Informações da Mayo Clinic apontam que os sinais e sintomas de paralisia cerebral podem se tornar mais evidentes com o tempo, de modo que um diagnóstico, assim como o tratamento da paralisia cerebral espástica, pode não ser iniciado até alguns meses após o nascimento.
Após o diagnóstico, seu filho pode ser encaminhado a uma equipe de especialistas treinados no tratamento de crianças com condições cerebrais e do sistema nervoso (neurologista pediátrico, médico fisiatra pediátrico e especialista em reabilitação e desenvolvimento infantil).
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre os procedimentos diagnósticos e para tratamento da Paralisia Cerebral Espástica.
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Segundo o Genetic and Rare Diseases Information Center, suspeitamos de paralisia cerebral quando os pais ou o cuidador nota atrasos no desenvolvimento de uma criança. Espera-se que as crianças atinjam certos marcos à medida que crescem, como levantar a cabeça, rolar, rastejar e caminhar.
Não alcançar esses marcos ou exibir comportamento incomum ao tentar esses movimentos é muitas vezes o primeiro sinal de que algo está errado.
Uma vez notados sintomas iniciais ou atrasos no desenvolvimento, o médico da criança fará uma série de exames diagnósticos, incluindo exames de imagens cerebrais para identificar áreas de lesão cerebral. Os exames mais comuns incluem:
Além da realização de exames, testes neurológicos podem ser feitos para identificar:
O exame físico deve focar na potência motora, tônus muscular, amplitude ativa e passiva de movimento das articulações, sensação, reflexos profundos do tendão e alinhamento pélvico e das pernas em pé.
Um diagnóstico de paralisia cerebral pode ser alcançado quando os sintomas estão presentes e uma lesão cerebral é encontrada nos exames. A maioria dos casos de paralisia cerebral é diagnosticada por volta do primeiro ano da criança.
Conforme a Cerebral Palsy Group, várias formas de terapia estão disponíveis e podem ser úteis em todas as fases dessa condição.
Não há abordagem padronizada para o manejo da espasticidade da paralisia cerebral. Mas a avaliação adequada dos prejuízos específicos causados pela incapacidade é necessária para que intervenções adequadas sejam realizadas. A estratégia de tratamento depende do grau de falha funcional causado pela espasticidade e sua localização. Em geral, as opções de tratamento incluem:
O objetivo da fisioterapia é proporcionar o máximo de independência possível à criança. Este tratamento é centrado em exercícios de flexibilidade e alongamento de músculos rígidos.
Os fisioterapeutas normalmente usam exercícios diários de amplitude de movimento e exercícios de alongamento para melhorar a mobilidade das articulações e tecidos moles. O uso de brinquedos e jogos apropriados para a idade podem tornar a terapia agradável para a criança. Este tipo de terapia pode ajudar a melhorar a função motora geral e prevenir quaisquer complicações futuras.
O objetivo da terapia ocupacional é melhorar a capacidade da criança de realizar tarefas e atividades diárias de forma independente em casa, escola, trabalho e ambientes públicos.
Terapeutas ocupacionais realizam exercícios que visam certos músculos no pulso, antebraço, polegar e parte superior do corpo. Este tratamento é benéfico para a PC espástica porque se concentra em melhorar o controle motor, a coordenação bilateral e a força superior do corpo. Terapeutas ocupacionais também podem avaliar a necessidade de vários dispositivos assistivos, como tesouras adaptativas ou utensílios de escrita.
A fonoaudiologia é usada para melhorar os movimentos orais, por meio do fortalecimento dos músculos utilizados para a fala. Algumas crianças com esse tipo de PC podem ter salivação excessiva ou dificuldade em engolir ou falar. A realização de exercícios que incorporem dispositivos de comunicação assistivas pode ajudar a melhorar estas habilidades.
A fonoaudiologia fornece as ferramentas para que as crianças comuniquem claramente seus pensamentos e socializem com os outros. Essa forma de terapia também pode facilitar a mastigação, respiração e deglutição, permitindo o crescimento e o desenvolvimento normais.
Medicamentos benzodiazepínicos podem ajudar a aliviar a rigidez muscular e melhorar o movimento em todo o corpo.
Para crianças que também sofrem convulsões, podemos prescrever medicamentos que controlam a frequência desses episódios.
O uso de baclofeno intratecal pode ajudar a controlar a espasticidade. Este é um sistema implantado cirurgicamente para infundir baclofeno diretamente no canal espinhal. O Baclofeno inibe a espasticidade, bloqueando neurotransmissores excitatórios. Este sistema maximiza a dose entregue de fármaco aos receptores espinhais e minimiza os efeitos colaterais associados ao uso oral.
A injeção de toxina botulínica é um tratamento estabelecido para a espasticidade focal. Esta substância atua bloqueando a liberação de acetilcolina na junção neuromuscular, o que interrompe parcialmente a contração muscular.
A injeção de botox pode ajudar a melhorar a capacidade da criança de andar ou usar as mãos e permitir o melhor uso de uma órtese, reduzindo a espasticidade. Os terapeutas podem aproveitar o momento em que um músculo excessivamente contraído é enfraquecido para trabalhar no fortalecimento do músculo do lado oposto da articulação.
Existem vários tipos de cirurgias para corrigir luxações articulares, músculos encurtados e deficiências sensoriais que dificultam a função motora normal.
A Rizotomia Dorsal Seletiva é uma cirurgia comum para tratamento de crianças com paralisia cerebral espástica. O objetivo desta cirurgia é relaxar os músculos e melhorar a mobilidade em diversas áreas.
Paralisia cerebral é uma condição vitalícia, mas não é degenerativa. Isso significa que os sintomas não vão piorar com o tempo. Com tratamento e intervenções terapêuticas, muitas crianças com paralisia cerebral podem crescer e viver de forma independente e produtiva.
Como há tanta variância entre os casos de PC, é difícil estimar uma expectativa média de vida. A longevidade de um indivíduo dependerá principalmente da gravidade dos sintomas e do sucesso do tratamento.
É importante consultar o médico do seu filho para discutir seu prognóstico individual e planejar o tratamento de acordo.
Aumente seus conhecimentos sobre a paralisia cerebral. Veja nossos outros artigos sobre este assunto:
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Dr Diego de Castro Neurologista SP se dedica a reabilitação de pacientes com doenças neurológicas.
Durante a especialização em Neurologia na Universidade de São Paulo, decidiu prosseguir em aprimoramento no diagnóstico de doenças raras de origem neurogenética e na reabilitação neurológica por meio de neuromodulação (Estimulação Cerebral Profunda) e aplicação de Toxina Botulínica.
No Serviço de Especialidades Neurológicas, com unidades em Vitória – ES e São Paulo, oferece um serviço de qualidade de assistência para melhorar a qualidade de vida de pacientes que enfrentam o desafio de conviver com uma doença neurológica.
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sim fiquei esclarecido porque estou a procurar elementos relacionados com este tipo de doença para realização de trabalhos de terapia ocupacional a fim de apresentar um trabalho de estudo sobre esta matéria para Faculdade na área de medicina ou seja terapia ocupacional