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Diagnóstico e Tratamento da Neuropatia Ulnar

Dr Diego de Castro
06/04/2022
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Assim como em qualquer distúrbio nervoso, o Diagnóstico e o Tratamento da Neuropatia Ulnar requer uma compreensão cuidadosa dos sintomas experimentados pelo paciente e um exame físico minucioso para testar a função dos nervos e identificar a melhor forma de tratamento da disfunção nervosa.

Segundo a Cleveland Clinic, várias abordagens podem ser utilizadas, sendo que os resultados para todas elas podem ser satisfatórios, quando bem avaliadas e realizadas no momento indicado.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre diagnóstico e tratamento da Neuropatia Ulnar.

Diagnóstico da Neuropatia Ulnar

Se uma pessoa apresenta algum dos sintomas de neuropatia ulnar por mais de algumas semanas, deve procurar ajuda médica. Da mesma forma, qualquer sintoma grave de neuropatia ulnar necessita de atenção médica prontamente.

Segundo a American Academy of Orthopaedic Surgeons, um diagnóstico adequado envolve:

  • Avaliação da saúde geral e do histórico médico
  • Exame físico e neurológico
  • Realização de exames de imagem.

É importante determinar quando os sintomas começaram, se eles são transitórios ou contínuos, e se estão relacionados ao trabalho, sono ou recreação.

O diagnóstico começa com algumas perguntas sobre a saúde geral do paciente, seu histórico médico e medicamentos que possa estar tomando. A seguir, o médico realiza um exame físico, em que analisa padrões de sensibilidade e função do braço e mão.

Existem alguns testes simples que ajudam seu médico a avaliar a força dos dedos e das mãos. Eles incluem:

  • Teste de Froment: Consiste em observar o paciente segurando uma folha de papel entre o polegar e o indicador. Por meio deste teste, é possível identificar uma capacidade enfraquecida de beliscar, caracterizada pela flexão da ponta do polegar.
  • Teste de Tinel: Consiste em tocar na articulação do cotovelo, por onde passa o nervo ulnar. Uma sensação de choque no dedo mínimo ou anelar pode sugerir um problema nervoso.
  • Sinal de Wartenberg: Consiste em separar os dedos do paciente e solicitar que ele junte-os novamente. A incapacidade de trazer o dedo mínimo junto aos outros dedos da mão pode indicar comprometimento ulnar.

Adicionar informações de exames complementares pode ajudar a localizar a lesão ulnar. Entre os exames que podem ser realizados, podemos citar:

  • Exames de imagem - Um raio-X pode ser útil para identificar deformidades ósseas, fraturas ou outras estruturas anormais que podem estar causando irritação no nervo ulnar.
    • Outras modalidades de imagem, como ressonância magnética e tomografia, são menos utilizadas para avaliar um problema do nervo ulnar, mas podem ser úteis se houver preocupação com a possibilidade de cisto, tumor ou outra massa estar causando compressão no nervo.
  • Eletroneuromiografia - Estudos de condução nervosa podem determinar como o nervo está funcionando, para identificar onde ele está sendo comprimido. Durante este exame, o nervo recebe um estímulo, e medimos o tempo que leva para haver uma resposta sobre o músculo.
    • Estudos de condução nervosa também podem determinar se a compressão está causando danos musculares. Durante o teste, pequenas agulhas são colocadas em alguns dos músculos que recebem estímulo do nervo ulnar. Danos musculares são um sinal de compressão nervosa mais grave.
eletroneuromiografia é importante no diagnóstico da neuropatia ulnar
A eletroneuromiografia é importante no diagnóstico da neuropatia ulnar, pois ajuda a identificar o local da compressão nervosa.

Tratamento da Neuropatia Ulnar

O objetivo do tratamento é proporcionar a máxima funcionalidade possível à mão e ao braço do paciente. A menos que a compressão nervosa tenha causado muitos problemas musculares, recomendamos inicialmente o tratamento não cirúrgico.

Conforme artigo publicado na Frontiers in Neurology, o tratamento conservador inclui:

  • Uso de medicamentos anti-inflamatórios
  • Terapia manual
  • Uso de tala
  • Exercício e mobilização neurodinâmica
  • Eletroterapia
  • Terapia de ondas de choque
  • Injeções de esteroides, geralmente em conjunto com um anestésico local.

Um componente fundamental do tratamento é instruir o paciente sobre posições de risco para o braço, juntamente com situações e movimentos que devem ser evitados.

Na maioria dos casos, o tratamento não cirúrgico não tem a eficácia esperada para pacientes com sintomas persistentes.

Se a terapia conservadora não aliviar os sintomas, a decisão de proceder à liberação ulnar ou à cirurgia de descompressão deve ser considerada.

Tratamento Cirúrgico

Conforme artigo publicado na Current Reviews in Musculoskeletal Medicine, a cirurgia é indicada para pacientes com:

  • Fraqueza dos dedos no exame clínico
  • Dormência persistente e formigamento nos dedos
  • Anormalidades graves encontradas no estudo de condução nervosa (EMG).

Entre os procedimentos cirúrgicos que ajudam a aliviar a pressão sobre o nervo ulnar, podemos destacar:

  • Liberação do túnel cubital - Este procedimento aumenta o tamanho do túnel cubital e diminui a pressão sobre o nervo.
  • Transposição anterior do nervo ulnar - Consiste em mover o nervo ulnar para um novo local à sua frente, evitando que ele fique preso no cume ósseo e estique ao dobrar o cotovelo.
  • Epicondilectomia medial - Esta cirurgia remove parte do epicôndilo medial (uma pequena extremidade do úmero). Com essa técnica, evitamos que o nervo fique preso na crista óssea e se estique ao dobrar o cotovelo.

Se o nervo estiver muito comprimido ou se houver perda muscular, o nervo pode não ser capaz de voltar à sua funcionalidade normal, e alguns sintomas podem permanecer mesmo após a cirurgia. Os nervos se recuperam lentamente, e pode levar algum tempo para saber qual o resultado após a cirurgia.

O paciente poderá usar a mão de forma normal, apenas evitando movimentos repetitivos do braço e levantamento de peso por pelo menos 3 meses. A realização fisioterapia é fundamental para a recuperação de força e movimento no braço.

Dependendo do tipo de cirurgia, pode ser necessário usar uma tala por algumas semanas após o procedimento.

Como em qualquer tipo de cirurgia, há sempre uma chance de complicação. Esses riscos, no entanto, são baixos na cirurgia do nervo ulnar.

Prevenção e Autocuidado

A National Library of Medicine recomenda algumas práticas de autocuidado que podem ajudar a evitar o desenvolvimento de neuropatia ulnar, reduzir os sintomas quando já existe algum nível de compressão e também colaborar com a recuperação, quando a cirurgia foi realizada:

  • Realizar pausas para esticar os braços quando estiver envolvido em atividades que mantenham os cotovelos dobrados por um longo período de tempo
  • Não apoiar os cotovelos em uma cadeira de escritório ou mesa enquanto digita ou trabalha no computador
  • Evitar dormir com o cotovelo dobrado. Em lojas de equipamentos cirúrgicos, é possível encontrar dispositivos que ajudem nessa tarefa.

Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista

Dr Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP e se dedica integralmente ao universo do diagnóstico e assistência. À frente do Serviço de Especialidades Neurológicas, oferece um serviço de qualidade em diagnóstico de neuropatias e outras condições neurológicas.

Médico especialista em Eletroneuromiografia e Doenças Neuromusculares e à frente do Serviço de Eletroneuromiografia SP - Dr Diego de Castro, realiza o exame de eletroneuromiografia em São Paulo e Vitória - ES com qualidade reconhecida pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica.

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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