Segundo a Migraine & Headache Australia, existem dois tipos de enxaqueca – Enxaqueca Episódica e Enxaqueca Crônica – cada uma determinada pela frequência de dias em que ocorrem as crises de dor de cabeça.
A enxaqueca crônica é uma condição debilitante onde os pacientes sofrem dores de cabeça por 15 dias ou mais por mês, com enxaqueca em pelo menos 8 desses dias. Em termos reais, isso significa que uma pessoa que sofre de Enxaqueca Crônica tem dor de cabeça ou enxaqueca por mais da metade dos dias do mês.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a Enxaqueca Crônica, suas causas e gatilhos, e como diagnosticar e tratar a condição.
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De acordo com a American Migraine Foundation, as crises de enxaqueca podem aumentar de frequência ao longo do tempo, em um processo de transição com quatro estados distintos:
A transição para enxaqueca crônica está associada a fatores de risco bem reconhecidos e potencialmente tratáveis. Alguns exemplos de fatores de risco incluem:
Conforme a Cleveland Clinic, possíveis causas para a enxaqueca crônica foram identificadas, mas respostas definitivas ainda não foram descobertas. Algumas teorias sobre o que causa enxaqueca incluem:
Em alguns casos, enxaquecas crônicas podem ser um sintoma subjacente de outra condição grave. Condições que podem causar enxaquecas crônicas incluem:
Segundo a Mayo Clinic, pessoas suscetíveis a enxaquecas podem descobrir que certas situações, comportamentos ou ambientes desencadeiam um novo episódio de enxaqueca. Esses fatores são chamados de gatilhos.
Os gatilhos são diferentes para cada pessoa e também podem afetar a mesma pessoa de forma diferente, cada vez que é exposta a eles. Para pessoas com enxaquecas crônicas, evitar gatilhos comuns de enxaqueca pode ajudar a reduzir a probabilidade de um surto de sintomas.
Os gatilhos comuns para enxaquecas incluem:
Segundo um artigo publicado no periódico Therapeutic Advances in Chronic Disease, ao avaliar um paciente com dores de cabeça crônicas, é importante desde o início verificar como as dores de cabeça se desenvolveram originalmente. Há dois padrões típicos:
É importante tomar conhecimento dos eventos que aconteceram no passado (às vezes alguns anos antes) e como suas dores de cabeça costumavam ser, especialmente como as dores de cabeça se tornaram cada vez mais incômodas ao longo do tempo, para fazer um diagnóstico preciso, sem o qual o tratamento é improvável de ser bem sucedido.
É útil também verificar quais tratamentos, atuais e anteriores, foram tentados, e em que ponto da crise de enxaqueca esses tratamentos são realizados.
Informações da Mayo Clinic também recomendam que o tratamento da enxaqueca crônica seja realizado por meio de três abordagens amplas:
Quando os pacientes têm dores de cabeça crônicas severas, pode ser difícil reconhecer gatilhos específicos. Paradoxalmente, à medida que as dores de cabeça crônicas começam a melhorar com o tratamento, os gatilhos se tornam mais óbvios.
Pacientes com enxaqueca crônica muitas vezes acham difícil saber quando fazer tratamentos agudos. Além disso, devido à possibilidade de uso excessivo de medicamentos, nos estágios iniciais do tratamento pode ser preferível evitar analgésicos agudos completamente. Uma vez que um estágio é alcançado onde há claros "dias bons e dias ruins", então o tratamento agudo pode ser reintroduzido.
Inúmeros medicamentos têm se mostrado eficazes no tratamento preventivo da enxaqueca. A escolha do tratamento pode ser influenciada em diferentes graus pelo padrão de dores de cabeça, outras condições de saúde do paciente, tolerabilidade, potenciais efeitos colaterais, facilidade de uso e escolha do paciente.
Os tratamentos preventivos devem ser iniciados em baixa dose para minimizar a possibilidade de desenvolver efeitos colaterais. A dose deve ser constante e regularmente aumentada até que a medicação funcione, efeitos colaterais intoleráveis ocorram ou uma dose máxima seja alcançada, momento em que pode-se concluir que a medicação não funciona para esse paciente individual.
Neste ponto, outro tratamento preventivo pode ser tentado. Se o tratamento preventivo funcionar bem, deve ser continuado por alguns meses antes de descontinuar a dose. Em muitos casos, esse processo pode ser alcançado sem que a frequência da dor de cabeça volte a piorar.
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP e se dedica a cuidar de pacientes com dor de cabeça e outras condições neurológicas.
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