Segundo artigo publicado na Clinical Orthopaedics and Related Research, Tendinopatia é um termo amplo que engloba condições dolorosas que ocorrem dentro e ao redor dos tendões em resposta ao uso excessivo.
Uma tendinopatia pode causar dor e inchaço, interferindo na sua vida diária. Por exemplo, pode impedi-lo de praticar esportes e de fazer tarefas domésticas.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre o conceito de Tendinopatia, suas causas, sintomas e formas de tratamento.
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Os tendões são tecidos semelhantes a cordas que ligam o músculo ao osso. Quando os músculos contraem e relaxam, os tendões e ossos se movem. Você já deve ter ouvido falar de tendinopatias, por meio de termos como:
De acordo com Cleveland Clinic, todas essas condições significam um tipo de lesão tendínea, por isso a comunidade médica agora se refere a elas como tendinopatias.
A maioria das lesões tendinosas ocorre perto de articulações, como ombro, cotovelo, joelho e tornozelo. Uma lesão tendínea pode parecer que ocorreu de repente, mas geralmente resulta de sobrecarga repetitiva do tendão.
O NHS explica que a causa exata da tendinopatia nem sempre é clara. Muitas vezes está relacionado a diversos fatores, que incluem:
Os problemas nos tendões não se limitam aos atletas. Cerca de 30% das pessoas com lesões no tendão de Aquiles levam um estilo de vida sedentário (inativo), já que o sedentarismo contribui para a má circulação sanguínea no tendão.
Quando alguém tem má circulação sanguínea e de repente aumenta sua atividade, isso pode causar hipóxia (oxigênio insuficiente em seus tecidos), nutrição prejudicada e metabolismo energético enfraquecido (metabolismo é o processo de transformar alimentos em energia). Essas questões podem contribuir para eventos que levam à degeneração tendínea.
A tendinopatia pode se tornar crônica se pequenas lesões ocorrerem regularmente e não cicatrizarem completamente. Atividades repetidas podem fazer com que as fibras de colágeno se quebrem ao longo do tempo, levando à tendinose.
Conforme informações da Veritas Health, uma tendinopatia geralmente causa dor, rigidez e perda de força na área afetada. Você pode ter tendinopatia se estiver sentindo dor ou sensibilidade com alguns ou todos os seguintes sintomas:
Pode ser útil fazer uma lista de seus sintomas e manter um diário para rastreá-los. Seu médico vai querer saber há quanto tempo você tem os sintomas e sua gravidade para fazer um diagnóstico preciso.
Segundo artigo publicado na Science Direct, para diagnosticar uma lesão tendínea, seu médico deve realizar um exame físico e fazer perguntas sobre sua saúde, sintomas e regime de exercícios recentes.
Seu médico considera muitos fatores ao fazer um diagnóstico, por exemplo:
Ele pode lhe perguntar sobre quais atividades causam sintomas e onde os sintomas ocorrem. Certifique-se de informar se você sofreu alguma lesão recentemente, tem uma história de artrite reumatoide ou doença nervosa.
Durante o exame físico, seu médico pode:
Quando o exame físico gera suspeita de que algo mais pode estar causando seus sintomas, seu médico pode sugerir a realização de outros tipos de exames. Por exemplo:
Com base nessas informações diagnóstica, é possível elaborar um plano de tratamento individualizado.
A Mayo Clinic explica que as tendinopatias geralmente podem ser reabilitadas de forma rápida e eficaz. No entanto, uma porcentagem de tendinopatias pode levar meses para obter uma recuperação completa.
Antes mesmo de sua consulta com o médico, você já pode começar a tratar uma lesão aguda do tendão em casa. Para obter os melhores resultados, inicie estas etapas imediatamente:
O tratamento também depende de qual tendão está incomodando. Os tratamentos mais comuns incluem:
Um fisioterapeuta pode ensinar-lhe exercícios para alongar e fortalecer seus músculos, assim como reduzir o estresse no tecido lesionado.
Seu terapeuta também pode realizar ultrassom, massagem com gelo ou técnicas estimulantes musculares para melhorar a cicatrização muscular.
De acordo com artigo publicado na Sports Medicine and Health Science, quando outros tratamentos conservadores para tendinopatia falharam, a Terapia por Ondas de Choque é frequentemente usada como tratamento. A Terapia por Ondas de Choque é uma terapia mecânica que pode alterar o ambiente químico do local da lesão utilizando ondas de pressão pulsadas mecânicas.
É capaz de reduzir e reverter danos aos tecidos danificados ou promover o crescimento saudável dos tecidos normais através de estimulação mecânica em nível molecular, celular ou tecidual.
A terapia por ondas de choque é um procedimento não invasivo no qual as ondas acústicas são focadas em locais específicos dentro do corpo para facilitar o alívio da dor e a cicatrização. Em geral, é considerada segura, não invasiva, fácil de aplicar e bem tolerada pela maioria dos pacientes e, portanto, tem sido amplamente utilizada para muitas condições musculoesqueléticas nos últimos 25-30 anos.
O protocolo específico para cada indivíduo dependerá de suas necessidades individuais e da recomendação de seu profissional médico. O número de sessões necessárias para a melhora pode variar dependendo de vários fatores, como:
Geralmente, a maioria das condições serão resolvidas dentro de 3-4 sessões de 30 minutos (aproximadamente).
Na prática clínica, a terapia por ondas de choque é raramente utilizada isoladamente e muitas vezes é combinada com exercícios específicos, com o objetivo de carregar tendões danificados para estimular a cicatrização.
É vital que você continue a trabalhar com um fisioterapeuta para manter o regime de exercícios que já vem realizando, para otimizar os resultados do seu tratamento.
Podemos tomar algumas medidas para reduzir o risco de tendinopatia:
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Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP e atua na reabilitação de pacientes com diversas condições relacionadas à dor crônica, por meio de uma avaliação neurológica elaborada e da realização da terapia por ondas de choque, entre outras abordagens terapêuticas.
No Serviço de Especialidades Neurológicas, com unidades em Vitória - ES e São Paulo, oferece um serviço de qualidade de assistência para melhorar a qualidade de vida de pacientes que sofrem com um sintoma tão debilitante como a dor crônica.
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