Segundo a Mayo Clinic, a Fibromialgia é uma condição de saúde crônica que causa dor limitante e hipersensibilidade em todo o corpo. Além dos sintomas de dor difusa, a fibromialgia é caracterizada por:
Na maioria das vezes, a fibromialgia afeta mulheres. Geralmente começa na idade adulta, mas pode ocorrer em adolescente e idosos.
A fibromialgia é uma doença complexa cujo diagnóstico e tratamento podem ser um desafio e depender de diversos fatores.
Neste artigo, Dr Diego de Castro Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica a fibromialgia, seus sintomas, diagnóstico e formas de tratamento.
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As causas da fibromialgia ainda não estão completamente esclarecidas. Pesquisas atuais sugerem o envolvimento do sistema nervoso central em um processo denominado “sensibilização central”. Entenda a causa da fibromialgia:
Uma pessoa tem maior risco de fibromialgia se apresentar uma doença reumática (problema de saúde que afeta as articulações, músculos e ossos como osteoartrite, lúpus, artrite reumatoide ou espondilite anquilosante). Também existe uma predisposição genética, pois pessoas com familiares com fibromialgia têm mais risco e propensão de desenvolver a doença.
Os principais sintomas da fibromialgia são:
Os efeitos desses sintomas variam de pessoa para pessoa e também podem variar em um mesmo paciente de dia para dia. Frequentemente, os sintomas podem se tornar repentinamente piores. Além disso, há variação dos sintomas também com o clima.
As pessoas com fibromialgia costumam dizer que a fadiga é a pior parte da condição e que elas parecem incapazes de pensar com clareza ou de se lembrar das coisas adequadamente.
Quanto a dor, pode afetar todo o seu corpo ou pode ser extremamente desconfortável em apenas algumas áreas. Outros sintomas da fibromialgia incluem:
O diagnóstico da fibromialgia é baseado essencialmente na história do paciente e no seu relato clínico.
Outras condições, como hipotireoidismo, polimialgia reumática, artrite reumatoide ou lúpus, às vezes imitam a fibromialgia. Os exames de sangue podem dizer se você tem um desses problemas.
O exame de eletroneuromiografia (ENMG) é solicitado sempre diante de suspeita de lesão dos grandes nervos (neuropatias) ou doenças musculares (miopatias) de qualquer parte do corpo. Por esse motivo, ele é importante para avaliar se os sintomas de dor ou fadiga referidos pelo paciente estão relacionados a lesão dessas estruturas.
O exame de eletroneuromiografia é realizado toda vez em que se suspeita da presença de lesão nos nervos dos braços ou pernas. O Testes de condução nervosa e os estudos da eletroneuromiografia (EMG) são procedimentos importantes para avaliar possíveis distúrbios do sistema nervoso periférico (SNP) envolvidos na fibromialgia.
No entanto, a eletroneuromiografia na maioria das vezes é normal nos pacientes com fibromialgia. Ela ajuda a demonstrar que não há lesão dos grandes nervos das mãos e dos pés.
Os testes da ENMG podem ser considerados uma extensão do exame neurológico clínico, sendo solicitado por muitos profissionais de saúde de todas as especialidades.
Saiba mais sobre o exame de eletroneuromiografia assistindo a este vídeo:
O tratamento da fibromialgia requer muita dedicação e força de vontade. Os pacientes devem aderir firmemente as recomendações médicas para alcançar a melhora dos sintomas.
O tratamento não é capaz de curar a doença, mas melhora muito a qualidade de vida dos pacientes. No geral, os sintomas da fibromialgia podem ser tratados com medicamentos e métodos não farmacológicos. Os melhores resultados são alcançados usando uma combinação de terapias.
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou duas classes de medicamentos para o tratamento da fibromialgia:
Para problemas de sono, alguns dos medicamentos que tratam a dor também melhoram o sono. Não é recomendado que pacientes com fibromialgia tomem medicamentos específicos para dormir, como os benzodiazepínicos.
Nenhum paciente com fibromialgia melhora apenas com remédios. As pessoas com fibromialgia devem sempre usar tratamentos não medicamentosos, o que inclui:
É importante abordar os fatores de risco e desencadeadores da fibromialgia, incluindo distúrbios do sono, como apneia do sono e problemas de humor, como estresse, ansiedade, transtorno do pânico e depressão.
Embora a fibromialgia afete a qualidade de vida, ela é considerada clinicamente benigna. Não causa morte, ataques cardíacos, AVC, câncer, deformidades físicas ou perda de vida. Assim, as práticas de tratamento devem envolver o autocuidado, no sentido melhorar os sintomas e a função diária.
Em conjunto com o tratamento médico, comportamentos de estilo de vida saudáveis reduzem a dor, aumentam a qualidade do sono, diminuem a fadiga e ajudam você a lidar melhor com a fibromialgia. Aqui estão algumas dicas para viver com fibromialgia:
Dr Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP especialista em eletroneuromiografia e doenças neuromusculares.
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Entendendo que a dor de cada paciente é única, no Serviço de Especialidades Neurológicas, elaboramos um plano de tratamento individualizado para cada paciente:
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Na realidade estou escrevendo para elogiar o artigo. Muito esclarecedor. Eu ainda choro quando leio sobre a fibromialgia. Porque assim como a depressao que também tenho, não é uma doença palpável e somos muito julgados até mesmo pela família. Não é fácil conviver com isso e ainda lidar com julgamentos alheios. Mas saber que há pessoas engajadas em nos ajudar nos fortalece. Obrigada.
Obrigado Suyanne! Nossa meta é disponibilizar informação de qualidade e trazer coragem aos corações das pessoas! Obrigado pelo elogio! Abraço
Bom artigo sou a Regina Helena, e gostei muito deste artigo em seu site, tem muita qualidade parabéns vou acompanhar seus artigos, para saber mais dicas.
Olá Dr Diego.
Tenho fibromialgia...
Minha mãe tinha mal de parkinson... São doenças distintas, mas podem estar relacionadas?
Na família, apenas eu tenho fibromialgia...
Obrigada
Olá Maria! São doenças distintas e não tem relação. Assista o video sobre novos tratamentos para fibromialgia no canal: https://youtube.com/shorts/wU_JZMZd8Kc?feature=share