Segundo The National Institute of Mental Health (NIMH), o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma condição psiquiátrica que pode afetar pessoas que foram expostas a eventos traumáticos. Essa condição pode ocorrer após experiências como:
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre as causas e sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).
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A Mayo Clinic explica que o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio de ansiedade que se desenvolve após uma pessoa ter vivenciado ou testemunhado um evento com característica de ameaça à própria vida ou de outros. Esses eventos podem causar uma reação intensa de medo, desamparo ou horror, que persiste por muito tempo depois do ocorrido.
As pessoas com TEPT podem reviver o trauma em pensamentos intrusivos, flashbacks ou pesadelos, que provocam angústia e sofrimento. Elas também podem evitar situações, lugares ou pessoas que lembrem o evento traumático, e se isolar socialmente. Além disso, podem apresentar sintomas físicos de hiperexcitabilidade, como:
O TEPT pode afetar pessoas de qualquer idade e surgir meses ou anos após o trauma. Estima-se que entre 15% e 20% das pessoas que passam por situações traumáticas desenvolvem esse distúrbio em algum momento da vida. No entanto, muitas só procuram ajuda profissional dois anos depois das primeiras crises.
De acordo com artigo publicado na Dialogues in Clinical Neuroscience, a resposta clássica de luta ou fuga à ameaça percebida é um fenômeno nervoso que desenvolvemos ao longo do tempo, com objetivo de sobrevivência em termos evolutivos. No entanto, os sistemas que organizam os comportamentos reflexivos de sobrevivência após a exposição à ameaça percebida podem, em algumas circunstâncias, tornar-se desregulados.
A desregulação crônica desses sistemas pode levar ao comprometimento funcional em certos indivíduos. A susceptibilidade ao TEPT pode variar de pessoa para pessoa e ser influenciada por diversos fatores, incluindo:
Características individuais, como resiliência e habilidades de enfrentamento também podem influenciar a possibilidade de uma pessoa desenvolver TEPT.
De acordo com o NHS, para a grande maioria da população, o trauma psicológico provocado pela experiência de uma ameaça profunda limita-se a um distúrbio agudo e transitório.
Embora transitório, pode ser bastante desagradável. As reações ao evento podem ser tipicamente agrupadas em três domínios principais:
Essas reações, em geral, provocam mínimo comprometimento funcional ao longo do tempo.
Para uma minoria significativa da população, o trauma psicológico provocado pela experiência de ameaça profunda leva a esta síndrome de longo prazo com um prejuízo funcional devastador. O TEPT é caracterizado pela presença dos sinais e sintomas descritos acima por um período que se estende além de 1 mês após a exposição traumática, como uma forma de adaptação persistente e anormal dos sistemas neurobiológicos ao estresse do trauma testemunhado.
Uma pessoa com TEPT também pode apresentar sintomas de esquiva, como:
Comportamentos de hipervigilância e respostas de sobressalto exageradas também podem estar presentes.
O curso do transtorno varia. Algumas pessoas se recuperam dentro de 6 meses, enquanto outras têm sintomas que duram 1 ano ou mais. Pessoas com TEPT geralmente têm condições co-ocorrentes, como depressão, uso de substâncias ou um ou mais transtornos de ansiedade.
Se você vivenciou um evento traumático ou conhece alguém que pode estar passando por TEPT, a coisa mais importante é obter o diagnóstico e o tratamento corretos. Algumas pessoas podem precisar de ajuda para marcar uma consulta com seu profissional de saúde; outros podem se beneficiar de ter alguém que os acompanhe em suas consultas.
Continue acompanhando nosso blog, pois em nosso próximo artigo vamos explicar sobre Diagnóstico e Tratamentos para o TEPT.
Se você enfrenta qualquer desses sintomas, saiba que há tratamentos eficazes. Negar essa condição pode prejudicar sua vida íntima e profissional. Você pode reconquistar sua qualidade de vida, com a ajuda de profissionais de saúde capacitados para este objetivo.
Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP e cuida pessoas com condições neurológicas diversas.
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