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Enxaqueca Menstrual - É Possível Tratar e Prevenir

Dr Diego de Castro
26/08/2020
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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Segundo a Mayo Clinic, muitas mulheres com enxaqueca relatam dores de cabeça antes ou durante a menstruação. A enxaqueca durante a menstruação tende a ser mais grave, mais difícil de tratar e muitas vezes recorrente, mesmo apesar dos medicamentos.

Infelizmente, muitas mulheres acreditam que, como há pouco a se fazer sobre o seu ciclo menstrual, então não há muito que você possa fazer sobre suas crises de enxaqueca menstrual. No entanto, há uma série de opções para tratar e prevenir crises de enxaqueca menstrual.

Para entender como e por que esses tratamentos podem ajudar, é importante compreender o que acontece durante o ciclo menstrual e como isto afeta suas dores de cabeça. Neste artigo, conheça as explicações do Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP sobre este assunto.

Como o Ciclo Menstrual Influencia na Enxaqueca

Conforme a National Headache Foundation, mulheres que experimentam enxaqueca menstrual podem ser sensíveis às flutuações hormonais pouco antes do início da menstruação, quando há uma queda natural nos níveis de progesterona.

Os dois hormônios femininos importantes envolvidos são progesterona e estrogênio.

  • Progesterona - hormônio esteroide natural envolvido no ciclo menstrual feminino que estimula o útero a se preparar para a gravidez.
  • Estrogênios - grupo de compostos importantes nos ciclos menstrual e reprodutivo e que promovem o desenvolvimento e manutenção das características femininas do corpo.

Ao longo do ciclo menstrual natural, os níveis desses hormônios flutuam. Vários estudos confirmam que a enxaqueca é mais provável de ocorrer em associação com a queda do estrogênio na fase folicular do ciclo menstrual. Curiosamente, não foi encontrada uma relação clara entre progesterona e enxaqueca.

A abstinência de estrogênio não é o único gatilho para enxaqueca menstrual. A enxaqueca menstrual está associada a cólicas menstruais, condições dolorosas que respondem a anti-inflamatórios não esteroides. Isso sugere o envolvimento de prostaglandinas. Prostaglandinas são substâncias geradas pelo próprio organismo no local em que ocorreu uma lesão, para ajudar a controlar a inflamação, o fluxo sanguíneo, e a formação de coágulos sanguíneos.

Quando a Enxaqueca Menstrual Ocorre

Informações da American Headache Society explicam que ao longo do ciclo menstrual, as menstruações ocorrem normalmente do dia 1 ao dia 5. É aqui que até 40% das mulheres relataram uma crise de enxaqueca. Nos três dias anteriores, a incidência de enxaqueca em mulheres aumenta em aproximadamente 10% a 25%.

Saber quando ocorre a enxaqueca menstrual também ajuda a determinar a melhor estratégia de prevenção.

Uma boa maneira de determinar quando seus ataques de enxaqueca estão ocorrendo é mantendo um registro de pelo menos 3 ciclos menstruais para rastrear exatamente quando ocorreram. Lembre-se de observar os dias exatos do seu ciclo o mais próximo possível.

Diagnóstico

Para diagnosticar a enxaqueca menstrual, é necessário avaliar o histórico da paciente e analisar seu diário da enxaqueca. Também é importante fazer investigações ou exames adicionais para descartar quaisquer outras causas primárias de enxaqueca.

Confiar apenas na memória é considerado insuficiente e um diário ao longo de pelo menos dois a três ciclos menstruais consecutivos é considerado a melhor prática.

Gerenciamento da Enxaqueca Menstrual

Conforme a American Migraine Foundation, estratégia mais eficaz para gerenciar a enxaqueca menstrual depende de vários fatores:

  • Como os tratamentos agudos funcionam para a paciente
  • Previsibilidade e regularidade do ciclo menstrual
  • Uso ou necessidade de contracepção
  • A presença de distúrbios hormonais ou sintomas de início da menopausa.

Tratamento Agudo

Os mesmos tratamentos indicados para enxaqueca aguda podem ser usados para tratar enxaqueca menstrual.

Tratamento Preventivo

Aquelas que têm enxaqueca frequente ao longo de seu ciclo, independentemente da relação com a menstruação, provavelmente se beneficiarão de estratégias de prevenção.

Se o tratamento preventivo reduz a frequência e a gravidade dos ataques não menstruais, mas não os ataques menstruais, então uma estratégia preventiva perimenstrual é indicada.

Prevenção Perimenstrual

O prefixo "peri" refere-se à prevenção em torno da menstruação. São tratamentos de curto prazo que visam o tempo de aumento do risco durante o ciclo. Isso difere das estratégias preventivas padrão que continuam de forma contínua durante todo o ciclo.

Prevenção Combinada aos Contraceptivos

Para mulheres que também precisam de contracepção, existem várias estratégias que também podem beneficiar no controle da enxaqueca.

Prevenção da Enxaqueca Combinada aos Contraceptivos

A retirada de estrogênio durante o intervalo sem hormônios pode desencadear ataques de enxaqueca, mas isso pode ser evitado usando suplementos de estrogênio.

O uso contínuo combinado de contraceptivos hormonais são bem tolerados. Algumas evidências sugerem que se a menstruação é evitada consistentemente, então isso pode beneficiar o tratamento da enxaqueca.

Efeitos Adversos

Informações do NHS alertam que os contraceptivos hormonais combinados estão associados a um aumento do risco de AVC. Esse risco não deve ser uma preocupação significativa para pacientes sem outros fatores de risco cardiovasculares. As pacientes devem ser examinadas por esses fatores de risco antes da prescrição.

Fatores de risco cardiovasculares comuns:

  • Pressão alta
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Colesterol Alto
  • Diabetes
  • Histórico familiar de eventos cardiovasculares
  • Enxaqueca com aura
  • Má alimentação
  • Falta de atividade física

A presença de enxaqueca com aura está associada a um duplo aumento no risco de AVC. Portanto, pacientes com enxaqueca com aura não são aconselhadas a adicionar mais risco tomando contraceptivos hormonais combinados.

A cirurgia de histerectomia pode aumentar o risco de enxaqueca. Portanto, a cirurgia não é recomendada como tratamento ou prevenção da enxaqueca menstrual.

Tratamentos Complementares

Existem muitas abordagens diferentes para ajudar a gerenciar a enxaqueca menstrual:

Cuidados Alimentares

Manter um diário alimentar é altamente recomendado. Tenha cuidado para incluir em seu diário não apenas o que você come, mas também registrar outros fatores que podem afetar seus ataques de enxaqueca.

As dietas eliminatórias podem ser complicadas e há um risco de desnutrição. Assim, é importante buscar apoio profissional qualificado.

Outra estratégia simples de prevenção alimentar é simplesmente uma questão de beber água suficiente, especialmente durante a menstruação.

Equilíbrio Hormonal

Os níveis de estrogênio requerem uma regulação mais rigorosa em comparação com outros hormônios do seu corpo. Se esse equilíbrio está ligeiramente fora do que seu corpo exige, você pode sentir desconfortos como TPM, sensibilidade mamária, dores de cabeça e, em mulheres suscetíveis, ataques de enxaqueca.

É uma boa ideia consultar um profissional de saúde que tenha experiência com enxaqueca menstrual e que entenda os hormônios femininos. Procure um especialista em dor de cabeça, ginecologista certificado ou endocrinologista que tenha um bom histórico com enxaqueca menstrual.

Mudanças no Estilo de Vida

Os níveis certos de sono e exercício são vitais para a saúde cerebral e controle da enxaqueca:

  • O exercício promove um metabolismo saudável, equilíbrio hormonal, reduz o estresse, auxilia no sono, estabiliza seu humor e lhe dá uma sensação geral de bem-estar
  • O sono é uma função restauradora para cérebro e corpo. Não se trata apenas de dormir o suficiente todas as noites. É sobre o quão regular é o seu ciclo de sono/vigília e sobre a qualidade do sono.

Muitas vezes, são as coisas que consumimos ou fazemos sem saber que exacerbam a enxaqueca. Identificar e modificar esses fatores pode fornecer os resultados mais satisfatórios e sustentáveis.

Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista

Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP e se dedica a cuidar de pacientes com dor de cabeça e outras condições neurológicas.

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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