O tratamento com cirurgia para Doença de Parkinson existe desde a década de 1970. No entanto, as técnicas de cirurgia para Parkinson sofreram uma incrível evolução. Atualmente, os melhores resultados de Cirurgia para Doença de Parkinson são obtidos por meio da Cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (em inglês, Deep Brain Stimulation - DBS).
Nos Estados Unidos, a cirurgia para Parkinson foi aprovada pela primeira vez em 1997, para tratar quadros graves de tremor. Somente em 2016, a cirurgia de DBS foi aprovada também para estágios intermediários com sintomas não controlados com medicação.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica como é realizada a cirurgia para Parkinson, aspectos importantes do procedimento e sua indicação.
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A Cirurgia para Parkinson é um tratamento cirúrgico especial para Doença de Parkinson indicado para tratar principalmente o tremor, rigidez e lentidão. A atual técnica de escolha é a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) .
De acordo com a Cleveland Clinic, entenda mais sobre como é a cirurgia para Parkinson:
A cirurgia para Doença de Parkinson é planejada minuciosamente por meio de ressonância magnética combinada a uma técnica especial denominada neuronavegação.
Durante a cirurgia, um neurofisiologista registra a atividade das células cerebrais melhorando o grau de precisão e segurança da cirurgia. Essa etapa é realizada na maioria das vezes com o paciente acordado, o que permite verificar resultados imediatos.
Um segundo momento da cirurgia (com completa sedação) é realizado para implantar uma bateria geradora de impulsos (como um marca-passo).
Conforme mencionamos anteriormente, a cirurgia para Parkinson é geralmente realizada em duas etapas.
Uma vez que o dispositivo tenha sido implantado, os sintomas podem ser monitorados e a configuração do neuroestimulador pode ser ajustada para melhor atender às necessidades do paciente.
A longo prazo, a programação (ajuste da corrente elétrica) é realizada sem fio usando uma antena mantida perto do local do neurotransmissor.
Este vídeo da Universidade de Minesota nos Estados Unidos esclarece mais sobre o procedimento de DBS na Doença de Parkinson:
Segundo a Heinrich-Heine-University of Düsseldorf, na Alemanha, as principais indicações da cirurgia de Parkinson - DBS são o tratamento de sintomas motores como:
Geralmente a cirurgia para Parkinson é indicada apenas para pacientes que apresentam a doença por pelo menos quatro anos e que não conseguiram controlar os sintomas com medicamentos adequadamente.
Os pacientes que experimentam discinesia grave (movimentos involuntários) como resultado do uso prolongado de levodopa e o tremor são os pacientes que apresentam melhor resposta à cirurgia (melhora de cerca de 50-70%).
No entanto, a cirurgia não é efetiva para:
Para saber se uma pessoa vai se beneficiar da cirurgia para Parkinson, é importante conversar com o seu médico neurologista sobre as perguntas abaixo:
Segundo a Michael Fox Foundation, os benefícios da cirurgia de Parkinson são muito relevantes. Em linhas gerais, os sintomas do Parkinson melhoram em 50-70% e os pacientes apresentam uma melhora da qualidade de vida em 50%.
Os principais benefícios do DBS são:
Ainda assim, um DBS não é cura para a doença de Parkinson, nem evita a progressão da doença. Ele é um tratamento para melhorar a qualidade de vida do paciente.
A maioria dos pacientes ainda precisará tomar medicação após a cirurgia, mas o DBS pode levar a uma redução na quantidade necessária. Isso, por sua vez, reduz os efeitos colaterais induzidos por medicamentos, como a discinesia.
Os riscos associados ao DBS podem variar dependendo da condição médica subjacente e devem ser totalmente discutidos com o neurologista antes da cirurgia.
Os riscos da cirurgia para Parkinson ocorrem em 1 a 3% dos casos e incluem:
Apesar de seguro, o implante do DBS é uma cirurgia. Por isso, apresenta riscos inerentes ao procedimento cirúrgico.
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP especialista em Parkinson e Distúrbios do Movimento.
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Dr Diego de Castro é Neurologista da Universidade de São Paulo e médico colaborador no ambulatório de Neurogenética e no ambulatório de Neurocirurgia Funcional do Hospital das Clínicas da USP.
Nesse serviço e em seu consultório atua em reabilitação neurológica por meio de Estimulação Cerebral Profunda e tem grande experiência em DBS para pacientes com Doença de Parkinson.
No Espírito Santo, Dr Diego de Castro Neurologista também oferece um atendimento especializado às pessoas com doença de Parkinson, no Serviço de Especialidades Neurológicas, em Vitória, na Enseada do Suá, próximo ao Shopping Vitória.
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