O formigamento nas mãos é uma sensação incômoda, muitas vezes descrita como “alfinetes e agulhas” ou dormência, que pode surgir após longos períodos digitando ou indicar uma condição neurológica, como a neuropatia periférica. Esse sintoma preocupa quando se torna frequente, afetando tarefas diárias, como segurar objetos.
Neste artigo, Dr. Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica as causas do formigamento nas mãos, como a neuropatia compromete a sensibilidade e a importância do diagnóstico adequado.
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Formigamento é como chamamos a sensação de “pinicação”, queimação ou perda de sensibilidade que pode ocorrer em uma ou ambas as mãos. Segundo a Mayo Clinic, ele surge quando os nervos periféricos, responsáveis por transmitir sinais sensoriais, são comprimidos ou danificados. Em alguns casos, é um problema temporário, mas a persistência sugere causas mais sérias.
Essa sensação é comum em profissões que envolvem movimentos repetitivos, como digitação, ou em condições como diabetes.
O formigamento nas mãos pode ter diversas causas, desde compressões temporárias até condições neurológicas crônicas. A National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS) destaca as principais:
Essas causas variam de leves a graves, e a frequência do sintoma indica a necessidade de avaliação.
Condições como hérnia de disco cervical ou esclerose múltipla também podem causar formigamento nas mãos. Essas doenças afetam a coluna ou o sistema nervoso central, alterando a sensibilidade. Exames como ressonância magnética ajudam a esclarecer essas causas.
A neuropatia periférica ocorre quando os nervos das mãos sofrem danos, comprometendo a transmissão de sinais sensoriais. A American Academy of Neurology explica que os danos aos nervos causam formigamento, queimação ou dormência, muitas vezes pior à noite. Esses sintomas podem dificultar segurar objetos ou sentir texturas.
Com o tempo, a neuropatia pode levar à perda de sensibilidade, aumentando o risco de ferimentos despercebidos.
As neuropatias podem ser irreversíveis se não tratadas precocemente. A progressão da lesão nervosa pode afetar a coordenação e causar quedas.
A NINDS recomenda monitoramento regular para evitar danos permanentes. Controlar fatores como glicose e colesterol é fundamental.
A Cleveland Clinic alerta que um diagnóstico minucioso é essencial para proteger os nervos:
O exame usa pequenos estímulos elétricos para avaliar a condução nervosa. É seguro, com mínimo desconforto, e fornece dados detalhados sobre a saúde dos nervos. Um neurologista interpreta os resultados para criar um plano de tratamento.
O tratamento do formigamento nas mãos depende da causa. A Cleveland Clinic recomenda as seguintes opções:
Para reduzir o formigamento, evite movimentos repetitivos prolongados, como digitação excessiva. Uma dieta rica em vitaminas B12 e D, além de pausas para alongamento, ajuda a prevenir sintomas.
O formigamento ocasional pode ser inofensivo, mas alguns sinais exigem atenção médica. A American Academy of Neurology recomenda consultar um neurologista quando há:
A avaliação precoce pode prevenir danos nervosos irreversíveis.
Se o formigamento nas mãos vem com desequilíbrio, pode indicar condições neurológicas mais amplas. Exames detalhados esclarecem a causa e orientam o tratamento.
O formigamento nas mãos pode ser um incômodo passageiro ou um sinal de neuropatia periférica, como na síndrome do túnel do carpo ou diabetes. A eletroneuromiografia é essencial para identificar a causa e orientar o tratamento. Consultar um neurologista precocemente ajuda a proteger os nervos e melhorar a qualidade de vida.
Quer entender mais sobre formigamento nas mãos? Assista ao vídeo abaixo:
Dr. Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP, especializado em diagnosticar e tratar neuropatias com eletroneuromiografia. Ele ajuda pacientes a entenderem sintomas como formigamento e encontrarem alívio.
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