Espasmos musculares geralmente são inofensivos e não precisam de cuidados médicos. No entanto, você deve procurar ajuda médica se passar a experimentar espasmos graves, que não melhorem com práticas de autocuidado, ou persistam por um longo tempo. Esses fatores podem indicar a presença de uma condição médica que necessite de tratamento.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre Diagnóstico e Tratamento dos Espasmos Musculares, algumas práticas de autocuidado para tratamento e prevenção.
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Segundo a Cleveland Clinic, normalmente, um espasmo muscular não deve durar muito tempo e, mesmo que possa ser doloroso, não é considerado uma emergência. No entanto, se a dor se tornar insuportável, ou se os espasmos começarem depois de tocar em algo venenoso ou com risco de infecção (como cortar-se com um objeto enferrujado), procure atendimento médico de emergência.
Além disso, é importante marcar uma consulta com seu médico se você tiver os seguintes sintomas, além dos espasmos:
Segundo a American Academy of Orthopaedic Surgeons, o diagnóstico dos espasmos musculares consiste, basicamente, em identificar as causas para que um acontecimento geralmente benigno tenha se tornado frequente ou com maior intensidade e presença de outros sintomas.
Este processo normalmente começa com uma análise do histórico médico do paciente e um exame físico. É útil saber as circunstâncias relacionadas aos espasmos musculares. Entre as perguntas que o médico realiza, podemos citar:
Outras informações que são úteis incluem a compreensão da saúde geral do paciente e se houve alguma doença recente ou quaisquer medicamentos utilizados, incluindo aqueles prescritos, sem prescrição médica, suplementos alimentares e à base de plantas.
Uma análise do ambiente em que o paciente está inserido também é importante, para coletar informações sobre exposição ao calor e sinais e sintomas associados de desidratação. Por este motivo, é muito relevante informar ao médico suas condições de trabalho e prática de exercícios.
Além disso, informe ao médico se você está experimentando fraqueza, dor ou perda de sensibilidade. Esses sintomas podem ser sinais de um distúrbio nervoso.
Às vezes, o exame físico pode não demonstrar nenhum problema aparente, já que os espasmos musculares podem não acontecer durante a consulta. Mesmo assim, sua realização é útil na detecção de problemas de saúde que estejam causando os espasmos.
Por exemplo, se o paciente está reclamando de cãibras musculares na perna, o exame pode incluir palpação de pulsos nos pés. A aterosclerose, ou endurecimento das artérias, pode estar reduzindo o fluxo sanguíneo para as pernas, sendo a causa para os espasmos. E um dos seus principais sintomas é a perda de pulso arterial na extremidade envolvida.
Para aqueles que têm dores devido aos espasmos musculares, os procedimentos diagnósticos serão direcionados para encontrar a fonte da dor, ao mesmo tempo em que buscamos controlar os sintomas.
Para pacientes com espasmos musculares recorrentes onde a causa não é facilmente diagnosticada pela análise do histórico e exame físico, o NHS recomenda a realização de exames complementares, para identificar as causas potenciais.
Podemos classificar o tratamento dos espasmos musculares em dois grupos:
Quanto às práticas de autocuidado, você e seu médico devem conversar sobre um plano de tratamento que envolva estratégias de prevenção e para aliviar um espasmo muscular logo que ele inicia.
Em paralelo, ele pode iniciar o diagnóstico para identificar as causas e, quando encontradas, seguir com seu tratamento.
De acordo com a Mayo Clinic, ao primeiro sinal de um espasmo muscular, tentar algum destes métodos pode ajudar a aliviar o sintoma:
Conforme a National Library of Medicine, existem alguns fatores de risco para desenvolver espasmos musculares que não podemos evitar. No entanto, algumas práticas de estilo de vida podem ser úteis para superar esses fatores de risco e prevenir os espasmos musculares:
Seu médico pode encaminhá-lo para fisioterapia, prática eficaz para fortalecer o conjunto de músculos afetado, ou mesmo proporcionar flexibilidade e alongamento.
Segundo artigo publicado na StatPearls, quando outro problema médico estiver causando os espasmos musculares, tratar esse problema pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade dos sintomas. Existem medicamentos que podem ser prescritos, de acordo com a condição que os está causando.
Quando os espasmos ocorrem devido a uma lesão ou inflamação nos músculos ou mesmo tensão, medicamentos podem ser necessários para alívio da dor a curto prazo, incluindo anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares. Outros medicamentos, incluindo vitaminas do complexo B, gabapentina e diltiazem, podem ser úteis.
Existem diferentes tratamentos que podem ser realizados quando a causa é uma distonia. A decisão sobre qual escolher depende da situação individual. Muitas vezes, é necessário tentativa e erro para encontrar a medicação certa na dose certa para controlar os sintomas. Entre os medicamentos que podem ser utilizados, estão:
Diferentes especialidades podem atuar no tratamento de um paciente com espasmos musculares. Por exemplo:
Dr Diego de Castro é Neurologista e Neurofisiologista pela USP especialista em Doença de Parkinson e Distúrbios do Movimento. Dr Diego de Castro também é membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica (SBNC).
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