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Perda de Olfato na Doença de Parkinson

Dr Diego de Castro
21/02/2024
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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Segundo a Parkinson's Foundation, a redução ou perda de olfato na doença de Parkinson é um sintoma comum, com até 95% dos pacientes experimentando-o em algum grau. Pode ser um dos primeiros sintomas, e as pessoas muitas vezes relatam sentir perda de olfato antes mesmo de ter qualquer dificuldade com o movimento.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a perda do olfato na doença de Parkinson e como lidar com este sintoma.

Perda de Olfato na Doença de Parkinson

De acordo com a Michael J. Fox Foundation, exatamente por que o olfato é prejudicado no Parkinson ainda não é completamente compreendido. Uma teoria popular é que a proteína alfa-sinucleína começa a se aglomerar no cérebro de pessoas com Parkinson na região do bulbo olfativo (a parte do cérebro que controla o olfato) antes de migrar para outras regiões do cérebro.

Também chamada hiposmia, a perda de olfato pode afetar a qualidade de vida, já que nosso senso de paladar é aprimorado pela capacidade de cheirar. Então a hiposmia pode levar a uma redução do prazer em alimentar-se e redução do apetite.

Além disso, a perda de olfato pode afetar sua segurança. Por exemplo, ser incapaz de sentir o cheiro de comida queimando. Também pode afetar seu humor, relacionamentos e qualidade de vida geral.

Quando a Perda de Olfato Aparece na Doença de Parkinson

A Parkinson's Europe explica que os sintomas motores aparecem apenas quando 50-60% das células produtoras de dopamina são perdidas na área da substância negra do cérebro. Estudos têm mostrado que a fase pré-motora (o tempo antes do aparecimento dos sintomas motores) dura cerca de cinco anos ou mais e estima-se que, em alguns casos, a perda do olfato pode ocorrer até 10 anos antes do diagnóstico de Parkinson.

É durante essa fase pré-motora que as primeiras alterações no cérebro poderiam ser detectadas se sintomas muito precoces, como perda do olfato, fossem identificados. Portanto, acredita-se que a triagem, usando testes de olfato confiáveis antes que os sintomas motores típicos sejam óbvios, poderia ajudar na detecção precoce do Parkinson ou na identificação daqueles com maior risco de desenvolver a condição.

Testes de olfato confiáveis são importantes porque a perda de olfato muitas vezes permanece não detectada e geralmente é gradual. Um teste de olfato confiável pode ser inestimável para contribuir para o diagnóstico precoce e tratamento imediato.

Perda de Olfato na Doença de Parkinson

Como Gerenciar a Perda de Olfato na Doença de Parkinson

Conforme a Parkinson's UK, infelizmente, não existem tratamentos para a perda do olfato. Além disso, é um sintoma que não responde à medicação para tratar a doença de Parkinson. Mas existem estratégias que você pode colocar em prática para conviver com este sintoma sem que ele afete sua segurança e qualidade de vida:

  • Reconhecimento e Aceitação: é importante reconhecer e aceitar a perda de olfato como parte da sua condição, mas lembrando-se de que isso não define sua identidade.
  • Segurança Alimentar: procure escolher alimentos com base em textura, sabor e temperatura, uma vez que a percepção do aroma é limitada.
  • Experimente utilizar marcadores de sabor: utilize condimentos, ervas, especiarias e temperos mais intensos para realçar os sabores dos alimentos. Mas tome cuidado para não exagerar, caso você cozinhe para outras pessoas também.
  • Variedade na Alimentação: garanta que você utiliza uma ampla variedade de alimentos em sua dieta, para que ela seja equilibrada, mesmo sem a percepção do aroma. Você pode contar com a ajuda de um nutricionista para elaborar um plano alimentar adequado.
  • Aproveite o Prazer Social das Refeições: a interação e a companhia na participação em refeições sociais podem compensar a falta de prazer sensorial na comida.
  • Aproveite Outros Sentidos: lembre-se da importância de apreciar a comida por meio de outros sentidos, como a textura na boca, a temperatura e a apresentação visual dos pratos.
  • Apoio Psicológico: obter apoio psicológico por meio da psicoterapia pode lhe ajudar a lidar com as mudanças na percepção sensorial e explorar estratégias para lidar com sentimentos de frustração ou isolamento.
  • Tenha cuidado ao cozinhar: Certifique-se de verificar seus alimentos em intervalos regulares para garantir que eles não estejam queimando. Você pode definir alarmes para ajudá-lo a se lembrar de fazer isso. Certifique-se de que seus alarmes de fumaça estejam sempre totalmente operacionais.
  • Mantenha uma comunicação aberta com familiares, amigos ou cuidadores sobre suas necessidades e desafios específicos de segurança.

Lembrando sempre que essas recomendações devem ser adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa com Parkinson, e é fundamental que a orientação de profissionais de saúde seja buscada para personalizar a abordagem de acordo com a situação específica. Mantenha consultas médicas regulares para revisão e ajuste das estratégias de segurança conforme necessário.

Dr Diego de Castro Neurologista & Neurofisiologista Especialista em Doença de Parkinson

Dr Diego de Castro dos Santos cuida de pessoas com Doença de Parkinson, uma doença especialmente desafiadora, tanto para o paciente quanto para a equipe que o atende.

Atualmente é neurologista colaborador do Hospital das Clínicas da USP onde atua na reabilitação neurológica na Doença de Parkinson por meio de neuromodulação (Estimulação Cerebral Profunda) e Toxina Botulínica.

Acesse mais nossos artigos sobre a doença de Parkinson:

Endereço: Rua Itapeva, 518 - sala 901
Bela Vista
São Paulo - SP, 01332-904

Telefone: (11) 3504-4304

Dr Diego de Castro - Tratamento da Doença de Parkinson em Vitória ES

No Espírito Santo em Vitória ES, Dr Diego de Castro também realiza tratamento e atendimento especializado às pessoas com doença de Parkinson, no Serviço de Especialidades Neurológicas, em Vitória, na Enseada do Suá, próximo ao Shopping Vitória.

Avenida Américo Buaiz, 501 – Ed. Victória Office Tower Leste, Sala 109 - Enseada do Suá, Vitória - ES, 29050-911

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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