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Blefaroespasmo - Saiba Mais sobre o Tremor das Pálpebras

Dr Diego de Castro
09/06/2021
Dr Diego de Castro Neurologia
Autor: 
Dr. Diego de Castro dos Santos

CRM-SP 160074 / CRM-ES 11.111
Neurofisiologia clínica - RQE 74154
Neurologia - RQE 74153.
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Segundo o NIH, Blefaroespasmo é uma doença neurológica rara na qual indivíduos afetados experimentam espasmos musculares involuntários nos músculos ao redor dos olhos. O transtorno é integrante de um grupo de distúrbios conhecidos como distonias focais de início adulto.

Os sintomas manifestam-se como contração e movimento de piscar os olhos, podendo variar de uma condição leve e embaraçosa de vibração da pálpebra a espasmos graves de fechamento dos olhos que interrompem a visão útil.

Neste artigo, Dr Diego de Castro, Neurologista e Neurofisiologista pela USP, explica sobre o Blefaroespasmo, suas causas, características e formas de tratamento.

Tipos e Causas de Blefaroespasmo

Conforme a National Organization for Rare Disorders, quando as contrações musculares acontecem como resposta a outras condições oculares ou que afetam o sistema nervoso, dizemos que o blefaroespasmo é secundário.

O blefaroespasmo secundário pode ocorrer devido a condições como:

  • Trauma ocular
  • Blefarite (inflamação ou infecção) das pálpebras
  • Conjuntivite, irite, ceratite.
  • Olho seco.

Outras causas menos comuns incluem:

  • Glaucoma
  • Uveíte
  • Esclerose múltipla
  • Lesão cerebral ou tumor
  • Infecções cerebrais
  • Doença de Parkinson ou síndromes parkinsonianas
  • Reação aos medicamentos - por exemplo, olanzapine, levodopa.
  • Discinesia tardia
  • Síndrome de Tourette
  • Paralisia cerebral.

O blefaroespasmo primário, ou essencial benigno (BEB), é um termo usado para os casos em que a contração das pálpebras não tem uma causa conhecida. Acredita-se que um funcionamento anormal do gânglio basal, a região cerebral responsável por coordenar os movimentos, seja o motivo para as contrações do blefarospasmo primário.

Características do Blefaroespasmo

Segundo a American Association of Neuromuscular & Electrodiagnostic Medicine, o blefaroespasmo afeta apenas as pálpebras. Alguns pacientes, no entanto, também têm outras distonias focais envolvendo músculos próximos ou distantes, levando a movimentos anormais em regiões como:

  • Sobrancelha
  • Testa
  • Lábios
  • Mandíbula
  • Língua.

Quando a distonia afeta esses músculos faciais mais difundidos, mas não tem uma causa subjacente conhecida, então a desordem é conhecida como síndrome de Meige.

Na maioria das pessoas, começa com movimentos frequentes de piscar, afetando primeiro um olho, depois ambos. Muitas vezes, sintomas de olho seco aparecem em seguida, especialmente em pessoas que são suscetíveis a este sintoma.

Os espasmos normalmente ocorrem quando há exposição a luz brilhante ou ao ler ou assistir televisão. Dirigir, episódios de fadiga e estresse também pode desencadear os espasmos, assim como o vento, a poluição e os irritantes atmosféricos, como a fumaça.

A concentração visual em um livro ou tela pode piorar as contrações musculares para algumas pessoas, mas pode melhorar a condição para outras. Outras práticas que podem ajudar a melhorar as contrações, incluem:

  • Falar
  • Assobiar
  • Tocar o rosto
  • Caminhar e relaxar a mente.

O fechamento dos olhos pode ser muito debilitante, pois pode interferir na leitura, condução, assistir televisão e outras atividades visuais, e raramente está associado com dor retro-orbital.

Se não for tratado, tende a piorar ao longo de um período de anos, até chegar ao ponto em que os indivíduos experimentam períodos que não conseguem abrir os olhos.

blefaroespasmo

Diagnóstico e Tratamento

Não existem testes laboratoriais para fazer um diagnóstico definitivo. O diagnóstico é feito com base em:

  • Avaliação clínica minuciosa
  • Histórico detalhado do paciente
  • Identificação de sintomas característicos.

O tratamento baseia-se em terapia oral, injeções focais de toxina botulínica ou cirurgia para remover o músculo das pálpebras. O NHS recomenda que estas opções sejam realizadas em combinação, para fornecer o melhor resultado.

Terapia Medicamentosa

Aproximadamente um terço dos indivíduos afetados são tratados com medicamentos orais especificamente os anticolinérgicos. Os resultados desses tratamentos medicamentosos são geralmente moderados ou insatisfatórios e muitas vezes temporários.

Aplicação de Toxina Botulínica

O tratamento de escolha, geralmente, é a injeção de toxina botulínica (Botox®) no músculo orbicular do olho. Este tratamento é altamente eficaz, ajudando até 90% dos pacientes. Segundo recomendações da Allergan fabricante da marca Botox®, as injeções são aplicadas em quatro pontos ao longo das pálpebras superior e inferior.

Os efeitos colaterais são incomuns e incluem inclinação da pálpebra, olho seco e visão dupla ocasional, se a toxina vazar para os músculos dos olhos. No entanto, esses sintomas desaparecem com o tempo.

Cirurgia

Quando a visão é seriamente prejudicada pelo grave fechamento ocular, e no caso de outros tratamentos falharem, um cirurgião pode sugerir a remoção de alguns dos músculos do fechamento dos olhos. Isso pode melhorar a capacidade de ver corretamente.

A Estimulação Cerebral Profunda tem sido usada (mais raramente) para blefaroespasmo que faz parte da síndrome de Meige.

Medidas de Autocuidado

O uso de óculos escuros pode reduzir os gatilhos de luz brilhante e tornar a condição menos óbvia para os outros.

Manobras voluntárias, como puxar ou tocar a pálpebra, beliscar o pescoço, falar, bocejar ou cantar, podem ser úteis para reduzir as contrações.

Mudanças no estilo de vida, como gerenciar seu estresse, dormir o suficiente e cortar alimentos ou bebidas com cafeína (como café, chá ou refrigerante) também podem ajudar.

Se outra condição está fazendo com que suas pálpebras se contraiam, tratar essa condição pode parar a contração. Por exemplo, se você tem olho seco, seu médico pode recomendar colírios ou remédios para ajudar seus olhos a produzir mais lágrimas.

Dr Diego de Castro Neurologista

Dr Diego de Castro é Neurologista pela USP especialista em distonia e distúrbios do movimento. Atua na reabilitação do blefaroespasmo e outros quadros distônicos com aplicação de botox guiado por eletroneuromiografia e estimulação cerebral profunda.

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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão, Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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