Segundo o NINDS, esclerose lateral amiotrófica (ELA) consiste em um grupo de doenças neurológicas raras que envolvem principalmente as células nervosas responsáveis pelo controle do movimento muscular voluntário: os músculos que produzem movimentos como mastigar, caminhar e conversar.
Conforme a ALS Society of Canada, a esclerose lateral amiotrófica também é conhecida como doença de Lou Gehrig (em homenagem ao jogador de beisebol diagnosticado com ela) ou doença do neurônio motor. A doença paralisa gradualmente a pessoa afetada porque o cérebro não é mais capaz de se comunicar com os músculos do corpo.
Neste artigo, Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre os tipos de Esclerose Lateral Amiotrófica, suas causas e sintomas.
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The ALS Association explica que:
A-myo-trófico vem da língua grega. "A" significa não. "Myo" refere-se a músculo, e "Trófico" significa nutrição - "Sem nutrição muscular". Quando um músculo não tem nutrição, ocorre uma"atrofia" ou desgaste.
"Lateral" identifica as áreas na medula espinhal de uma pessoa onde estão localizadas partes das células nervosas que sinalizam e controlam os músculos. À medida que essa área se degenera, leva a cicatrizes ou endurecimentos ("esclerose") na região.
Segundo informações da ALS Society of Canada, o cérebro está conectado aos músculos através de milhões de células nervosas especializadas, chamadas neurônios motores. Estas células funcionam como uma espécie de fiação interna do nosso corpo e permitem o movimento voluntário.
Os neurônios motores funcionam em pares:
O cérebro envia um sinal ao longo desses neurônios motores, dizendo para um músculo se contrair.
Na ELA, os neurônios motores se decompõem e morrem gradualmente. Isso significa que o cérebro não pode mais se comunicar com os músculos do corpo. Como resultado, os músculos ficam fracos e, com o tempo será impossível movê-los.
A Esclerose Lateral Amiotrófica não é contagiosa. Infelizmente, não há cura e ainda há poucas opções de tratamento. Aproximadamente 80% das pessoas com ELA morrem dentro de dois a cinco anos após o diagnóstico.
Conforme a ALS Society of Canada, a ELA pode ter múltiplas causas que provavelmente se baseiam em alterações genéticas, possivelmente agravadas por fatores ambientais.
Vários genes foram identificados como desempenhando um papel no desenvolvimento da ELA. Por meio de pesquisas, estamos aprendendo mais sobre a doença e os múltiplos fatores que podem desencadear seu desenvolvimento. Por exemplo, entre os fatores de risco em potencial para ELA, estão:
Segundo o NINDS, alguns estudos sugerem que veteranos militares têm cerca de 1,5 a 2 vezes mais chances de desenvolver ELA. Embora a razão para isso não seja clara, os possíveis fatores de risco para os veteranos incluem a exposição ao chumbo, pesticidas e outras toxinas ambientais.
Segundo o NINDS, existem dois tipos diferentes de ELA:
Segundo a Mayo Clinic, a ELA geralmente começa com espasmos musculares e fraqueza em um membro ou fala arrastada. Os sinais e sintomas variam muito de pessoa para pessoa, dependendo de quais neurônios são afetados.
De acordo com estuo publicado na Revista Neurology, em grande parte dos pacientes, os sintomas começam com o envolvimento dos membros. As queixas iniciais em pacientes são geralmente as seguintes:
Embora a Esclerose Lateral Amiotrófica não possa ser curada, um adequado acompanhamento médico pode ajudar você e sua família a gerenciar sua condição. Em nosso próximo artigo, vamos abordar os procedimentos para Diagnóstico e Tratamento.
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP, especialista em doenças neurogenéticas e neuromusculares. Atualmente é colaborador do ambulatório de Neurogenética dessa instituição, onde cuida de doenças raras.
É comum que filhos de pacientes procurem na internet sobre a doença, principalmente sobre o risco de desenvolverem a condição. Há muitos genes fatores envolvidos, inclusive emocionais, que precisamos considerar. Busque adequado aconselhamento com um profissional responsável e que tenha experiência no assunto.
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