentro do crânio, com aumento da pressão ao redor do cérebro. A hipertensão intracraniana idiopática causa sintomas de dor de cabeça acentuada e alteração do campo visual. Quando não tratada, pode resultar em perda visual permanente.
O cérebro e a medula espinhal estão cercados pelo líquor. Este fluido é produzido no cérebro e absorvido na corrente sanguínea a uma taxa que permite que a pressão dentro do crânio permaneça constante.
Embora o mecanismo preciso para aumento da pressão do líquor ainda não seja compreendido, estudos têm sido realizados para definir os fatores que causam a desregulação do fluxo do líquido cefalorraquidiano. A maioria das pesquisas apoia a teoria de que há aumento da produção do líquor e resistência ou obstrução para sua absorção.
A hipertensão intracraniana idiopática ocorre sem causa conhecida. No entanto, algumas condições de saúde e medicamentos são fatores de risco bem estabelecidos, como:
Segundo artigo publicado na International Ophthalmology Clinics, a incidência de HII na população geral é cerca de 1 a cada 100.000. Entretanto, em mulheres jovens obesas, a incidência sobe para cerca de 20 a cada 100.000. Apesar de também ocorrer em homens e crianças, a frequência é menor. Por este motivo, a obesidade é considerada a principal causa e fator de risco da hipertensão intracraniana idiopática.
Conforme informações do National Eye Institute, o sintoma mais comum da hipertensão intracraniana idiopática é uma dor de cabeça insuportavelmente dolorosa, contínua e frequente. A dor de cabeça é capaz de despertar o paciente do sono. Geralmente há náuseas e vômitos associados que não são aliviados por medicação.
Em alguns casos, a dor é tão intensa que o paciente precisa ser tratado no pronto-socorro com uma punção lombar, como último recurso, para aliviar temporariamente a dor de cabeça.
Outros sintomas comuns incluem:
A alta pressão do líquor pode causar o inchaço dos nervos ópticos (papiledema). O nervo óptico transmite os sinais da retina para o cérebro. Na hipertensão intracraniana, a alteração dos nervos ópticos produz falhas no campo visual que pode progredir com dificuldade de enxergar.
A pressão intracraniana anormal também pode afetar os músculos oculares que controlam os movimentos dos olhos, produzindo visão dupla.
A maioria dos sintomas progridem na ausência de tratamento e pioram com quanto mais alta estiver a pressão.
Segundo a Mayo Clinic, o diagnóstico envolve descartar outros problemas de saúde, incluindo um tumor cerebral. É necessário avaliar seus sintomas e histórico médico, realizar um exame físico e solicitar exames complementares, como:
A ressonância magnética ou tomografia ajudam a descartar outros problemas que podem causar sintomas semelhantes, como tumores cerebrais e coágulos sanguíneos. Ela é importante para o diagnóstico diferencial.
A punção lombar é o exame mais importante para diagnóstico da hipertensão intracraniana. Este exame é realizado para medir a pressão dentro do crânio e analisar seu fluido espinhal.
Por meio de uma agulha colocada na coluna é possível obter a pressão do líquor. Esse procedimento também permite retirada do excesso de líquor, o que reduz transitoriamente a hipertensão intracraniana.
A punção lombar pode ser repetida diariamente sem danos à saúde. Nos casos graves, esse procedimento é necessário para controle da pressão e é parte integral do tratamento. Nos casos leves a punção lombar é repetida após semanas a meses para avaliar o sucesso do tratamento.
Durante o diagnóstico, é importante diferenciar a HII de outras condições que apresentam sintomas semelhantes. Há outras causas de hipertensão intracraniana denominadas hipertensão intracraniana secundária e incluem:
A diferenciação dessas condições ocorre graças aos exames complementares como punção lombar e a ressonância.
A National Organization for Rare Disorders recomenda como tratamento da Hipertensão Intracraniana Idiopática:
Entre os medicamentos utilizados para reduzir a hipertensão intracraniana estão diuréticos como os inibidores da anidrase carbônica. O mais comumente usado é acetazolamida e o topiramato. Esses medicamentos diminuem a produção de líquor. Eles podem não funcionar em todos os casos ou ter efeitos colaterais em altas doses.
A acetazolamida deve ser evitada no 1º trimestre da gravidez e ser usada com cautela nos estágios posteriores da gestação.
O objetivo do tratamento é preservar a função do nervo óptico enquanto gerenciamos a pressão intracraniana. Por este motivo, quando o tratamento farmacológico falha e a visão está em risco, a cirurgia pode ser necessária. Segundo pesquisa da Neurosurgery Review, os tipos de cirurgia indicados são:
Em alguns casos, os sintomas podem voltar a ocorrer, mesmo após o tratamento. É importante realizar check-ups regulares para a monitorar a condição.
Certifique-se de manter seu médico informado sobre quaisquer mudanças repentinas que você fizer em sua rotina diária. Seu médico tem uma melhor compreensão de suas condições médicas pré-existentes, então ele será capaz de fornecer insights sobre quaisquer novos alimentos, exercícios ou suplementos que você deseja experimentar.
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Dr Diego de Castro cuida de pacientes com diversas doenças neurológicas e realiza o exame de eletroneuromiografia SP e eletroneuromiografia em Vitória ES em casos complexos e condições genéticas raras.
Com o propósito de oferecer um atendimento de excelência e confiança, o Dr Diego de Castro realiza uma avaliação neurológica minuciosa, capaz de auxiliar na definição diagnóstica de seus sintomas e atua juntamente à equipe multidisciplinar para fornecer um tratamento eficaz a seus pacientes.
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