Segundo a Mayo Clinic, um AVC transitório, também conhecido como ataque isquêmico transitório ou AIT, é um breve episódio durante o qual partes do cérebro não recebem sangue suficiente.
Como o suprimento de sangue é restaurado rapidamente, o tecido cerebral não morre como em um AVC. Entretanto, esses ataques são frequentemente sinais de alerta precoce de um AVC.
AVCs transitórios podem ser considerados como "eventos de advertência" e tendem a acontecer várias vezes. Em muitos casos, pode acontecer um AVC completo dentro de um ano do primeiro ataque.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre o AVC transitório, suas causas, sintomas, além dos procedimentos diagnósticos e para tratamento.
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Conforme a American Stroke Association, um AIT começa de repente, da mesma forma que um AVC isquêmico. A diferença é que dura apenas 2 a 30 minutos.
Nos estágios iniciais, no entanto, não é possível dizer se você está tendo um AIT ou um AVC completo, já que os sintomas podem incluir:
Informações do NHS indicam que, da mesma forma que em um AVC, o AIT é causado por um bloqueio na circulação sanguínea cerebral. Este bloqueio geralmente é causado por um coágulo sanguíneo, que se formou em outro lugar do seu corpo e viajou para os vasos sanguíneos que abastecem o cérebro.
Dessa forma, os fatores que aumentam as chances de um AIT são aqueles que favorecem o desenvolvimento de coágulos sanguíneos:
Os AITs também podem ser causados pelo estreitamento das artérias, devido a aterosclerose (quando o material gorduroso se acumula e endurece em uma parede da artéria). Este material pode quebrar e ficar alojado em vasos sanguíneos menores no cérebro.
Em alguns casos, o AIT pode ser causado por:
Conforme a Stroke Foundation, muitas condições podem provocar sintomas semelhantes aos de um AVC transitório:
A rapidez dos sintomas sugere pistas sobre qual área do cérebro é afetada. No entanto, uma avaliação mais cuidadosa é necessária.
Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), são úteis no diagnóstico de AVC e na visão de quais partes do cérebro são danificadas. No entanto, eles não são úteis para diagnosticar AIT, porque este evento normalmente não causa danos permanentes que podem ser vistos quando o ataque acaba.
Várias técnicas podem ser usadas para confirmar um AVC transitório:
Segundo o NHS, mesmo que os sintomas de um AVC transitório se resolvam em poucos minutos ou horas, você precisará de tratamento para ajudar a prevenir outro evento transitório ou mesmo um AVC completo no futuro.
Neste sentido, eliminar ou reduzir os fatores de risco é o primeiro passo na prevenção de AVCs.
Outras abordagens para prevenir um novo AIT podem ser usadas dependendo da causa do ataque. Se a causa for estenose da artéria carótida,o tratamento pode incluir um procedimento para abrir a artéria, conhecido como stent da artéria carótida.
Um procedimento neurocirúrgico conhecido como endarterectomia pode ser considerado, se mais de 70% do vaso sanguíneo estiver bloqueado e o paciente tiver apresentado sintomas semelhantes aos do AVC nos últimos seis meses.
Se o ataque foi causado por um coágulo sanguíneo, medicamentos podem ajudar a quebrar o coágulo e prevenir coágulos futuros. Isso pode ser tão simples quanto tomar uma aspirina por dia, mas em alguns casos, pode ser necessário tomar anticoagulantes, como heparina ou varfarina.
Os objetivos do tratamento são:
Informações do NHS alertam que um AIT é frequentemente um sinal de que você está em um alto risco de ter um AVC completo e com risco de vida em um futuro próximo.
No entanto, mesmo que tenha sofrido um AIT ou AVC no passado, existem várias maneiras de reduzir o risco de ter qualquer um deles no futuro:
Além disso, mantenha seus exames e consultas médicas regulares, para identificar qualquer fator de risco precocemente.
Dr Diego de Castro é Neurologista da USP e se dedica integralmente ao universo do diagnóstico e assistência. Cuida de pacientes vítimas de AVC hemorrágico e isquêmico, por meio de uma avaliação neurológica elaborada dos sintomas motores e cognitivos do paciente e da aplicação de toxina botulínica (Botox).
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