Tendinite Calcária - Causas e Sintomas

A Tendinite Calcária é uma condição dolorosa caracterizada pela deposição de cristais de fosfato de cálcio nos tendões. Segundo artigo publicado na Clinics in Shoulder and Elbow, ocorre com maior frequência em alguns tendões do que em outros, sendo que o tendão supraespinhal (do ombro) é onde ocorre mais frequentemente.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a Tendinite Calcária, suas causas e sintomas.

Causas da Tendinite Calcária

Uma das perguntas mais comuns dos pacientes é se deveriam comer menos alimentos ricos em cálcio. É importante observar que não foi demonstrado que o cálcio consumido na dieta tenha qualquer efeito na formação ou resolução dos depósitos de cálcio nos tendões. Portanto, você não deve alterar a ingestão de cálcio na dieta para tentar se livrar da tendinite calcária.

De acordo com a Cleveland Clinic, várias causas podem contribuir para o desenvolvimento da tendinopatia calcárea, sendo a degeneração do tendão um fator-chave. Lesões repetitivas, diminuição do fluxo sanguíneo para os tendões, envelhecimento e predisposição genética também desempenham papéis importantes:

• Degeneração do Tendão: A degeneração do tendão é um processo natural relacionado ao envelhecimento. À medida que envelhecemos, a capacidade dos tendões de se repararem diminui, tornando-os mais propensos a lesões e a formação de depósitos de cálcio.
• Lesões Repetitivas: Atividades que envolvem movimentos repetitivos do ombro, como arremessar ou levantar objetos pesados, podem aumentar o risco de desenvolver tendinopatia calcárea. Lesões repetitivas podem levar a microtraumas nos tendões, desencadeando o processo de calcificação.
• Fluxo Sanguíneo Inadequado: A falta de fluxo sanguíneo adequado para os tendões pode ser um fator contribuinte. A irrigação sanguínea deficiente compromete a capacidade do tendão de se curar e se regenerar, criando um ambiente propício para a formação de depósitos de cálcio.

A tendinite calcária geralmente progride de forma previsível e quase sempre se resolve sem cirurgia, embora normalmente demore de 12 a 18 meses. O curso típico da evolução do quadro pode ser descrito da seguinte maneira:

• Estágio de pré-calcificação: Os pacientes geralmente não apresentam sintomas nesta fase. Neste momento, o local onde as calcificações tendem a se desenvolver sofre alterações celulares que predispõem os tecidos ao desenvolvimento de depósitos de cálcio.
• Estágio calcificado: Durante este estágio, o cálcio é excretado das células e depois se funde em depósitos de cálcio. Quando visto, o cálcio parece farináceo, não é um pedaço sólido de osso. Uma vez formada a calcificação, inicia-se a chamada fase de repouso, que não é um período doloroso e pode durar tempos variados. Após a fase de repouso, começa uma fase de reabsorção.
• Estágio de reabsorção: Durante esta fase, o depósito de cálcio se parece com pasta de dente – esta é a fase mais dolorosa da tendinite calcificada.
• Estágio pós-calcificado: geralmente é um estágio indolor, pois o depósito de cálcio desaparece e é substituído por um tendão de aparência mais parecida com a normal.

As pessoas geralmente procuram tratamento durante a fase dolorosa de reabsorção.

Sintomas da Tendinopatia Calcária

Artigo publicado no BMC Medicine aponta que a maioria das pessoas com tendinite calcária apresenta dor no ombro que aumenta gradualmente e pode se tornar intensa. Pode ter se desenvolvido após uma lesão ou parecer ter surgido do nada.

A Tendinopatia Calcária pode ser assintomática, em alguns casos, descoberta acidentalmente por um exame de imagem. Quando apresenta sintomas, pode se apresentar das três maneiras a seguir:

• Dor no ombro, mais grave com movimento
• Dor à noite que pode interferir no sono
• Dificuldade em levantar o braço.

A dor comumente irradia da ponta do ombro para a inserção do deltóide e, menos frequentemente, para o pescoço ou cotovelo. Muitas vezes é agravada pela elevação do braço acima do nível do ombro ou por deitar sobre o ombro. Outras queixas possíveis são rigidez, estalo, travamento ou fraqueza do ombro.

Muitos dos sinais de tendinite calcária são semelhantes aos de ruptura do manguito rotador; seu médico pode ajudar a determinar qual é a origem de sua dor. Pessoas com tendinite calcária geralmente serão diagnosticadas após um raio-X mostrar o acúmulo anormal de cálcio na região dos tendões do manguito rotador. Outros testes, incluindo ultrassom ou ressonância magnética, são usados para confirmar a suspeita de diagnóstico e também para avaliar a condição dos tendões do manguito rotador e identificar se há algum problema, como uma ruptura.

Diagnóstico e Tratamento

A tendinopatia calcária é uma condição desafiadora, mas com uma compreensão aprofundada de suas causas e sintomas, é possível adotar estratégias eficazes para o diagnóstico e tratamento.

Ao buscar intervenção médica adequada, é possível melhorar a qualidade de vida e promover a recuperação do paciente.

Continue acompanhando nosso blog, pois no próximo artigo vamos abordar o Diagnóstico e Tratamento da Tendinopatia Calcária.

Gostou deste artigo? Compartilhe com um amigo! Siga-nos nas redes sociais!

Continue aprendendo sobre cuidados em saúde:

• Exercícios físicos no tratamento da dor crônica
• O que Pode Causar Espasmos Musculares?
• Exame de Eletroneuromiografia: Exame dos Nervos e Músculos
• Tendinopatia do Supraespinhal - Causas e Sintomas
• O que Pode Causar Dormência nas Mãos?
• Diagnóstico e Tratamento da Dormência nas Mãos
• Terapia por Ondas de Choque

Dr Diego de Castro Neurologista

Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP e atua na reabilitação de pacientes com diversas condições relacionadas à dor crônica, por meio de uma avaliação neurológica elaborada e da realização da terapia por ondas de choque, entre outras abordagens terapêuticas.

No Serviço de Especialidades Neurológicas, com unidades em Vitória - ES e São Paulo, oferece um serviço de qualidade de assistência para melhorar a qualidade de vida de pacientes que sofrem com um sintoma tão debilitante como a dor crônica.

Para saber mais sobre a nossa abordagem no tratamento com ondas de choque, veja abaixo nossas informações de contato:

Avenida Américo Buaiz, 501 – Ed. Victória Office Tower Leste, Sala 109 - Enseada do Suá, Vitória - ES, 29050-911

Tel: (27) 99707-3433

R. Itapeva, 518 - sala 901 Bela Vista - São Paulo - SP, CEP: 01332-904

Telefones: (11) 3504-4304

Posts Relacionados:

• 
  Diagnóstico e Tratamento da Epicondilite Medial
• 
  Epicondilite Medial - Causas e Sintomas
• 
  Ondas de Choque: Conheça as Indicações da Terapia