Segundo a Cleveland Clinic, Pramipexol é um medicamento utilizado no tratamento de alguns distúrbios do movimento, como a Síndrome das Pernas Inquietas e a doença de Parkinson. Pertencente à classe de medicamentos chamados agonistas de dopamina, ele funciona agindo no lugar da dopamina, ativando os mesmos receptores que ela para atuar no controle do movimento.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre o Pramipexol, seu mecanismo de ação, indicações e formas de utilizar adequadamente este medicamento.
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Artigo publicado na StatPearls explica que o Pramipexol pertence a uma classe de medicamentos chamada agonistas de dopamina. Estes fármacos funcionam ativando receptores de dopamina no cérebro e, por este motivo, são indicados no tratamento de condições em que há uma falta desses neurotransmissores.
A dopamina é um neurotransmissor essencial que tem grandes efeitos sobre os movimentos motores em humanos.
O pramipexol é um agonista de dopamina amplamente usado no tratamento da doença de Parkinson (DP) e síndrome das pernas inquietas (SPI).
A FDA aprovou o pramipexol para o tratamento da DP em 1997 como monoterapia ou complemento para outros medicamentos.
O pramipexol pode ajudar a melhorar a capacidade de movimento, reduzindo os sintomas de tremor, rigidez, lentidão e instabilidade postural. Também pode diminuir o número de episódios de flutuações motoras observadas em pacientes tratados com levodopa.
A síndrome das pernas inquietas é uma condição médica em que o paciente experimenta uma vontade incomum de mover as pernas. Os sintomas geralmente ocorrem à noite, juntamente com sensações desconfortáveis nas pernas.
Segundo artigo publicado na Neuropsychiatric Disease and Treatment, baixos níveis de dopamina estão fortemente relacionados ao desenvolvimento da SPI. Como o Pramipexol ajuda a restaurar o equilíbrio da dopamina no cérebro, pode diminuir esses sintomas e, assim, melhorar o sono.
Após vários estudos, a FDA aprovou para tratamento de SPI em 2006.
Além das indicações aprovadas pela FDA, estudos mostraram que o pramipexol tem sido eficaz no tratamento de depressão bipolar, depressão resistente ao tratamento e tremores essenciais. No entanto, embora os resultados sejam promissores, novos ensaios são necessários para provar a eficácia nestas condições.
O pramipexol é administrado oralmente e está disponível na forma de comprimidos. Conforme a Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil, o comprimido de liberação imediata está disponível em doses de:
Em 2010, o pramipexol tornou-se disponível em liberação estendida em doses maiores, permitindo uma dose diária única simplificada.
Quando utilizado para tratar a doença de Parkinson, o comprimido de liberação imediata geralmente é tomado três vezes por dia e o comprimido de liberação estendida é tomado uma vez por dia.
No tratamento da síndrome das pernas inquietas, o comprimido de liberação imediata geralmente é tomado uma vez por dia, 2 a 3 horas antes de dormir. Comprimidos de liberação estendida não são usados para tratar síndrome das pernas inquietas.
Seu médico geralmente inicia a prescrição com uma dose baixa, aumentando gradualmente. Pode levar algumas semanas até chegar a uma dose que funcione para seu organismo.
Mas é importante ter em mente que o pramipexol apenas controla os sintomas da doença de Parkinson e da síndrome das pernas inquietas, mas não cura essas condições. É necessário continuar tomando a medicação, mesmo quando você já não experimenta mais os sintomas.
De acordo com a National Library of Medicine, Pramipexol pode ser tomado com ou sem a ingestão de alimentos, mas quando ingerido juntamente às refeições, pode ajudar a prevenir náuseas que podem ser causadas pela medicação.
Não pare de tomar pramipexol sem falar com seu médico. Para retirar a medicação, seu médico pode diminuir a dose gradualmente.
Se você parar de tomar pramipexol por qualquer motivo, não comece a tomar a medicação novamente sem falar com o seu médico. Pode ser necessário aumentar sua dose gradualmente, assim como foi feito no início do tratamento.
Junto com seus efeitos necessários, um medicamento pode causar alguns efeitos indesejados. Embora nem todos esses efeitos colaterais possam ocorrer, se ocorrerem, podem precisar de cuidados médicos.
Segundo a Mayo Clinic, alguns dos efeitos colaterais que podem ocorrer incluem:
Alguns efeitos colaterais podem desaparecer durante o tratamento, à medida que seu corpo se ajusta ao medicamento. Entre eles, podemos destacar:
Um efeito adverso severo é o súbito início do sono, levando a acidentes de trânsito. Comportamentos compulsivos também são comuns em pessoas que utilizam este medicamento, incluindo problemas com o controle de impulsos em jogo, compras excessivas e sexualidade.
Outros efeitos colaterais não listados também podem ocorrer em alguns pacientes. Se você notar qualquer outro efeito, converse com seu médico.
Se você está tomando esta medicação para tratar a doença de Parkinson e parar de tomar repentinamente, pode experimentar sintomas como:
Se você está tomando pramipexol para tratar a síndrome das pernas inquietas e de repente parar de tomar a medicação, seus sintomas podem se tornar piores do que eram antes de começar a tomar este medicamento.
Nosso objetivo é fornecer-lhe as informações mais relevantes e atuais. No entanto, os medicamentos afetam cada pessoa de forma diferente. Por este motivo, é sempre importante seguir as recomendações do seu médico sobre as doses indicadas para seu organismo e formas de tomar a medicação.
Dr Diego de Castro é neurologista pela USP, especializado em Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento. Dedica-se ao tratamento do Parkinson e disponibiliza conteúdo para pacientes e familiares sobre esta condição.
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