Insônia e dificuldade para dormir podem acometer qualquer um ocasionalmente. Na maioria das vezes a dificuldade de dormir é precipitada por situações pontuais de estresse, demandas afetivas, psíquicas ou do trabalho.
No entanto, problemas de sono podem se tornar uma rotina causando insônia. Segundo a Sleep Foundation, a insônia crônica é marcada por:
De acordo com dados da Harvard University, aproximadamente 50 a 70 milhões de americanos apresentam distúrbio do sono, sendo a insônia a problema mais comum.
A insônia tem efeitos importantes no humor, estado de alerta, motivação, raciocínio, aprendizado e também é um sintoma importante da depressão.
Neste artigo, Dr Diego de Castro Neurologista pela USP fala sobre a dificuldade de dormir e a insônia.
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Se uma pessoa levar 30 minutos ou mais para adormecer, ou permanecer acordado por 30 minutos ou mais durante a noite, pelo menos três vezes por semana, pode-se considerar que está sofrendo de insônia.
Existem várias maneiras de descrever a insônia:
Segundo a Mayo Clinic, a insônia aguda pode ser definida como:
"Breve episódio de dificuldade em dormir, geralmente causada por um evento da vida, como uma mudança estressante no trabalho, receber más notícias ou viajar".
Muitas vezes a insônia aguda pode ser resolvida sem nenhum tratamento.
De acordo com o NIH, a insônia crônica é definida como:
"Um padrão de longo prazo de dificuldade para dormir, adormecer ou permanecer dormindo pelo menos três noites por semana durante três meses ou mais".
Insônia que ocorre com outra condição: Sintomas psiquiátricos - como ansiedade e depressão - são conhecidos por estarem associados a mudanças no sono.
Além disso, certas condições médicas, como artrite ou dor nas costas, podem causar insônia ou tornar a pessoa desconfortável à noite, o que pode dificultar o sono.
Sem dúvida, o estresse é a principal causa da insônia e dificuldade de dormir.
Também existem condições físicas que podem gerar a dificuldade de dormir, incluindo:
A falta de atividade física durante o dia pode interferir com a necessidade do corpo de dormir. O abuso de substâncias também pode ser um grande problema para o sono.
Uma interessante pesquisa publicada no The Lancet Neurology mostrou que a insônia também pode ocorrer em resposta a como as pessoas lidam com uma noite ruim de sono. Ao tentar compensar um breve período de dificuldade de dormir os indivíduos dormem até mais tarde, cochilam à tarde ou ingerem bebidas alcoólicas à noite.
Mas essas ações desregulam ainda mais o ciclo do sono normal. Assim, o cérebro ansioso aprende um padrão inadequado de sono levando a cronificação da insônia.
Algumas pessoas correm o risco de insônia e dificuldade para dormir em virtude de fatores ambientais como:
Segundo a American Association of Sleep Medicine, os sintomas de insônia podem variar muito nos indivíduos.
No geral as pessoas com insônia podem sentir-se insatisfeitas com o sono e geralmente apresentam um ou mais dos seguintes sintomas:
Indivíduos com insônia crônica também podem experimentar habilidades de enfrentar problemas enfraquecida, dificuldade em prestar atenção e concentrar-se, problemas de memória e dificuldade para realizar tarefas de rotina.
Mas acima de tudo, a insônia afeta o humor. Este distúrbio crônico do sono parece ser o maior desencadeador de depressão e irritabilidade.
A conexão entre o humor e o sono geralmente se manifesta em um ciclo frustrante para quem sofre de qualquer condição. Ansiedade os mantém acordados à noite, e a falta de sono reparador aumenta a ansiedade no dia seguinte.
A relação entre depressão e insônia também demonstra que ambos fatores sempre devem ser tratados em conjunto.
Uma crise de insônia de curto prazo geralmente não precisa de tratamento específico. É importante estar atento para não transformar uma condição transitória em um problema duradouro.
Por isso, não compensar o sono perdido ficando mais tempo na cama ou cochilando durante o dia é uma medida importante para a dificuldade de dormir transitória.
Já a insônia crônica precisa de um tratamento multidisciplinar que inclui:
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) visa eliminar a ansiedade e interromper os comportamentos que acabam piorando e perpetuando a insônia. A terapia cognitiva comportamental ajuda a trabalhar os pensamentos e ações que perturbam o sono.
Muitos indivíduos ignoram os fatores psíquicos causadores da insônia, como dificuldades de relacionamento, medos e estresse. E pior, acabam buscando medicamentos para dormir.
Quase a totalidade desses remédios apresenta efeitos colaterais a longo prazo e principalmente perda de eficácia. Ao perder a eficácia os pacientes sentem a necessidade de aumento constante de doses e acabam tornando-se dependentes psiquicamente do medicamento.
Para um subgrupo de pacientes, os remédios não apresentam nenhum efeito real sobre o sono. Na maioria dos casos, os indivíduos tornam-se viciados na medicação e não conseguem permanecer sem seu uso. Portanto, medicamentos para insônia crônica devem ser usados com restrições e sempre sob acompanhamento médico.
Além da terapia cognitivo comportamental indivíduos com insônia se beneficiarão da criação de um espaço tranquilo apenas para o sono. É importante que o quarto seja escuro e confortavelmente fresco. Todos os tratamentos eficazes para insônia e qualquer dificuldade para dormir incentivam a prática da higiene do sono, hábitos que incluem:
Também pode ser útil manter um diário e compartilhar suas experiências de insônia com seu parceiro ou outro ente querido de confiança. Lembre-se: a insônia é, na maior parte, temporária e pode ser tratada a tempo.
Você deve procurar ajuda médica se a insônia se tornar um padrão, ou se você se sentir fatigado durante o dia e isso interferir na sua vida diária.
O médico neurologista possui conhecimento e treinamento adequados para tratar sua insônia e o guiará pelos próximos passos. Estes podem envolver uma avaliação clínica e a realização de um estudo do sono.
Determinar qual medicamento pode ser certo para você depende dos sintomas da insônia e de muitos fatores de saúde diferentes. Por este motivo, é importante consultar um médico antes de tomar um medicamento para dormir, por conta própria.
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