O diagnóstico da Doença de Parkinson é realizado pela história clínica, exame neurológico e auxiliado por alguns exames de imagem. Baseado na Michael J Fox Foundation, o diagnóstico da Doença de Parkinson deve ser realizado o mais precoce possível, pois assim obtemos um tratamento efetivo já nas fases iniciais da doença.
Além disso, sabemos do impacto emocional e quão estressante para a família e pacientes pode ser receber um diagnóstico de Parkinson. Por esse motivo, pesquisar a respeito da condição e entendê-la é fundamental para sanar possíveis dúvidas sobre o diagnóstico da doença.
Neste artigo, Dr Diego de Castro Neurologista pela USP, especialista em Doença de Parkinson e outros transtornos do movimento, explica como é realizado o diagnóstico da Doença de Parkinson e as implicações para pacientes e familiares.
Navegação pelo Artigo
Não há dois pacientes com Parkinson iguais. Cada um deles tem um caminho e sintomas que diferem em intensidade e tempo de início. Por isso, é comum que os pacientes apresentem o diagnóstico da doença de Parkinson em tempos muitos diferentes.
Primeiramente, de acordo com a Mayo Clinic, para o diagnóstico da doença de Parkinson o médico neurologista utiliza o exame neurológico para avaliar a presença dos seguintes sintomas:
Esses sintomas se iniciam e predominam mais de um lado do corpo (assimetria).
Embora o tremor seja o sintoma que mais assuste os pacientes, o sintoma mais importante para o diagnóstico do Parkinson é a lentidão dos movimentos (saiba mais em nosso artigo: Como é o Tremor na Doença de Parkinson).
Também no exame neurológico, o médico avalia a presença de outros sinais que não fazem parte da doença. Esses sinais são importantes pois indicam a presença de outras doenças neurológicas que podem se assemelhar com a condição.
Além disso, cerca de 80% dos pacientes apresentam outros sintomas que também contribuem para o diagnóstico do Parkinson. Esses sintomas são denominados sintomas não motores e incluem:
Uma dúvida frequente dos pacientes é se é possível diagnosticar o Parkinson quando todos "os exames deram normais". Sem dúvida, acima de qualquer exame complementar, a base para o diagnóstico é o exame neurológico realizado por um médico de confiança.
Exames laboratoriais (sangue), tomografia e a ressonância magnética convencional são em sua totalidade normais na Doença de Parkinson. Esses exames são solicitados para afastar outras condições confundidores (por exemplo, Paralisia Supranuclear Progressiva e outros parkinsonismos).
No entanto, conforme pesquisa da revista JAMA Neurology, há cerca de 05 anos surgiram alguns exames que tem auxiliado no diagnóstico de Parkinson. Esses exames são solicitados quando há dúvida no diagnóstico.
Assim, os exames que auxiliam no diagnóstico do Parkinson são:
O Parkinson é causado pela perda dos neurônios que produzem uma substância denominada dopamina. O SPECT TRODAT ou DaT-SCAN é um exame que documenta a diminuição da dopamina e pode ajudar no diagnóstico da doença de Parkinson.
Seguindo as recomendações do The John Hopkins Hospital, o exame se assemelha a uma tomografia. Um material radioativo é injetado e aponta se há disfunção dos neurônios que captam a dopamina.
No entanto, o exame não é definitivo para o diagnóstico. As características clínicas do paciente sempre devem ser levadas em consideração.
A principal região do cérebro afetada pela doença de Parkinson é denominada substância negra. Essa região produz a dopamina. A substância negra pode ser avaliada profundamente por uma técnica especial de RM denominada RM 3T com avaliação do nigrossomo e da neuromelanina.
Segundo pesquisa publicada no British Institute of Radiology, esse exame estuda a forma da substância negra e pode apontar perda de seus neurônios.
Essa técnica de exame está disponível nos principais centros do Brasil para auxiliar no diagnóstico de casos duvidosos da doença
Além da RM com avaliação do nigrossomo, a substância negra pode ser estudada na Doença de Parkinson pelo Doppler transcraniano.
O Doppler transcraniano é um exame do tipo ultrassom realizado na cabeça. O exame é util para apontar alterações da substância negra.
Quando realizado por profissional habilitado esse exame é capaz de confirmar a doença de Parkinson em quase 86% dos casos.
Segundo pesquisa da Universidade Federal Fluminense, quase a totalidade dos pacientes com Doença de Parkinson apresentam alterações na cintilografia cardíaca com MIBG.
Mesmo que os pacientes não apresentem nenhum sintoma cardíaco, a cintilografia é capaz de demonstrar essa alteração silenciosa que pode ajudar no diagnóstico do Parkinson.
Segundo o NHS, ao receber o diagnóstico de Parkinson os pacientes podem sofrer um grande estresse emocional e ter muita dificuldade em lidar com essa informação.
Vá no seu tempo, mas aceitar o diagnóstico é um passo muito importante para enfrentar a condição.
Lembre-se que sua família e uma equipe multiprofissional está apta a te ajudar da melhor maneira possível.
Você pode buscar também pelas associações de pacientes e lembre-se sempre em utilizar a internet para se encorajar e fazer realmente coisas úteis por você. Evite focar em histórias negativas ou em qualquer limitação.
Como neurologista pela USP especialista em Distúrbios do Movimento, Dr Diego de Castro se dedica ao diagnóstico de Doença de Parkinson e outras condições neurológicas.
Estamos aqui para apoiar você e sua família caso necessário. Disponibilizamos conteúdo em Doença de Parkinson (DP) nos artigos abaixo. Leia mais para entender melhor a DP:
Para saber mais sobre a nossa abordagem no tratamento da doença de Parkinson, veja abaixo nossas informações de contato:
Avenida Américo Buaiz, 501 – Ed. Victória Office Tower Leste, Sala 109 - Enseada do Suá, Vitória - ES, 29050-911
Tel: (27) 99707-3433
R. Itapeva, 518 - sala 901 Bela Vista - São Paulo - SP, CEP: 01332-904
Telefones: (11) 3504-4304
Minha renossaancia deu indefinição do nigrossomo substancia negra
Hemossiderina e mal de parkinson