Nosso site utiliza pequenos arquivos chamados cookies que, inseridos em seu dispositivo, coletam feedback e enviam informações sobre como nosso site é usado para serviços como o Google Analytics. Usamos essas informações para melhorar nosso site e sua experiência dentro dele.

Você pode ler mais sobre nossos cookies, em nossa página: política de privacidade/cookies. Ao continuar navegando em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
São Paulo: (11) 3504-4304 | Vitória: (27) 99707-3433 - (27) 99886-7489

O que Pode Causar Alucinações?

Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
Compartilhe

Segundo a National Library of Medicine, Alucinações são a percepção de um objeto ou evento inexistente e experiências sensoriais que não são causadas por estímulo aos órgãos sensoriais. A palavra "alucinação" vem do latim e significa "vagar mentalmente".

Em termos leigos, envolvem ouvir, ver, sentir, cheirar ou mesmo provar coisas que não são reais. As alucinações auditivas, que envolvem ouvir vozes ou outros sons que não têm fonte física, são o tipo mais comum.

Frequentemente, pessoas com condições psiquiátricas, incluindo esquizofrenia e transtorno bipolar são as mais afetadas. No entanto, não importa o que esteja causando alucinações, elas devem ser levadas a sério.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre Alucinações, suas causas, tipos e formas de tratamento.

Causas Comuns de Alucinações

De acordo com o NHS, as alucinações são mais frequentemente associadas à esquizofrenia, uma doença mental caracterizada por pensamentos e comportamentos desordenados. No entanto, também podem ser uma possível característica do transtorno bipolar.

Com transtorno bipolar I, alucinações são possíveis tanto com mania e depressão. No bipolar II, as alucinações podem ocorrer apenas durante a fase depressiva. O transtorno bipolar que se apresenta com alucinações e/ou delírios também pode levar ao diagnóstico de transtorno bipolar com características psicóticas.

Ocorrem mais frequentemente em pessoas com condições de saúde mental como esquizofrenia e transtorno bipolar, mas também podem ocorrer com as seguintes condições físicas e psicológicas:

  • Doença de Parkinson - Até metade das pessoas que têm essa condição às vezes vê coisas que não estão lá
  • Demências, como a doença de Alzheimer ou com corpos de Lewy - Causam alterações no cérebro que podem trazer alucinações. Pode ser mais provável que aconteça quando a doença está avançada.
  • Enxaqueca - Cerca de um terço das pessoas com esse tipo de dor de cabeça também têm "aura", um tipo de alucinação visual. Pode parecer um crescente multicolorido de luz.
  • Tumor cerebral - Dependendo de onde estiver, pode causar diferentes tipos de alucinações. Se for em uma área que tem a ver com visão, você pode ver coisas que não são reais. Você também pode ver manchas ou formas de luz. Tumores em algumas partes do cérebro podem causar alucinações de olfato e paladar.
  • Síndrome de Charles Bonnet - Essa condição faz com que pessoas com problemas de visão como degeneração macular, glaucoma ou catarata vejam coisas. No início, você pode não perceber que é uma alucinação, mas em algum momento pode descobrir que o que você está vendo não é real.
  • Epilepsia - As convulsões que acompanham esse transtorno podem torná-lo mais propenso a ter alucinações. O tipo de alucinação depende de qual parte do cérebro a convulsão afeta.

Outras condições que também podem causar alucinações são:

  • Uso e/ou abstinência de álcool ou drogas
  • Doença do nervo auditivo
  • Transtorno dissociativo de identidade
  • Uso de alucinógenos
  • Condições metabólicas
  • Doenças do ouvido médio ou interno
  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
  • Transtorno esquizoafetivo
  • Privação de sono
  • AVC.

Tipos

Conforme artigo publicado no Industrial Psychiatry Journal, existem diferentes tipos:

  • Alucinações auditivas: Ouvir vozes ou sons que ninguém mais pode (tipo mais comum de alucinação)
  • Alucinações visuais: ver pessoas, cores, formas ou itens que não são reais (segundo tipo mais comum de alucinação)
  • Alucinações táteis: sensações na pele (como insetos rastejando ou como se estivesse sendo tocado quando não está)
  • Alucinações olfativas: Cheirar algo que não tem fonte física (menos comum)
  • Alucinações gustativas: Ter um gosto na boca que não tem fonte (tipo mais raro de alucinação)
  • Alucinações de presença: sensação de que alguém está por perto ou na sala com você quando não há ninguém lá
  • Alucinações proprioceptivas: A sensação de que seu corpo está se movendo ou que seus membros estão separados do seu corpo, quando nenhuma dessas coisas está acontecendo
tipos de alucinações
Existem diferentes tipos de alucinações

Diferença entre Alucinações e Delírios

  • Uma alucinação é quando seus sentidos estão percebendo algo que não está acontecendo na realidade (por exemplo, você vê e ouve uma pessoa que não está realmente lá).
  • Um delírio, por outro lado, é a crença de que algo está acontecendo, para o qual não há evidências (ou seja, você acredita que o governo está controlando você através de sua TV).

Diagnóstico

Inicialmente, seu médico precisa descobrir o que está causando suas alucinações.

Depois de perguntar sobre seus sintomas, histórico médico e hábitos de vida, ele provavelmente fará um exame físico e solicitará alguns examessz para tentar descartar causas médicas ou neurológicas. Os testes de diagnóstico podem incluir:

  • Exames de sangue para verificar causas metabólicas ou tóxicas
  • Eletroencefalograma (EEG) para verificar se há atividade elétrica anormal no cérebro
  • Ressonância magnética (MRI) para procurar problemas estruturais do cérebro, como um tumor cerebral ou acidente vascular cerebral

Infelizmente, estudos mostram que as pessoas subnotificam alucinações. Ao conversar com um médico, é importante ser honesto sobre a duração e frequência, bem como os sintomas específicos associados às suas alucinações.

Tratamento

De acordo com a National Alliance on Mental Illness, o tratamento das alucinações dependerá do tipo de alucinação, do que a está causando e da sua saúde geral. Em geral, no entanto, seu médico provavelmente recomendará uma abordagem multidisciplinar que inclua medicação, terapia e autocuidado e suporte social.

Psicoterapia

A psicoterapia para alucinações envolve promover curiosidade ao paciente em torno dos detalhes dos sintomas, fornecendo psicoeducação, explorando "razões plausíveis" para as alucinações e normalizando a experiência.

Autocuidado

Algumas estratégias de autocuidado podem ajudar os pacientes a lidar com alucinações auditivas:

  • Exercício
  • Cantar ou ouvir uma música várias vezes
  • Ignorar as vozes
  • Leitura (para frente e para trás)
  • Conversar com outras pessoas.

Medicação

Os medicamentos antipsicóticos muitas vezes são eficazes para tratar alucinações, seja eliminando ou reduzindo a frequência com que ocorrem ou tendo um efeito calmante que os torna menos angustiantes.

Estimulação Magnética Transcraniana

A estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr), um procedimento relativamente não invasivo que envolve a colocação de um pequeno dispositivo magnético diretamente no crânio, tem algumas evidências preliminares de que pode ser capaz de reduzir a frequência e a gravidade das alucinações auditivas em algumas pessoas com esquizofrenia.

Como Lidar

Um aspecto importante de ajudar um ente querido que está experimentando alucinações é tranquilizá-lo de que o tratamento está disponível. Aqui estão alguns passos práticos para lidar com alucinações:

  • Preste atenção ao meio ambiente - O ambiente pode desempenhar um papel importante em percepções errôneas e piora de alucinações. Por exemplo, uma sala mal iluminada e um ambiente barulhento e caótico podem aumentar a probabilidade de uma alucinação.
  • Mantenha a calma - Embora possa ser assustador e desconfortável quando um ente querido experimenta uma alucinação, é importante fazer o seu melhor para responder de maneira calma e solidária. Por exemplo, você pode dizer "Eu sei que isso é assustador para você" ou "Não se preocupe; Estou aqui".
  • Use a distração - Dependendo da gravidade da alucinação, tocar ou acariciar suavemente seu ente querido pode ajudar a servir como distração e reduzir a alucinação. Outras possíveis distrações incluem conversa, música ou uma mudança para outra sala.
  • Manter rotinas - Manter rotinas diárias normais e confiáveis pode tornar menos provável que uma pessoa se afaste da realidade e experimente alucinações. Considere manter um registro de quando as alucinações ocorrem e em que circunstâncias.

É importante lembrar que uma pessoa que começa a alucinar deve consultar um profissional de saúde imediatamente. Muitas condições médicas e mentais que podem causar alucinações podem rapidamente se tornar emergências. Além disso, a pessoa não deve ser deixada sozinha.

Quer continuar aprendendo? Leia nossos outros artigos relacionados:

Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista

Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP especialista em Distúrbios do Movimento e Neurogenética.

Informações de contato: Rua Itapeva, 518 - sala 901 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01332-904

Telefone: (11) 3504-4304

Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia

Avenida Americo Buaiz, 501 – Victória Office Tower – Torre Leste – Enseada do Suá, Vitória – ES, 29050-911, próximo ao Shopping Vitória.

Telefone: (27) 99707-3433

Posts Relacionados:

Compartilhe
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro 

CRM-SP 160074 
CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
Posts mais Populares
Acompanhe nosso Podcast!
Escute nossos conteúdos em áudio, na sua plataforma preferida:
Assine nossa Newsletter!

Assine nossa newsletter e receba em seu e-mail todos os nossos novos artigos.

Dr Diego de Castro dos Santos
Neurologia - Dr Diego de Castro
Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
Dúvidas? Sugestões?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


DR DIEGO DE CASTRO

Dr. Diego de Castro dos Santos
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153
Diretor Clínico Autor e Responsável Técnico pelo Site – Mantenedor.

Missão do Site: Prover Soluções cada vez mais completas de forma facilitada para a gestão da saúde e o bem-estar das pessoas, com excelência, humanidade e sustentabilidade. Destinado ao público em geral.
NEUROLOGISTA EM SÃO PAULO – SP
CRM-SP 160074

R. Itapeva, 518 - sala 1301
Bela Vista - São Paulo - SP 
CEP: 01332-904

Telefones:
(11) 3504-4304


NEUROLOGISTA VITÓRIA – ES
CRM-ES 11.111

Av. Américo Buaiz, 501 – Sala 109
Ed. Victória Office Tower Leste, Enseada do Suá, Vitória – ES, CEP: 29050-911

Telefones:
(27) 99707-3433
(27) 99886-7489

magnifier
×
linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram