Conforme informações da The Michael J. Fox Foundation, cerca de 8 em cada 10 pessoas com Distúrbio Comportamental do Sono REM experimentam lesões durante o sono.
E mesmo que o distúrbio não atrapalhe a qualidade ou a quantidade do sono em si, é evidente a importância de um tratamento adequado para a condição, por causa dos movimentos físicos envolvidos que podem ser potencialmente prejudiciais.
Neste artigo, Dr Diego de Castro, neurologista e neurofisiologista pela USP, explica sobre Diagnóstico e Tratamento do Distúrbio Comportamental do Sono REM.
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De acordo com a University of Michigan, as pessoas com este transtorno não estão cientes de seus comportamentos durante o sono. Muitas pessoas só descobrem que o têm quando seu parceiro de cama ou companheiro de quarto lhes conta sobre seu comportamento ou quando acordam com uma lesão.
Se você apresentar sintomas de distúrbio comportamental do sono REM, é importante consultar um médico. Considere trazer seu parceiro de sono, um membro da família ou amigo junto, se possível. Alguém que o acompanhe pode ajudá-lo a lembrar o que o médico diz ou fornecer informações adicionais. Seu médico pode fazer perguntas sobre seus sintomas e histórico médico, como as a seguir:
Seu médico também realizará um exame físico e um exame neurológico, à procura de sintomas do distúrbio comportamental do sono REM e outros distúrbios do sono. Isso é importante pois o distúrbio comportamental do sono REM pode apresentar sintomas semelhantes a outros distúrbios do sono, ou coexistir, por exemplo, com apneia obstrutiva do sono ou narcolepsia.
Para receber um diagnóstico de distúrbio comportamental do sono REM, você será submetido a um estudo do sono em vídeo no laboratório, exame conhecido como polissonografia (PSG). Os estudos do sono são testes que registram, durante o sono, funções corporais específicas como:
Para a realização deste exame, você passa a noite em um quarto reservado no laboratório do sono e pode ser filmado para documentar seu comportamento durante os ciclos de sono REM.
Para diagnosticar o distúrbio comportamental do sono REM, utilizamos os critérios de sintomas da Classificação Internacional de Distúrbios do Sono, Terceira Edição (CISD-3). Para confirmar o diagnóstico, os critérios incluem o seguinte:
O distúrbio comportamental do sono REM pode ser a primeira indicação do desenvolvimento de uma doença neurodegenerativa, como:
Portanto, se você for diagnosticado com este distúrbio, deve realizar um acompanhamento médico para buscar um diagnóstico precoce dessas condições.
A Cleveland Clinic explica que o principal objetivo do tratamento para o distúrbio comportamental do sono REM é criar um ambiente de sono seguro para você e seu parceiro de cama. Isso pode envolver certas estratégias e o uso de medicamentos.
As etapas para criar um ambiente de sono mais seguro incluem:
Se os sintomas forem graves, pode ser mais seguro para o seu parceiro de cama se você dormir sozinho em um quarto diferente.
Você também deve tentar evitar o consumo de álcool, pois isso pode desencadear um episódio e piorar a condição.
De acordo com artigo publicado no Journal of the International Neuropsychological Society, se os sintomas forem graves e as medidas de segurança não forem suficientes para prevenir lesões, o seu médico pode prescrever medicação para controlar os sintomas. Embora não haja nenhum medicamento aprovado especificamente para este transtorno, estudos mostraram que melatonina, clonazepam e pramipexol podem reduzir os sintomas em alguns casos. Veja a seguir:
Causar ferimentos a si mesmo ou ao seu parceiro de cama enquanto você está dormindo pode ser angustiante. Mas a implicação mais importante do Distúrbio Comportamental do Sono REM é sua associação com condições neurológicas, particularmente doença de Parkinson, atrofia de múltiplos sistemas e demência por corpos de Lewy. Por este motivo, é tão importante procurar tratamento.
E mesmo que você tenha recebido um diagnóstico de Distúrbio Comportamental do Sono REM isolado, provavelmente precisará consultar seu médico regularmente para verificar se há sinais das condições neurológicas que estão fortemente associadas a ele, assim como ficar atento ao aparecimento de outros sintomas, como problemas com o movimento ou alterações cognitivas, para informar o seu médico.
Dr Diego de Castro dos Santos cuida de pessoas com Doença de Parkinson, uma doença especialmente desafiadora, tanto para o paciente quanto para a equipe que o atende.
Atualmente é neurologista colaborador do Hospital das Clínicas da USP onde atua na reabilitação neurológica na Doença de Parkinson por meio de neuromodulação (Estimulação Cerebral Profunda) e Toxina Botulínica.
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No Espírito Santo em Vitória ES, Dr Diego de Castro também realiza tratamento e atendimento especializado às pessoas com doença de Parkinson, no Serviço de Especialidades Neurológicas, em Vitória, na Enseada do Suá, próximo ao Shopping Vitória.
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