O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) pode transformar pensamentos e comportamentos em um ciclo difícil de quebrar, afetando a rotina e o bem-estar. Cerca de 70% das pessoas com TOC experimentam pelo menos algum benefício com terapia cognitivo-comportamental, medicação ou uma combinação dessas abordagens.
No entanto, para aqueles que não se beneficiam desses tratamentos, as alternativas eram limitadas até que a estimulação magnética transcraniana (EMT) progrediu de um tratamento puramente experimental para uma terapia apoiada por estudos de pesquisa que demonstram sua eficácia. Atualmente, ela é aprovada pelo FDA para TOC resistente.
Neste artigo, Dr. Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica como a EMT para TOC funciona e como ela pode ajudar pacientes com esta condição.
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A estimulação magnética transcraniana é um tratamento não invasivo que usa pulsos magnéticos para regular a atividade cerebral. Segundo a International OCD Foundation, ela modula áreas do cérebro envolvida em funções executivas, humor e comportamentos relacionados ao TOC (transtorno obsessivo-compulsivo).
Durante o tratamento, os pacientes sentam-se em uma cadeira enquanto um dispositivo é posicionado na parte externa de sua cabeça. Dentro do dispositivo há uma bobina que, ao receber a corrente elétrica, gera um campo magnético.
O campo magnético passa pelo cabelo, couro cabeludo e crânio. Ao chegar no cérebro, o campo magnético altera a atividade cerebral. Este campo magnético pode ser direcionado para alcançar e modular áreas específicas do cérebro, incluindo aquelas envolvidas no TOC.
As sessões duram 20 a 40 minutos, geralmente por 4 a 6 semanas. O paciente pode sentir uma sensação de batida na cabeça durante o tratamento, mas as pessoas que recebem EMT não estão recebendo um "choque" pela eletricidade.
Não é necessário sedação durante o procedimento, o desconforto geralmente é leve e os pacientes podem retornar às suas atividades normais imediatamente.
Na estimulação magnética transcraniana para TOC, uma bobina magnética é posicionada na cabeça para estimular áreas cerebrais ligadas a obsessões e compulsões. Artigo publicado no The journal of ECT explica que a EMT atua por meio da aplicação de pulsos magnéticos em regiões específicas do cérebro.
Dependendo do protocolo (frequência 'Hz' dos estímulos), a EMT pode aumentar ou diminuir a atividade dessas regiões. No caso do TOC, existe uma hiperatividade em circuitos como o córtico-estriato-talâmico, e a EMT é empregada (geralmente com baixa frequência 'Hz') para reduzir essa hiperatividade, ajudando a normalizar o funcionamento cerebral e aliviar os sintomas do transtorno.
Aprovada pelo FDA em 2018, e desde então ela vem se mostrando uma alternativa promissora de tratamento para os pacientes com TOC que não obtiveram resultados satisfatórios com outras terapias.
A estimulação magnética transcraniana é ideal para quem não responde a medicamentos ou terapia cognitivo-comportamental. A Mayo Clinic destaca que ela beneficia:
Antes de iniciar as sessões de EMT, o neurologista avalia seus sintomas e histórico médico. Com base nesta avaliação inicial, ele planeja as sessões e monitora os resultados. Quando combinamos ciência e cuidado ao planejar uma abordagem terapêutica, obtemos os melhores resultados.
A EMT oferece alívio sem os efeitos colaterais de medicamentos. A Cleveland Clinic lista seus benefícios:
Muitos pacientes sentem menos ansiedade associada ao TOC, especialmente quando a EMT é combinada com terapia. Os principais benefícios da combinação apontados pela literatura incluem:
Artigo publicado no International Journal of Clinical and Health Psychology explica que a EMT favorece a plasticidade e o equilíbrio dos circuitos cerebrais, enquanto a psicoterapia, como a TCC, aproveita essa "janela de flexibilidade" para direcionar as mudanças de padrões de pensamento e comportamento, tornando os resultados mais robustos e duradouros.
A EMT é segura, com efeitos leves como dor de cabeça ou desconforto no couro cabeludo. Raramente, pode causar tontura.
O risco de convulsões é mínimo, especialmente quando realizada de acordo com protocolos rigorosos e após uma avaliação cuidadosa.
Preparar-se para a estimulação magnética transcraniana é simples. A Johns Hopkins Medicine sugere as seguintes práticas:
As sessões são feitas em uma cadeira confortável. Em algumas situações, pode ser necessário deitar-se, também confortavelmente. Você pode sentir os cliques da bobina em seu couro cabeludo, mas sem dor.
Se o TOC interfere na sua vida, a EMT pode ser uma solução. Consulte um neurologista se:
A estimulação magnética transcraniana para TOC é uma terapia segura e eficaz, aprovada para casos resistentes. Com sessões curtas, ela reduz obsessões e compulsões, melhorando a qualidade de vida. Se você está em Vitória ou São Paulo, estamos à disposição para avaliar se a EMT pode ser indicada para você.
Não deixe o TOC limitar sua vida. Agende uma consulta e descubra como a EMT pode ajudar.
Referências
Dr Diego de Castro é Neurologista e neurofisiologista pela USP e cuida de pessoas com diferentes condições neurológicas por meio de estimulação magnética transcraniana e outras técnicas de neuromodulação.
Saiba mais sobre depressão e outras condições neurológicas, lendo nossos artigos:
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