A chamada “Dieta do Mediterrâneo” tem recebido maior atenção nos últimos anos por causa das evidências relacionando-a ao menor risco de doenças cardiovasculares, várias formas de câncer e, possivelmente, um efeito protetor na prevenção da doença de Alzheimer.
Esta forma de alimentação é caracterizada pela alta ingestão de vegetais, legumes, frutas e cereais; alta ingestão de ácidos graxos insaturados (principalmente na forma de azeite de oliva), mas baixa ingestão de ácidos graxos saturados; uma ingestão moderadamente alta de peixe; uma ingestão baixa a moderada de produtos lácteos (principalmente queijo ou iogurte); baixa ingestão de carne e aves.
Com a leitura deste artigo, compreenda melhor a relação entre a ingestão destes alimentos e a prevenção do declínio cognitivo, especialmente da doença de Alzheimer.
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Evidências científicas mostram que uma dieta rica em frutas, vegetais e cereais e pobre em carne vermelha e açúcar pode ajudar a reduzir os riscos de demência.
Comer uma dieta ao estilo mediterrâneo pode reduzir o risco de desenvolver problemas com a memória e o raciocínio, podendo evitar algumas formas de demência, já que as dietas mediterrâneas são tradicionalmente ricas em frutas, verduras, legumes e cereais, com consumo moderado de peixes oleosos e laticínios, e baixo teor de carne, açúcar e gordura saturada.
A maior parte da gordura neste tipo de dieta vem do azeite e o vinho é consumido com moderação nas refeições. Pesquisas na década de 1960 mostraram que homens de regiões mediterrâneas que aderiram a dietas tradicionais tinham menores taxas de ataques cardíacos. Isso levou a uma investigação contínua dos possíveis benefícios à saúde da dieta.
Pesquisas mostraram que este tipo de dieta está associada a níveis mais baixos de acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e morte por qualquer causa. Elas também mostraram que aderir à dieta mais estritamente pode estar associado a taxas mais lentas de declínio na memória e no pensamento. Tão importante quanto a dieta, está a prática de exercício físico como medida de proteção neurológica (saiba mais em nosso artigo).
A associação entre alta aderência à dieta do mediterrâneo e menor risco de Alzheimer pode ser mediada pelo efeito composto de alguns de seus componentes benéficos, como maior consumo de peixe, frutas e vegetais ricos em antioxidantes como a vitamina C, vitamina E, flavonoides e maior consumo de ácidos graxos insaturados.
A dieta do mediterrâneo pode desempenhar um papel em múltiplos mecanismos potenciais, incluindo estresse oxidativo e inflamação, ambos importantes na patogênese da doença de Alzheimer. Fenóis complexos e muitas outras substâncias com importantes propriedades antioxidantes, como vitamina C, vitamina E e carotenoides, são encontrados em altas concentrações nos componentes típicos da dieta.
Uma maior aderência à dieta do mediterrâneo também foi associada a uma redução significativa em vários outros marcadores inflamatórios e de coagulação, incluindo contagens de glóbulos brancos e níveis de fibrinogênio.
Dada a crescente evidência de contribuição dos fatores de risco vasculares no risco de Alzheimer, é importante considerar as fortes evidências relacionando a dieta do mediterrâneo ao menor risco de fatores vasculares, como hipertensão, dislipidemia e diabetes.
Os indivíduos com nível mais alto de aderência à dieta também foram reportados com padrões de homocisteína 15% menores. Assim, variáveis vasculares provavelmente estão intimamente relacionadas à prevenção do declínio cognitivo e devem ser consideradas como possíveis mediadores.
Embora a maioria dos estudos sobre a dieta do mediterrâneo tenha sido conduzida em populações mediterrâneas, pesquisas recentes indicaram benefícios para a saúde relacionados a ela em outras populações, como norte-europeu, indianos, e australianos, sugerindo que seus benefícios são transferíveis para outras populações.
Um estudo publicado na edição de abril de 2006 do Annals of Neurology já teve a oportunidade de examinar o efeito da dieta do mediterrâneo em uma comunidade multiétnica nos Estados Unidos, com resultados que apoiam a noção de que os efeitos benéficos da dieta são generalizáveis para diferentes populações. Também já abordamos em outro artigo aqui no blog orientações de dieta que auxiliam no tratamento da doença de Alzheimer e outras orientações de dieta para Doença de Parkinson.
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