Segundo a Parkinson's Foundation, a redução ou perda de olfato na doença de Parkinson é um sintoma comum, com até 95% dos pacientes experimentando-o em algum grau. Pode ser um dos primeiros sintomas, e as pessoas muitas vezes relatam sentir perda de olfato antes mesmo de ter qualquer dificuldade com o movimento.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a perda do olfato na doença de Parkinson e como lidar com este sintoma.
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De acordo com a Michael J. Fox Foundation, exatamente por que o olfato é prejudicado no Parkinson ainda não é completamente compreendido. Uma teoria popular é que a proteína alfa-sinucleína começa a se aglomerar no cérebro de pessoas com Parkinson na região do bulbo olfativo (a parte do cérebro que controla o olfato) antes de migrar para outras regiões do cérebro.
Também chamada hiposmia, a perda de olfato pode afetar a qualidade de vida, já que nosso senso de paladar é aprimorado pela capacidade de cheirar. Então a hiposmia pode levar a uma redução do prazer em alimentar-se e redução do apetite.
Além disso, a perda de olfato pode afetar sua segurança. Por exemplo, ser incapaz de sentir o cheiro de comida queimando. Também pode afetar seu humor, relacionamentos e qualidade de vida geral.
A Parkinson's Europe explica que os sintomas motores aparecem apenas quando 50-60% das células produtoras de dopamina são perdidas na área da substância negra do cérebro. Estudos têm mostrado que a fase pré-motora (o tempo antes do aparecimento dos sintomas motores) dura cerca de cinco anos ou mais e estima-se que, em alguns casos, a perda do olfato pode ocorrer até 10 anos antes do diagnóstico de Parkinson.
É durante essa fase pré-motora que as primeiras alterações no cérebro poderiam ser detectadas se sintomas muito precoces, como perda do olfato, fossem identificados. Portanto, acredita-se que a triagem, usando testes de olfato confiáveis antes que os sintomas motores típicos sejam óbvios, poderia ajudar na detecção precoce do Parkinson ou na identificação daqueles com maior risco de desenvolver a condição.
Testes de olfato confiáveis são importantes porque a perda de olfato muitas vezes permanece não detectada e geralmente é gradual. Um teste de olfato confiável pode ser inestimável para contribuir para o diagnóstico precoce e tratamento imediato.
Conforme a Parkinson's UK, infelizmente, não existem tratamentos para a perda do olfato. Além disso, é um sintoma que não responde à medicação para tratar a doença de Parkinson. Mas existem estratégias que você pode colocar em prática para conviver com este sintoma sem que ele afete sua segurança e qualidade de vida:
Lembrando sempre que essas recomendações devem ser adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa com Parkinson, e é fundamental que a orientação de profissionais de saúde seja buscada para personalizar a abordagem de acordo com a situação específica. Mantenha consultas médicas regulares para revisão e ajuste das estratégias de segurança conforme necessário.
Dr Diego de Castro dos Santos cuida de pessoas com Doença de Parkinson, uma doença especialmente desafiadora, tanto para o paciente quanto para a equipe que o atende.
Atualmente é neurologista colaborador do Hospital das Clínicas da USP onde atua na reabilitação neurológica na Doença de Parkinson por meio de neuromodulação (Estimulação Cerebral Profunda) e Toxina Botulínica.
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No Espírito Santo em Vitória ES, Dr Diego de Castro também realiza tratamento e atendimento especializado às pessoas com doença de Parkinson, no Serviço de Especialidades Neurológicas, em Vitória, na Enseada do Suá, próximo ao Shopping Vitória.
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