A Doença de Parkinson é uma das doenças neurológicas mais comuns na população mundial. Estima-se que cerca de 7 a 10 milhões de pessoas do mundo são afetadas pela doença. No Brasil, dados de 2014 mostravam um total de 200 mil indivíduos com diagnóstico de Parkinson.
A Doença de Parkinson constitui um dos distúrbios do movimento, grupo de doenças que afetam o controle do sistema motor. Entre suas principais características, estão os tremores, a rigidez muscular, a lentidão e a dificuldade para manter o equilíbrio.
Ao longo deste artigo Dr Diego de Castro Neurologista especialista em Parkinson e Distúrbios do Movimento aborda mais informações sobre Parkinson, seus sintomas e formas de tratamento.
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Mas o que de fato causa a morte dos neurônios da substância negra? A causa fundamental ainda é desconhecida. Mas história de traumatismo de crânio, exposição a agrotóxicos e fatores genéticos parecem estar implicados na perda desses neurônios.
Abordamos um artigo inteiro sobre as causas da Doença de Parkinson.
Segundo o NHS, os sintomas da Doença de Parkinson são muito diversos. Eles são divididos em:
A diversidade de sintomas clínicos no Parkinson é resultado da perda de dopamina em muitas estruturas cerebrais. A dopamina é um neurotransmissor que atua no humor, na motivação e até nas percepções da dor e dos sentidos.
Por esse motivo, a perda da dopamina acarreta além de sintomas motores, sintomas não motores.
Conforme comentado, os principais sintomas motores são o tremor, a rigidez muscular, a lentidão dos movimentos (bradicinesia) e a instabilidade postural.
Geralmente, esses sintomas são mais leves nos estágios iniciais e vão se tornando mais graves com o avanço da doença.
É comum que pacientes com Doença de Parkinson apresentem alterações do humor como:
Outros sintomas não motores podem impactar bastante a vida dos indivíduos. Cerca de 80% dos pacientes podem apresentar constipação intestinal (“intestino preso”) o que pode gerar desconforto, perda de apetite, sensação de “empazinamento”.
Também é comum a presença de distúrbios do sono. Alguns indivíduos têm uma espécie de “sono agitado” como falar durante a noite, gritar ou se remexer na cama o que acarreta um sono noturno de má qualidade.
Além disso, a perda da dopamina pode acarretar outros fenômenos como a hipotensão postural (“queda da pressão arterial”), dificuldade para engolir, transpiração anormal, incontinência urinária e disfunção sexual.
Acesse este artigo para uma informação mais completa sobre os sintomas não motores do Parkinson
O diagnóstico da Doença de Parkinson deve ser realizado o mais precoce possível. Isso possibilita um tratamento efetivo já nas fases iniciais da doença.
Para o diagnóstico a avaliação clínica por um neurologista é fundamental, já que ainda não há exames de sangue confirmatórios e os exames de imagem são complementares a avaliação clínica.
Durante a avaliação clínica, são investigados todo o histórico do paciente, como o início dos sintomas, se um ou ambos os lados do corpo estão comprometidos, se houve alguma alteração recente no humor, nos hábitos de sono, na função intestinal ou da bexiga ou mesmo em sua capacidade de se lembrar ou pensar com clareza.
Um exame físico e neurológico ajuda o médico a observar os reflexos, a atividade dos músculos, bem como o equilíbrio, a marcha e a capacidade do paciente para realizar algumas tarefas com as mãos.
Os exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser usados para descartar outras doenças que se assemelham ao Parkinson.
Classicamente, a ressonância magnética (RM) é normal na Doença de Parkinson. Isso porque a principal região afetada pela doença é tão pequena que pode passar despercebida pela RM convencional.
No entanto, técnicas especiais de exame tem sido usadas para o diagnóstico do Parkinson como:
Muitas pesquisas já conseguiram validar o uso clínico dessas técnicas. A dificuldade no momento está no fato de que muitas delas encontra-se indisponível na maioria dos lugares do Brasil.
Esses exames podem ajudar a identificar as alterações da substância negra e, em conjunto com o quadro neurológico, determinar com maior precisão o diagnóstico do Parkinson.
Na realidade, quando falamos no tratamento da doença de Parkinson, nos referimos a abordagens terapêuticas para melhorar a vida das pessoas e lhes proporcionar independência e dignidade.
É importante que os pacientes entendam que nenhum tratamento realmente cura a Doença de Parkinson.
Para proporcionar melhora do quadro motor utilizamos medicamentos que simulam a função da dopamina para facilitar os movimentos. O tratamento medicamentoso é associado a conscientização, enfrentamento da doença, convívio social e outras terapias, como exercícios, nutrição, atividades manuais e intelectuais.
Fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais podem elaborar programas para ajudar o paciente. Incorporar em sua rotina essas medidas também faz parte do tratamento do Parkinson assim como medicamentos.
Abordamos um artigo inteiro sobre a cirurgia para Parkinson.
Em linhas gerais, a cirurgia denominada estimulação cerebral profunda ou deep brain stimulation (DBS) é um procedimento em que eletrodos são colocados em regiões profundas do cérebro.
Por meio de um estímulo elétrico os eletrodos ativam uma grande quantidade de circuitos cerebrais facilitando os movimentos.
A cirurgia pode melhorar muito a vida dos indivíduos com mais de 5 anos de doença, principalmente nas formas mais graves do Parkinson.
Em suma, a Doença de Parkinson, seu diagnóstico e tratamento são um assunto extremamente amplo que envolve diversos medicamentos, profissionais, dedicação dos pacientes e familiares e até a possibilidade de cirurgia.
Atualmente, Dr Diego de Castro Neurologista dedica seus esforços a pesquisas em Parkinson e a cuidar de pessoas com essa enfermidade.
Estamos a disposição para contribuir com qualquer esclarecimento ou responder a dúvidas que envolvam este ou outros assuntos em neurologia.
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Boa tarde a paz,tô com a minha mãe com a doença de pakson a muito tempo, trato ela no fundão mas não vejo muito resultado, agora a minha mãe tá com dor abdominal q não passa por nada , pode me ajudar?
Parkinson causa intestino preso, mas não causa dor abdominal grave. Nesses casos sempre procurar atendimento de emergencia.
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