Recuperar-se de um acidente vascular cerebral (AVC) pode ser um desafio, especialmente porque este evento causa alterações em várias redes neurais, tanto na área afetada quanto nas regiões próximas a ela. A utilização de técnicas modernas como a estimulação magnética transcraniana, a EMT na reabilitação pós-AVC ajuda a promover a recuperação clínica e melhorar a independência funcional.
Neste artigo, Dr. Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica como a EMT pode ajudar na reabilitação pós-AVC e evidências atuais da literatura sobre a eficácia em diferentes aspectos clínicos de pacientes que sofreram um AVC.
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A estimulação magnética transcraniana é um tratamento não invasivo que usa pulsos magnéticos para modular áreas do cérebro. Segundo a American Academy of Neurology, ela ajuda a restaurar funções cerebrais afetadas por condições como o AVC.
O princípio da Estimulação Magnética Transcraniana consiste em:
É segura e aprovada em alguns países para reabilitação. As sessões de EMT são realizadas em consultório, sem necessidade de cirurgia.
A Cleveland Clinic explica que a consequência mais comum de um acidente vascular cerebral é o déficit motor, embora os sintomas não motores também sejam relevantes e muitas vezes igualmente incapacitantes.
Até onde sabemos, não há tratamento validado que seja capaz de restaurar completamente as funções prejudicadas por um tecido cerebral danificado. Assim, a reabilitação do AVC consiste basicamente em:
Estudos publicados no periódico Stroke mostram que a estimulação magnética transcraniana pós-AVC estimula essas regiões, promovendo uma melhora na força e coordenação.
As sessões duram 20 a 40 minutos, por 4 a 6 semanas. O tratamento é ajustado às suas necessidades e guiadas por um profissional de saúde especializado.
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é um procedimento não invasivo que utiliza campos magnéticos para estimular áreas específicas do cérebro, especialmente o córtex motor, promovendo a plasticidade cerebral e acelerando o processo de reabilitação em pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
A EMT é ideal para pacientes com sequelas de AVC, como:
A Mayo Clinic orienta que a EMT não substitui a fisioterapia, mas complementa e potencializa seus efeitos na reabilitação motora.
Diferentes protocolos podem ajustar a intensidade do campo para equilibrar eficácia e segurança, de acordo com as necessidades individuais do paciente. Por este motivo, a expertise do médico é fundamental para ajustar o nível de estimulação e garantir resultados eficazes.
A estimulação magnética transcraniana pós-AVC oferece benefícios significativos:
Pacientes relatam avanços após poucas sessões. Conforme artigo publicado na Frontiers in Aging Neuroscience, a aplicação da EMT logo no primeiro mês após o AVC provou ser mais benéfica na promoção da função do membro superior em comparação com as fases subaguda (1 a 6 meses) e crônica (mais de 6 meses) do AVC.
A EMT é segura, com efeitos leves como dor de cabeça ou desconforto no couro cabeludo. Raramente, pode causar tontura.
O risco de convulsões é mínimo, especialmente quando realizada de acordo com protocolos rigorosos e após uma avaliação cuidadosa.
Preparar-se para a estimulação magnética transcraniana é simples. A Johns Hopkins Medicine sugere as seguintes práticas:
As sessões são feitas em uma cadeira confortável. Em algumas situações, pode ser necessário deitar-se, também confortavelmente. Você pode sentir os cliques da bobina em seu couro cabeludo, mas sem dor.
A estimulação magnética transcraniana pós-AVC é uma terapia inovadora que ajuda a recuperar movimentos e reduzir rigidez após um derrame. Segura e eficaz, ela pode ajudar a melhorar seus resultados na reabilitação pós-AVC. Se você está em Vitória ou São Paulo, podemos avaliar se a EMT é ideal para você.
Não deixe as sequelas de um AVC limitarem sua vida. Agende uma consulta e descubra como a EMT pode ajudar.
Dr. Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP e cuida de pessoas com diferentes condições neurológicas em Vitória, Espírito Santo, e São Paulo, SP. Saiba mais sobre o AVC e as diferentes estratégias utilizadas na reabilitação:
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