Um AVC isquêmico acontece quando um coágulo bloqueia o fluxo de sangue no cérebro, e suas sequelas podem mudar a vida de quem passa por isso. Essas alterações, chamadas de sequelas do AVC isquêmico, afetam o corpo, a mente e até as relações pessoais.
Neste artigo, Dr. Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica o que são essas sequelas e oferece estratégias práticas para enfrentar os desafios que surgem no dia a dia desses pacientes e seus cuidadores.
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O AVC isquêmico danifica áreas do cérebro por falta de oxigênio, e isso gera sequelas variadas. Segundo a American Stroke Association, elas dependem da região afetada e da gravidade do evento. Exemplos comuns são:
Entender essas mudanças é o primeiro passo para buscar ajuda e melhorar a qualidade de vida. Assista ao vídeo abaixo para saber mais sobre o AVC isquêmico:
As sequelas do AVC isquêmico transformam até mesmo as rotinas simples e podem ser um obstáculo emocional. Veja como elas se manifestam:
Caminhar, segurar objetos ou até se equilibrar pode ficar difícil. A Mayo Clinic destaca que a fadiga também é frequente, tornando o dia mais cansativo. Muitos pacientes relatam sensação de peso ou dormência nos membros. Isso exige paciência e adaptação para tarefas básicas.
A depressão e a ansiedade são reações comuns após o AVC. O cérebro, ao se recuperar, pode alterar o equilíbrio emocional, gerando frustração ou tristeza. Às vezes, até a vontade de socializar diminui. Reconhecer esses sinais é essencial para buscar apoio.
As sequelas podem levar ao isolamento. Depender de outros para atividades simples, como se vestir ou se alimentar, afeta a independência e as relações.
Os familiares também sentem o impacto, pois precisam ajustar suas rotinas. Isso cria um ciclo que precisa de atenção e cuidado mútuo.
Não há cura mágica, mas existem formas de amenizar os efeitos. Com o suporte certo, é possível viver melhor. Confira algumas opções:
Após um AVC, é importante reduzir o tempo sedentário e começar a ser o mais fisicamente ativo possível, mesmo que precise da ajuda de outras pessoas no início para se movimentar. Praticar atividade física regular ajudará você a retornar ao nível máximo possível de função.
A Stroke Association recomenda sessões regulares de fisioterapia para obter os seguintes benefícios na recuperação do AVC:
A medicina está em constante evolução. Terapias inovadoras, como a neuromodulação, estão sendo exploradas como opções potenciais para melhorar a recuperação pós-AVC. A estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr), por exemplo, é um método que vem demonstrando bons resultados no tratamento dos efeitos do acidente vascular cerebral.
A estimulação magnética transcraniana (EMT) é uma técnica que usa pulsos magnéticos para estimular o cérebro. Estudos da American Heart Association mostram que ela pode melhorar movimentos e até a fala em alguns casos de AVC. Vale perguntar ao seu médico se ela pode ajudar no seu caso específico.
Terapia com psicólogos pode aliviar o peso emocional. Falar sobre o que sente é um alívio. Lembre-se que são pequenos passos como esse que fortalecem a sua mente.
Grupos de apoio, presenciais ou online, também ajudam você a se conectar com outras pessoas que entendem sua experiência.
Mudanças simples no ambiente ajudam muito. Instalar corrimãos, usar cadeiras com apoio ou organizar objetos ao alcance evitam acidentes.
A Cleveland Clinic orienta buscar ajuda de um terapeuta ocupacional para discutir quais modificações domésticas podem ser mais apropriadas para devolver um pouco de autonomia ao dia a dia.
A família é um pilar essencial para quem enfrenta as sequelas do AVC isquêmico. Apoiar sem sufocar faz toda a diferença no processo de recuperação.
Acompanhe nas consultas e incentive a prática de exercícios, mas respeite o ritmo do paciente. Pequenas ações, como ouvir ou ajudar em tarefas, criam um ambiente positivo.
Estudos da National Stroke Foundation [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK499997/] mostram que o suporte familiar reduz o estresse. Seja um parceiro na jornada.
Cuidadores também precisam de pausas. Dividir responsabilidades com outros familiares ou profissionais evita o esgotamento. Um familiar descansado ajuda mais, para todos seguirem bem.
As sequelas do AVC isquêmico trazem desafios, mas não precisam definir sua vida. Com reabilitação, apoio emocional e ajustes práticos, você pode encontrar um novo ritmo. Buscar ajuda especializada e contar com a família são passos poderosos para superar os obstáculos do AVC isquêmico.
Sentiu alguma mudança após um AVC? Não enfrente sozinho, um neurologista pode guiar você rumo a dias melhores.
Dr Diego de Castro é Neurologista da USP e se dedica integralmente ao universo do diagnóstico e assistência. Cuida de pacientes vítimas de AVC hemorrágico e isquêmico, por meio de uma avaliação neurológica elaborada dos sintomas motores e cognitivos do paciente e da aplicação de toxina botulínica (Botox).
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