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Formigamento e Queimação nas Pernas: Causas Neurológicas e Quando Procurar Ajuda

Dr Diego de Castro
22/10/2025
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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Aquela sensação estranha de formigamento e queimação nas pernas pode parecer inofensiva no início. Muitas pessoas ignoram os primeiros sinais, pensando que é apenas cansaço ou má postura. Mas quando se torna frequente, pode indicar problemas neurológicos que precisam de atenção médica. Essas sensações desconfortáveis podem evoluir para dor intensa, fraqueza muscular e até mesmo dificuldades para caminhar, impactando significativamente a qualidade de vida.

A maioria das condições que causam esses sintomas tem tratamento eficaz. Com o diagnóstico correto e acompanhamento especializado, você pode recuperar o conforto e a mobilidade. Muitos pacientes voltam a praticar exercícios, trabalhar sem limitações e desfrutar de atividades que haviam abandonado por causa do desconforto.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre as principais causas neurológicas de formigamento e queimação nas pernas e quando é fundamental buscar ajuda médica.

Principais Causas Neurológicas do Formigamento e Queimação

O sistema nervoso é como a rede elétrica da sua casa. Quando há um problema na fiação, as luzes podem piscar, falhar ou até mesmo queimar. Da mesma forma, quando os nervos das suas pernas estão comprometidos, você sente formigamento, queimação ou dormência. Essas sensações são sinais de que algo não está funcionando corretamente na comunicação entre seus nervos e o cérebro.

Conforme informações dos National Institutes of Health, a neuropatia diabética é uma das causas mais comuns. O excesso de açúcar no sangue, ao longo dos anos, danifica os pequenos vasos sanguíneos que nutrem os nervos. Como resultado, os nervos começam a enviar sinais confusos para o cérebro. Você sente queimação, formigamento e, em casos mais avançados, perda de sensibilidade. Mas esta é uma condição reversível quando o diabetes é bem controlado.

Outras condições neurológicas importantes incluem:

  • Síndrome do túnel do tarso: compressão do nervo tibial posterior no tornozelo
  • Neuropatia por deficiência de vitamina B12: comum em vegetarianos e idosos
  • Polineuropatia alcoólica: resultado do consumo excessivo de álcool ao longo dos anos
  • Síndrome das pernas inquietas: distúrbio neurológico que causa desconforto e necessidade de movimentar as pernas
  • Esclerose múltipla: doença autoimune que afeta o sistema nervoso central
  • Hérnia de disco lombar: compressão de raízes nervosas na coluna
  • Neuropatia periférica idiopática: quando não conseguimos identificar a causa específica.

Sinais de Alerta

Nem todo formigamento nas pernas é motivo de pânico. Às vezes, você dorme em uma posição desconfortável e acorda com a perna "dormente". Isso é normal. O problema surge quando os sintomas se tornam persistentes ou progressivos.

Preste atenção especial se você notar fraqueza muscular acompanhando o formigamento. Se suas pernas estão ficando mais fracas, se você tropeça com mais frequência ou tem dificuldade para subir escadas, isso pode indicar comprometimento motor dos nervos. É um sinal que exige avaliação imediata.

A perda de sensibilidade também é preocupante. Quando você não consegue sentir adequadamente o chão sob seus pés, o risco de quedas aumenta.

Segundo a National Library of Medicine, outros sinais de alerta incluem:

  • Dor que piora durante a noite, interferindo no sono
  • Sensação de queimação intensa, como se as pernas estivessem pegando fogo
  • Formigamento que se espalha dos pés para as pernas
  • Mudanças na cor ou temperatura das pernas
  • Feridas que demoram para cicatrizar nos pés
  • Câimbras musculares frequentes e intensas.

Como é Feito o Diagnóstico

Não existe um teste único que dê todas as respostas. Por isso, a avaliação neurológica completa é fundamental.

Durante a consulta, seu neurologista vai fazer perguntas detalhadas sobre seus sintomas:

  • Quando começaram?
  • Pioram em algum momento específico do dia?
  • Há fatores que aliviam ou agravam?
  • Você tem diabetes, problemas de tireoide ou outras condições médicas?
  • Toma alguma medicação regularmente?

Todas essas informações ajudam a direcionar a investigação.

exame físico

Durante o exame físico, o médico vai testar seus reflexos, força muscular, sensibilidade e coordenação. Pode parecer simples, mas cada teste revela informações valiosas sobre o funcionamento do sistema nervoso.

Exames Complementares

Conforme informações da Cleveland Clinic, a eletroneuromiografia é o exame mais importante para avaliar a função dos nervos periféricos. Funciona como um "teste de velocidade" para os nervos. O exame mede a velocidade com que os impulsos elétricos viajam pelos nervos e avalia a resposta muscular. Pode ser um pouco desconfortável, mas fornece informações precisas sobre a localização e gravidade do problema.

Os exames de sangue são igualmente importantes. Dosagem de glicose, hemoglobina glicada, vitamina B12, ácido fólico, função da tireoide e marcadores inflamatórios podem revelar causas tratáveis da neuropatia.

Dependendo dos achados iniciais, outros exames podem ser necessários:

  • Ressonância magnética da coluna lombar: para avaliar compressões radiculares
  • Ultrassom de nervos periféricos: técnica moderna para visualizar nervos comprimidos
  • Biópsia de nervo: reservada para casos muito específicos e complexos
  • Punção lombar: quando suspeitamos de causas inflamatórias ou infecciosas.

Opções de Tratamento e Perspectivas de Melhora

De acordo com o NHS, o tratamento desses sintomas depende inteiramente da causa identificada. Mas a maioria das condições responde bem ao tratamento adequado.

Para a neuropatia diabética, o controle rigoroso da glicemia é fundamental. Quando conseguimos manter o açúcar no sangue em níveis adequados, os nervos podem se regenerar parcialmente. Medicações específicas como pregabalina, gabapentina ou duloxetina ajudam a controlar a dor neuropática e melhorar a qualidade de vida.

As deficiências vitamínicas têm excelente resposta à suplementação. A reposição de vitamina B12, por exemplo, pode reverter completamente os sintomas quando iniciada precocemente. É um dos tratamentos mais gratificantes na neurologia: ver um paciente recuperar a sensibilidade nas pernas.

Para compressões nervosas, como a síndrome do túnel do tarso, o tratamento pode incluir:

  • Fisioterapia especializada para alongamento e fortalecimento
  • Uso de órteses ou palmilhas para correção biomecânica
  • Infiltrações com corticoides para reduzir a inflamação
  • Cirurgia descompressiva em casos refratários ao tratamento clínico

Em Resumo

Formigamento e queimação nas pernas são sintomas que merecem atenção médica especializada, especialmente quando se tornam persistentes ou interferem nas atividades diárias. Embora possam indicar condições neurológicas sérias, a maioria tem tratamento eficaz quando diagnosticada precocemente. O importante é não ignorar os sinais que seu corpo está enviando e buscar avaliação adequada antes que os sintomas progridam.

A neurologia moderna oferece ferramentas diagnósticas precisas e opções terapêuticas eficazes para a maioria das causas de formigamento e queimação nas pernas. Com o acompanhamento de um neurologista experiente, você pode identificar a causa dos seus sintomas e iniciar o tratamento mais adequado para sua condição específica. Não permita que esses desconfortos limitem sua vida - a solução pode estar mais próxima do que você imagina.

Referências

Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista

Dr Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP e se dedica integralmente ao universo do diagnóstico e assistência. À frente do Serviço de Especialidades Neurológicas, oferece um serviço de qualidade em diagnóstico de neuropatias e outras condições neurológicas.

Médico especialista em Eletroneuromiografia e Doenças Neuromusculares e à frente do Serviço de Eletroneuromiografia SP - Dr Diego de Castro, realiza o exame de eletroneuromiografia em São Paulo e Vitória - ES com qualidade reconhecida pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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