As Manifestações Neurológicas do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou lúpus) acometem cerca de 25% dos pacientes e podem ser diversas como dor de cabeça, meningite, AVC, neuropatias e distúrbios neuropsiquiátricos. Segundo a Lupus UK, o envolvimento do sistema nervoso é uma das principais manifestações iniciais do Lúpus. O Lúpus Cerebral ou Lúpus no Sistema Nervoso está entre as causas mais frequentes de baixa qualidade de vida e internações entre os portadores de LES.
Neste artigo, Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista pela USP aborda especificamente os sintomas neurológicos do Lúpus.
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Segundo o American College of Rheumatology, 19 síndromes neuropsiquiátricas são associadas com lúpus, sendo que 12 relacionam-se ao envolvimento do sistema nervoso central e 7 do sistema nervoso periférico.
As principais manifestações neurológicas do Lúpus estão:
Estes sintomas podem aparecer logo no início ou durante o curso da doença, ser consequência de doenças associadas ou resultado de efeitos colaterais dos medicamentos.
Nem todos os pacientes apresentarão todas essas manifestações. O tratamento e controle adequado é um fator de proteção para sintomas neurológicos do lúpus.
Pesquisas de Harvard University publicadas em 1968 já definiram as manifestações do lúpus no sistema nervoso como parte integral da doença. As manifestações neuropsiquiátricas são as manifestações que envolvem alterações do humor ou comportamento e podem estar presentes em 50% dos pacientes. São elas:
Os mecanismos relacionados ao envolvimento neurológico no lúpus ainda não estão completamente esclarecidos. Entretanto, algumas evidências apontam lesões dos pequenos vasos cerebrais ou presença de anticorpos atingindo diretamente as conexões neuronais.
Pacientes com lúpus apresentam risco aumentado para doenças cerebrovasculares do tipo AVC, principalmente com lesões isquêmicas, que ocorrem em idades mais jovens do que o habitual.
O lúpus cerebral se manifestando com AVC pode sinalizar descontrole da doença. Note que nem todos os pacientes com LES apresentarão AVC; os pacientes com doença controlada e que cuidam da sua saúde conseguem minimizar essa chance.
O risco aumentado para AVC no lúpus está associado a:
Esse conjunto de fatores pode contribuir com mecanismos variados para lesão isquêmica do sistema nervoso central. Os pacientes também podem apresentar risco aumentado de trombose de vasos cerebrais (trombose venosa cerebral).
O termo síndrome desmielinizante descreve uma doença que afeta diretamente a bainha de mielina, com relativa preservação dos axônios. Clinicamente, a síndrome desmielinizante apresenta-se com sintomas variados, incluindo alteração sensorial, perda de visão e disartria (fala embolada).
Em pacientes com lúpus, o principal desafio consiste no diagnóstico diferencial com outras doenças desmielinizantes do sistema nervoso central incluindo a Esclerose Múltipla.
As características imunológicas de ambas as doenças, o padrão remitente-recorrente, as manifestações neurológicas e a presença de lesões da mielina podem dificultar sua distinção.
A polineuropatia periférica é definida como um distúrbio sensitivo ou motor dos nervos periféricos. Ela é a manifestação neurológica do lúpus no sistema nervo periférico.
Os sintomas neurológicos da Polineuropatia em pacientes com LES incluem:
Todos esses sintomas predominam nos membros inferiores (pés e pernas). A origem da polineuropatia periférica no lúpus envolve inflamação e lesão dos nervos por autoanticorpos, depósito de complexos imunes ou lesão direta.
O exame de eletroneuromiografia ajuda na comprovação diagnóstica da polineuropatia periférica e também quantifica sua gravidade. Ele também serve para auxiliar diferenciar de outras doenças que podem acometer os nervos periféricos. Leia nosso artigo para saber mais sobre o exame de eletroneuromiografia.
O diagnóstico e tratamento das manifestações neurológicas do Lúpus Eritematoso Sistêmico variam amplamente a depender do tipo de manifestação. Embora o Lúpus sempre deve ser acompanhado pelos médicos reumatologistas, a avaliação neurológica é fundamental para indicar tratamento associado nos casos de envolvimento do sistema nervoso.
O adequado acompanhamento neurológico permite identificar outras doença neurológicas que se assemelham ao lúpus e oferecer formas de tratamento para sintomas tão comuns como dor de cabeça, transtornos de humor, formigamentos e dormência.
O diagnóstico das manifestações neurológicas do lúpus pode demandar uma série de exames complementares como ressonância magnética, eletroneuromiografia, exame do líquido cerebroespinhal, exames laboratoriais entre outros. Esses exames são indicados individualmente para cada caso, a depender do quadro clínico do paciente. Por esse motivo a avaliação clínica é parte fundamental para a conduta e o tratamento adequado nesse grupo de pacientes.
Se você sofre com os sintomas desta doença, mantenha um acompanhamento com o médico neurologista, para evitar estes tipos de complicações. Veja abaixo nossas informações de contato para agendamento de consultas:
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Eswuecimentos cada vez mais fortes. Dificil concentração muita dores de cabeça surtos de estresse. Aponte de quebrar tudo crises de choro. Insonia mortal formigamento em pernas e pés. Já passei da faze se ouvir vozes ver vultos e achar que tem alguém me perseguindo. Ser A que estou com problema neorologico afetado descobri em fevereiro que tenho lúpus e fibrimiagia
Olá Luana! Não se entregue a este sofrimento! É muito importante para quem tem lupus falar sobre todos esses sintomas. Isso é muito importante para o tratamento e para melhorar sua vida!
Me chamo Iara descobri o lupos em 2018
Eu tenho uma vida saudável graças a Deus 🙏🙏
Só q de vez enquando da umas agonia na mente vontade de largar tudo trabalho faculdade e só relaxar a mente
E de vez enquando umas dores de cabeça q não passa com medicamento nenhum
Tirando isso o resto tá ok
Mas não é uma doença fácil requer repouso principalmente na Mente ....
Minha filha esta internada no hospital de Niterói tratou o vírus HHV7 que atacou o cerebelo ela teve hidrocefalia e após 1 mês de tratamento, os médicos viram que não existia mas o vírus mas a infecção continua lá, então entraram com outro tratamento imuglobulina, aí fizeram novos exames e chegaram a conclusão de lúpus. Eu nem sabia que lúpus atacava o cérebro. Muito difícil a situação, pq minha filha parece outra pessoa, as vezes perde o senso do certo e do errado, teve crises convulsivas que controlaram com medicamentos,tem perda de memória,está obcecada em comida,tem algumas dificuldades motoras,fala cansada ou forçada,e notamos obsessão as vezes em pessoas ou coisas. Vão usar hidroxicloroquina no tratamento da infecção. Que de tudo certo e que ela saia de lá bem.