Segundo a Mayo Clinic, Cefaleia Enxaquecosa é um tipo recorrente de dor de cabeça que causa dor moderada a severa, com característica latejante ou pulsante, geralmente associada a sintomas como náusea e vômitos e maior sensibilidade à luz, ruído e odores.
Também conhecida como enxaqueca ou migrânea, esta condição é mais do que uma dor de cabeça. Trata-se de um distúrbio neurológico complexo que pode estar associado a diversos tipos de complicações.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre a Cefaleia Enxaquecosa.
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A enxaqueca resulta de uma complexa cascata de eventos anormais no cérebro, algo que os pesquisadores ainda estão tentando entender completamente.
Segundo o Johns Hopkins Health System, um dos fatores que já conseguimos identificar é a atividade anormal que se origina no maior nervo craniano, o nervo trigêmeo. As alterações no funcionamento deste nervo craniano rapidamente se espalham para uma rede de nervos menores, que formam uma teia em todo o delicado revestimento externo do cérebro, conhecido como dura mater.
Mesmo após poucos minutos após o início de um episódio de enxaqueca, os nervos que detectam dor nesta rede sofrem alterações moleculares. Isso faz com que eles se tornem hipersensíveis à pressão. Esta resposta do gatilho capilar cria dor latejante à medida que a pressão arterial naturalmente oscila a cada batimento cardíaco.
Além disso, certas artérias dilatam e o fluxo sanguíneo é alterado, causando a liberação de produtos químicos produtores de dor. Você pode experimentar algumas dessas mudanças mesmo depois de um ataque ter passado.
Acredita-se que os neurotransmissores dopamina e serotonina também desempenham um papel no desenvolvimento da enxaqueca.
Também já compreendemos que há uma base genética para enxaqueca. Alguns fatores ambientais, incluindo mudanças climáticas, mudanças de altitude e até viagens, também podem desencadear uma crise de enxaqueca.
Conforme a MedlinePlus, a enxaqueca é considerada grave quando dor, náusea ou outros sintomas associados forçam uma pessoa a evitar suas atividades diárias normais.
Os sintomas da enxaqueca grave incluem dor, que geralmente é severa e muitas vezes incapacitante, com característica latejante, geralmente em apenas um lado da cabeça. Algumas pessoas experimentam náuseas, vômitos ou sensibilidade extrema ao ruído ou à luz durante a crise. Episódios de enxaqueca grave podem durar de 4 horas a 3 dias.
Uma enxaqueca severa pode ocorrer com ou sem aura, uma perturbação perceptiva que pode preceder a dor em uma crise. Explicamos mais amplamente sobre a aura da enxaqueca, em nosso artigo: "Enxaqueca com Aura".
Além disso, a enxaqueca é classificada como grave se a pessoa afetada tiver um histórico de dois a cinco episódios semelhantes.
A enxaqueca é considerada crônica quando ocorre pelo menos 15 dias por mês, por mais de 3 meses consecutivos. Esse tipo de enxaqueca pode causar uma perda substancial de produtividade e resultar em uma má qualidade de vida. É importante tratar enxaqueca aguda para prevenir o desenvolvimento de enxaqueca crônica.
De acordo com o NHS, não há um único exame específico que possa diagnosticar a enxaqueca. Para que um diagnóstico preciso seja feito, precisamos identificar um padrão de dores de cabeça recorrentes, juntamente com os sintomas associados.
Entretanto, como as crises de enxaqueca podem ser imprevisíveis, às vezes ocorrendo sem os outros sintomas, obter um diagnóstico preciso pode ser um desafio e levar algum tempo.
Em sua primeira visita, seu médico deve realizar um exame físico e verificar aspectos como:
Além disso, ele vai estabelecer um histórico de seus sintomas relacionados à enxaqueca, provavelmente pedindo para que você descreva seus sintomas. É importante relatar ao médico:
Seu médico também pode solicitar exames de sangue e exames de imagem (como tomografia computadorizada ou ressonância magnética) para garantir que não haja outras causas para a cefaleia enxaquecosa. Um eletroencefalograma (EEG) também pode ser realizado para descartar anormalidades na atividade elétrica cerebral.
Segundo a Cleveland Clinic, a enxaqueca não pode ser curada, mas pode ser gerenciada, reduzindo a frequência e a intensidade das crises.
O tratamento normalmente envolve cuidados com o estilo de vida, gerenciamento de gatilhos, uso de medicamentos e terapias complementares.
Existem duas abordagens principais de tratamento medicamentoso:
Métodos alternativos que ajudam a aliviar uma crise de enxaqueca incluem:
Conhecer os gatilhos que podem causar sua cefaleia enxaquecosa também pode ajudar a minimizar e prevenir crises. Uma ferramenta muito útil nesse processo é o diário da enxaqueca. Abordamos esse assunto em mais detalhes em nosso artigo: "Causas da Enxaqueca".
A aplicação de toxina botulínica é um tratamento eficaz para enxaqueca devido suas propriedades farmacológicas sobre a liberação de neurotransmissores de dor. O uso do Botox para tratamento da enxaqueca é uma terapia aprovada pela ANVISA e indicada para tratamento da enxaqueca, principalmente para pacientes com mais de 15 dias de dor de cabeça por mês (enxaqueca crônica).
O tratamento da enxaqueca com aplicação de toxina botulínica é resultado de pesquisas científicas que demonstraram sua eficácia e segurança (PREEMPT Study), principalmente na forma crônica da doença.
Um médico neurologista pode fornecer avaliação, diagnóstico e tratamento especializados. Seu foco no sistema neurológico pode ajudar a fornecer insights sobre aspectos das crises de enxaqueca, e seu conhecimento atualizado de descobertas e pesquisas no campo pode ajudar no desenvolvimento de planos de tratamento e melhora da qualidade de vida.
Dr Diego de Castro trabalha juntamente com cada um de seus pacientes que apresenta algum tipo de dor crônica, com estratégias que ajudem a melhorar sua função e minimizar sua necessidade de medicamentos.
Entendemos que a dor de cada paciente é única. Por isso, abordamos planos de tratamento individualizados, porém abrangentes de gerenciamento da dor.
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